n. 47 (2021): De Eros a Ogum na Escola de Teatro da UFBA
Celeiro de agentes culturais que atuam nos palcos e telas do Brasil, pesquisadores e professores que atuam em diversas universidades do país e no exterior e, ainda, nas redes de educação básica, a Escola de Teatro da UFBA e o seu Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas enfrentam uma grave crise do campo da Educação vivenciada pelo país, neste momento que também celebra mais de 65 anos de atuação. A Edição especial, número 47, do Cadernos do GIPE-CIT De Eros a Ogum na Escola de Teatro da UFBA, busca refletir sobre questões históricas e desafios da atualidade desse espaço pioneiro do ensino superior, pesquisa e produção nas artes da cena, equilibrado no tripé ensino, pesquisa e extensão. A universidade está mergulhada numa profunda crise institucional, relacionada com as contradições entre as suas funções tradicionais e as imposições do mundo contemporâneo. Essa crise institucional resulta, dentre outros fatores, da contradição entre a reivindicação da autonomia na definição dos seus valores e objetivos e a pressão crescente para submeter-se a critérios de eficácia e de produtividade externos e/ou mercadológicos. Ainda assim, a universidade tem sido historicamente o espaço privilegiado para a produção e para a reprodução do conhecimento e dos diversos saberes, muito embora a sua atuação seja permeada por perspectivas e disputas filosóficas, epistemológicas, éticas, políticas, econômicas, estéticas e pedagógicas. Este número reúne artigos, ensaios, estudos e relatos que enfocam o contexto e o impacto da fundação da Escola de Teatro da UFBA em ensino, pesquisa, experimentação e realização nas artes da cena no país. Na seção FOLHAS AVULSAS, recebemos a contribuição de artigos jornalísticos, desenvolvidos nas perspectivas do Jornalismo Cultural e do Jornalismo como Forma de Conhecimento. Organização/Comitê Editorial: Ana Cláudia Cavalcante, Antônia Pereira Bezerra, Jussilene Santana e Raimundo Matos de Leão.