Cadernos de Gênero e Diversidade https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv <p>A Cadernos de Gênero e Diversidade é uma publicação dedicada a divulgar resultados de pesquisas e intervenções de interesse dos Estudos de Gênero, Estudos Étnico-Raciais, Estudos de Sexualidade e outros campos interdisciplinares envolvidos com questões de diversidade. Aceita contribuições nos seguintes formatos: Artigos, Ensaios, Diários de Campo, Dossiês e Resenhas. A submissão, avaliação e publicação de textos para a revista é livre e sem custo.<br />Área do conhecimento: Ciências Humanas<br />ISSN (online): 2525-6904 - Periodicidade: trimestral</p> pt-BR <p>Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.</p> <p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.</p> <p>Para conhecer mais sobre essa licença: &lt;https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/&gt;.</p> <p>A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na <strong>cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à </strong>Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), <strong>do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação,</strong> em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) <strong>divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais</strong>, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que <strong>não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.</strong></p> <p>A Revista encontra-se licenciada sob uma <strong>Licença Creative Commons</strong> <strong>4.0 Internacional, </strong>para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.</p> <p>Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.</p> <p> </p> miriamgrossi@gmail.com (Miriam Pillar Grossi) antropologiaeducacao.ufsc@gmail.com (Rede NIGS - secretaria ) qua, 20 ago 2025 16:53:08 +0000 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Apoios https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69627 Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69627 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Representação e Posicionalidade no âmbito rural na perspectiva de mulheres do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE) https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53373 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo objetiva</span> <span style="font-weight: 400;">compreender as motivações que levaram as mulheres trabalhadoras rurais nordestinas a se organizarem em movimentos sociais enfatizando a importância da representação social de grupo, incorporado pelo movimento, além de discutir como as vivências no Movimento de Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), influenciam nas inter-relações sociais dessas mulheres. Este estudo foi realizado de forma qualitativa, cujos dados foram gerados, por meio da técnica de Desenho Estória-Tema (DET). Participaram do estudo 31 mulheres, entre janeiro e março de 2021. A pesquisa que gerou este artigo emergiu da tese de doutorado, realizada no âmbito da Universidade Federal da Bahia, no Programa de Pós graduação em Enfermagem e saúde e foi aprovada pelo CEP/UFBA com CAAE nº: 37002720.1.0000.5531. Foram criadas empiricamente duas categorias denominadas: Movimento de Trabalhadoras Rurais do Nordeste: A luta por um espaço feminino onde o patriarcado criou o estereótipo do “cabra macho” e Lideranças femininas integrantes de movimentos sociais: A luta por um poder socialmente aceitável. Após análise evidenciou-se que o MMTR-NE, respeita às perspectivas sociais de representação, e não se rendeu às idiossincrasias dos sindicatos. Apesar das insignes dificuldades o empoderamento feminino reconhecido nas integrantes desse movimento tem imensa potencialidade de transformações das relações sociais desiguais.</span></p> Claudia Suely Barreto Ferreira , Silvia Lúcia Ferreira Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53373 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Carreira versus maternidade https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/59028 <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo desta pesquisa é compreender quais os desafios da carreira e maternidade são vivenciados pelas pilotas de linha aérea. A pesquisa é qualitativa de natureza descritiva. Utilizou-se as técnicas de snow sampling (conhecida no Brasil como bola de neve) e a saturação dos dados. A coleta das informações ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas e a análise se deu por meio da análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa ratificam que a profissão ainda é tida como masculina, apesar do crescimento de mulheres nesta profissão. Nota-se que elas buscaram primeiro um crescimento na profissão para depois realizarem o desejo de serem mães. Elas enfrentam o preconceito no exercício de suas funções, são marcadas pela forte identificação com o trabalho, ligadas à maternidade, além de