Mãe Maré, o mangue vai acabar? Processos de produção de subjetivação e política da mariscagem

Autores

  • Michele de Freitas Faria de Vasconcelos Universidade Federal de Sergipe http://orcid.org/0000-0002-9013-6352
  • Yasmin Adriane Mendonça da Rocha UFS
  • Sandra Raquel de Oliveira Santos UFS

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v6i4.36252

Palavras-chave:

Marisqueiras, Cotidiano, Território, Resistência

Resumo

O artigo é resultado de uma pesquisa que se gesta por dentro do projeto de extensão Fortalecimento Sociopolítico das Marisqueiras de Sergipe, parte do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC-SE). Este estudo germina-se, assim, por meio de um agenciamento com mulheres do Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MMS), de outros movimentos sociais e da Universidade; por meio de um processo de habitação de um território coletivo, em defesa de territórios de vida tradicionais e da vida das mulheres, em particular, da vida das marisqueiras, que veem seus territórios existenciais cotidianamente ameaçados por empreendimentos capitalistas. A pesquisa, de inspiração etnográfica e cartográfica, utilizando-se dos procedimentos do diário de campo e gravação em áudio de rodas de conversa, mira nos processos de invenção da vida cotidiana das mulheres no mundo do mangue, com ênfase nas táticas e estratégias de reexistência por elas protagonizadas. A perspectiva é de pesquisar com mulheres marisqueiras, conhecer seus modos de vida que se tecem num território híbrido entre cidade, campo e mangue; como enfrentam adversidades e conflitos (com o estado, a sociedade, seus companheiros, etc.); como produzem sentidos para suas experiências, individual e coletivamente, em particular as que decorrem da construção do movimento social e, com ele, de redes de cuidado, solidariedade e ajuda mútua, invenções de si e de mundos correlatos, ampliando em ato sentidos para a palavra mulher e para o trabalho artesanal.

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Biografia do Autor

Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, Universidade Federal de Sergipe

Professora Adjunta do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe

Yasmin Adriane Mendonça da Rocha, UFS

Graduanda em Psicologia da UFS. Foi bolsita do PEAC pelo Projeto de Fortalecimento das Marisqueiras.

Sandra Raquel de Oliveira Santos, UFS

Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe

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Publicado

2021-04-17

Como Citar

Vasconcelos, M. de F. F. de, Rocha, Y. A. M. da, & Santos, S. R. de O. (2021). Mãe Maré, o mangue vai acabar? Processos de produção de subjetivação e política da mariscagem. Cadernos De Gênero E Diversidade, 6(4), 340–363. https://doi.org/10.9771/cgd.v6i4.36252

Edição

Seção

Dossiê