sentimento de culpa e sobrecarga. Ademais, o estudo apresenta os desafios em relação a vida profissional, tais como, pressão maior para as divorciadas, rede de apoio presente até em outros países e, lazer, como uma dimensão inexistente. </span></p> <p><br /><br /></p> Patrícia Nazário Leal Silveira, Carolina Maria Mota-Santos, Manoel Bastos Gomes Neto Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/59028 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 A gestão da diversidade e inclusão racial em uma empresa do Vale do Sinos - RS https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53477 <p><span style="font-weight: 400;">Muitas empresas têm adotado práticas voltadas à diversidade racial no ambiente de trabalho a fim de diversificarem o seu quadro de profissionais. Sendo assim, o objetivo deste estudo é analisar como uma empresa de grande porte, situada na região do Vale do Rio dos Sinos - RS promove a Gestão da Diversidade e Inclusão Racial no seu ambiente de trabalho. Para o desenvolvimento deste estudo a metodologia adotada classifica-se como descritiva, estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram mapeadas as ações realizadas pela empresa, a exemplo do Programa de Diversidade, a visão dos colaboradores sobre a empresa e o programa, além de sugestões de boas práticas para serem implementadas. A partir dos resultados da pesquisa, foi possível observar que o Programa de Diversidade foi uma boa iniciativa, porém, nota-se que possui alguns pontos a serem desenvolvidos, para os quais foram sugeridas as seguintes implementações: (i) Programa de Estágio para jovens negros; (ii) Programa de Trainee para negros; e (iii) Escola Executiva de Diversidade. A visão dos colaboradores em relação à empresa é, em geral, positiva, mas com um percentual significativo de pessoas que não concordaram e nem discordaram de algumas afirmações. As boas práticas sugeridas têm como finalidade proporcionar equidade racial para a empresa e oportunizar crescimento profissional para as pessoas negras. </span></p> Ana Carolina Kayser, Taiana Martins de Oliviera, Paola Schmitt Figueiro Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53477 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Editorial https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69624 Miriam Pillar Grossi, Juliana Cavilha, Izabela Liz Schlindwein; Priscilla Gusmão Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69624 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Sem Título 2 - da série Poéticas Histéricas. 2023 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69622 Paula Aschidamini Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69622 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 O peso do trabalho leve https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69054 <p>A entrevista com a Profa. Dra. Maria Ignez Silveira Paulilo, realizada em 23 de novembro de 2022 em Florianópolis, integra o projeto do NIGS/UFSC sobre a contribuição das mulheres na formação do curso de Ciências Sociais da UFSC. Referência nacional nos estudos sobre mulheres rurais, Paulilo tem uma longa trajetória de pesquisadora sobre o trabalho das mulheres rurais e atuou como docente nas universidades federais de Campina Grande e Santa Catarina. Na entrevista, revisita marcos da sua carreira e analisa os avanços políticos obtidos pelas mulheres camponesas, assim como os avanços institucionais na inclusão das mulheres na academia.</p> Maria Ignez Silveira Paulilo, Miriam Pillar Grossi, Suzana Morelo Vergara Martins Costa , Laura de Araújo Nunes Esteves Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/69054 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Marlene Wayar (2021). Furia Travesti: Diccionario de la T a la T. Buenos Aires https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/67477 <p><em>Furia Travesti: Diccionario de la T a la T</em>, es el segundo libro de Marlene (además de sus innumerables escritos teóricos publicados en diferentes revistas académicas). Es una segunda edición (mejorada y ampliada) de aquella primera publicación realizada en el año 2019. Este libro podría pensarse como una continuidad de la autora en su apuesta por crear una teoría travesti/trans latinoamericana (Wayar, 2019) que pone en foco la experiencia biográfica y que además propone pensar el mundo desde la experiencia trans/travesti. En este diccionario, Wayar lo que intenta hacer es esbozar algunas definiciones sobre aquellas palabras y términos comunes para varias personas de la comunidad LGTBIQ+ (Lesbianas, Gays, Trans*/Travestis, Queers, Intersexuales), pero lo hace desde una mirada travesti, articulando obviamente diferentes autoras del campo del feminismo y los estudios <em>queer</em>, y centrándose principalmente en la experiencia de su propia comunidad.</p> Cristian Darouiche Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/67477 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Brecha de gênero na indústria da música e o Girls Rock Camp como máquina de guerra https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/58874 <p><span style="font-weight: 400;">A indústria da música é complexa e competitiva, e o cenário é ainda mais difícil para profissionais mulheres e de gênero dissidente. A brecha de gênero é um desafio, mas iniciativas públicas e privadas mobilizam esforços para modificar o cenário. Uma iniciativa, atuante há onze anos no país, é o Girls Rock Camp Brasil (GRCB). Destinado a meninas de sete a dezessete anos, seu objetivo é o empoderamento feminista usando a música como ferramenta por meio de práticas coletivas. Ao longo de uma semana, meninas de sete a dezessete anos formam bandas e realizam tarefas juntas; praticam um instrumento (bateria, baixo, guitarra, teclado ou voz), escrevem uma canção, ensaiam e fazem um show ao vivo; também criam nome, logotipo e figurino para o grupo. O projeto mobiliza centenas de voluntárias, e o rápido preenchimento de inscrições chama a atenção. Devido a esse potencial mobilizador e ao seu ar transgressor, esta pesquisa se concentra em analisar o GRCB e propor aproximação entre este e a máquina de guerra, conceito filosófico proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1997), entendendo o </span><em><span style="font-weight: 400;">Camp</span></em><span style="font-weight: 400;"> como uma poderosa e imaginativa forma de confrontar o status quo na indústria musical</span><span style="font-weight: 400;">.</span></p> Adrienne Pinheiro Reyes, Gabriel Sausen Feil Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/58874 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 A Tecnologia de Gênero na análise de documentários https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/62419 <p><span style="font-weight: 400;">As mulheres diretoras desempenham um papel importante na forma como percebemos e compreendemos narrativas em documentários. A abordagem feminina posta em debate levanta possibilidades acerca de diferentes perspectivas, podendo elas tratarem de diferentes sensibilidades, trazendo à tona histórias que podem ter sido negligenciadas ou sub-representadas. Ao construírem a narrativa de documentários, as diretoras mulheres podem trazer um outro olhar sobre a construção dos personagens e histórias dos temas tratados, sejam eles homens, mulheres ou coisas. Através de suas lentes, as histórias documentadas ganham vida de maneira diferente, desafiando estereótipos e ampliando o entendimento coletivo sobre as experiências humanas. Assim, o presente artigo busca trazer as contribuições de Teresa De Lauretis, criadora do conceito de tecnologia de gênero, para analisar as produções documentais </span><em><span style="font-weight: 400;">Elize Matsunaga: Era uma vez um crime</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2021) e </span><em><span style="font-weight: 400;">Incompatível com a vida</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2023), ambos da diretora brasileira Eliza Capai.</span></p> Isabela Tosta Ferreira Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/62419 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Amor, cuidado e comunidade https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64785 <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo tem o objetivo de refletir, em forma de Revisão Narrativa de Literatura, sobre a construção da psicologia clínica e sua prática atual, partindo do conceito de amor, cuidado e comunidade em “Tudo sobre o amor: novas perspectivas” de bell hooks. O estudo aborda um histórico breve sobre a construção e conceitualização da psicologia clínica até a atualidade, e a partir da análise das noções de amor na obra da autora, busca contribuir para novas possibilidades para a prática da psicologia. Os resultados demonstram como é possível integrar uma ética do amor para atuar contra o “capitalismo afetivo” e a “crise do amor” presentes na sociedade e repensar as práticas em psicologia para contornar as barreiras da clínica. </span></p> <p> </p> Monica Gurjao Carvalho , Thainara Silva Oshiyama, Daniel Moreira Salles Herculano Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64785 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Movimentos, Ativismos e Endometriose https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53166 <p><span style="font-weight: 400;">A endometriose é uma patologia ginecológica benigna caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, afetando mais de 7 milhões de brasileiras — o que corresponde a uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. Nas últimas décadas, movimentos sociais, grupos organizados e associações surgiram em todo o país, articulando-se principalmente por meio das redes sociais, com o objetivo de promover conscientização, reconhecimento e reivindicar políticas públicas voltadas ao enfrentamento da doença. Este artigo busca mapear a atuação desses movimentos e de ativistas na formulação da agenda governamental sobre endometriose, por meio da análise documental de sessões da Câmara dos Deputados, discussões em comissões e da tramitação dos Projetos de Lei n. 6.215/2013 e 3.047/2019. Os resultados evidenciam a importância do ativismo institucional na inserção inicial do tema na agenda pública, e a posterior articulação com o movimento Endomarcha, que fortaleceu a visibilidade política da doença e contribuiu para a consolidação de políticas públicas específicas.</span></p> Manoella Treis Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53166 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 A potência política do cuidado https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64314 <p><span style="font-weight: 400;">O artigo acompanha o cotidiano da Casa de Referência Mulheres Mirabal, uma Ocupação que acolhe mulheres em situação de violência, e teve como foco as relações entre as mulheres ocupantes, a Ocupação e a cidade. O objetivo do estudo é apontar possibilidades de agenciar militância e cuidado no contexto da luta feminista e antirracista em situações de violência de gênero. Também são problematizados alguns desafios enfrentados no cuidado sob a ética feminista e seus entrelaçamentos com os modos de vida na cidade. Trata-se de uma pesquisa-intervenção apoiada no método da cartografia, que se dá a partir de um olhar transdisciplinar e decolonial, compondo saberes da Psicologia Social e da Arquitetura e Urbanismo em suas interfaces com outros campos de conhecimento que concorrem para uma leitura da complexidade que o tema da Violência de Gênero evoca. Como resultado, três eixos de análise foram trabalhados: violência de gênero e o direito à cidade, produção de cuidado coletivo entre mulheres e modos de habitar contra-hegemônicos. Considera-se que, nas relações entre si e com a cidade, as mulheres da Casa Mirabal encontram formas de expandir e reinventar modos de existência, afirmando, nos gestos cotidianos, que cuidado e militância são ações inseparáveis.</span></p> Luísa Horn de Castro Silveira, Simone Mainieri Paulon, Juliana Baldasso Siqueira, Helena Andrade Ew Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64314 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Educação como ponte para dignidade https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/54173 <p><span style="font-weight: 400;">A educação é um processo bem mais amplo do que englobam as práticas escolares formais. Por isso, está atravessada por diversas instâncias da vida cotidiana, como gênero, classe, raça, trabalho, família, entre outras. A educação também atravessa a vida de mulheres que exercem a função de trabalhadora doméstica. Portanto, este relato etnográfico objetiva investigar, os processos educacionais a partir da trajetória de três mulheres, que desempenham a função de trabalhadora doméstica, em Natal, no Rio Grande do Norte. Como resultados e discussão centrais foi notório, a partir das trajetórias investigadas, que mesmo que o acesso à escolarização tenha sido restringido ou dificultado, a educação em suas vidas fez parte de um projeto de vida.</span></p> Adara Pereira da Silva Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/54173 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Violência familiar contra mulheres idosas que frequentam uma Universidade Aberta da Terceira Idade https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53908 <p><span style="font-weight: 400;">O artigo acompanha o cotidiano da Casa de Referência Mulheres Mirabal, uma Ocupação que acolhe mulheres em situação de violência, e teve como foco as relações entre as mulheres ocupantes, a Ocupação e a cidade. O objetivo do estudo é apontar possibilidades de agenciar militância e cuidado no contexto da luta feminista e antirracista em situações de violência de gênero. Também são problematizados alguns desafios enfrentados no cuidado sob a ética feminista e seus entrelaçamentos com os modos de vida na cidade. Trata-se de uma pesquisa-intervenção apoiada no método da cartografia, que se dá a partir de um olhar transdisciplinar e decolonial, compondo saberes da Psicologia Social e da Arquitetura e Urbanismo em suas interfaces com outros campos de conhecimento que concorrem para uma leitura da complexidade que o tema da Violência de Gênero evoca. Como resultado, três eixos de análise foram trabalhados: violência de gênero e o direito à cidade, produção de cuidado coletivo entre mulheres e modos de habitar contra-hegemônicos. Considera-se que, nas relações entre si e com a cidade, as mulheres da Casa Mirabal encontram formas de expandir e reinventar modos de existência, afirmando, nos gestos cotidianos, que cuidado e militância são ações inseparáveis.</span></p> Elza Beatriz Barros de Paiva , Breno de Oliveira Ferreira , Denise Machado Duran Gutierrez Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53908 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Questões de gênero e desafios enfrentados por mulheres policiais militares https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/55279 <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do estudo foi identificar os desafios enfrentados por mulheres policiais militares, pautados na questão de gênero, por meio de uma revisão integrativa da literatura. Estruturada nas recomendações PRISMA, seguiu os sete passos da Revisão Bibliográfica utilizando a ferramenta </span><em><span style="font-weight: 400;">State of the Art through Systematic Review</span></em><span style="font-weight: 400;"> (StArt). A busca foi realizada em cinco bases de dados, sendo a amostra composta de onze estudos. Os principais achados foram analisados de forma qualitativa, sendo reunidos em categorias temáticas. Dentre os desafios enfrentados por mulheres policiais militares no Brasil estão a tentativa de superar as diferenças físicas; o binarismo de gênero presente numa sociedade patriarcal; e a discriminação e violência de gênero ocorrida dentro da corporação. Os estudos demonstram que há muito a percorrer na seara da igualdade entre os gêneros na Polícia Militar. As dificuldades observadas refletem como a sociedade lida com as conquistas das mulheres, sobretudo na ocupação de espaços antes ocupados apenas por homens.</span></p> Marizângela Lissandra de Oliveira , Renata Adele de Lima Nunes, Francisco Thiago Carneiro Sena, Ivanise Freitas da Silva, Raimunda Hermelinda Maia Macena Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/55279 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 A violência de gênero contra mulheres negras no período pós Lei Maria da Penha https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/55338 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta o relatório de uma pesquisa cujos objetivos foram: identificar o uso de abordagem interseccional nos artigos sobre a violência contra a mulher negra; identificar nos artigos coletados, se a Lei Maria da Penha é abordada e se é considerada a perspectiva interseccional. O método adotado foi a revisão integrativa de publicações da base de Periódicos CAPES encontradas utilizando os descritores em português: “violência de gênero” AND “mulheres negras” AND “Lei Maria da Penha”. A discussão foi feita a partir de dezesseis artigos publicados entre os anos de 2010 e 2022. A maioria dos artigos foi escrita por mulheres, sendo trinta e sete autoras e apenas três autores. A análise dos artigos apontou uma escassez no aprofundamento dos eixos de subordinação “gênero” e “raça”. No entanto, a maioria das pesquisas reforçou a necessidade do enfoque interseccional nas análises realizadas na temática da violência contra a mulher. Constatou-se que o maior número de vítimas da violência contra a mulher são as mulheres negras </span><span style="font-weight: 400;">—</span><span style="font-weight: 400;"> por sofrerem duplamente com o racismo e o machismo </span><span style="font-weight: 400;">—</span><span style="font-weight: 400;">, evidenciando que a Lei Maria da Penha não é efetiva para os diferentes corpos e vivências femininas. </span></p> Ana Julia Fontes Evangelista, Roberta Sant'Anna Kafrouni Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/55338 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 A judicialização do cuidado de pessoas idosas no Brasil e suas interfaces com as categorias de raça e gênero https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53671 <p><span style="font-weight: 400;">No Brasil, nas últimas décadas, a temática da judicialização tornou-se frequente, especialmente a judicialização do cuidado de pessoas idosas. O presente artigo buscou analisar, por meio da pesquisa integrativa, se o perfil do poder judiciário pode influenciar as decisões jurisdicionais, na garantia dos direitos fundamentais das pessoas idosas, que têm o seu cuidado judicializado. Recorreu-se a pesquisa bibliográfica, documental de domínio público e a obtenção de dados junto ao Conselho Nacional de Justiça. As buscas foram realizadas no Google Acadêmico, Scielo, Scopus, Web of Science e Index Law Journals</span><strong>, </strong><span style="font-weight: 400;">utilizados como descritores na combinação das palavras </span><em><span style="font-weight: 400;">judicialização do cuidado</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">idosos, raça e gênero</span></em><span style="font-weight: 400;">. Os materiais utilizados estão inscritos no período de 1994 a 2024, visto que a temática da judicialização passou a configurar na cena política, especialmente, a partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal. Identificou-se que o perfil do poder judiciário brasileiro, majoritariamente, masculino e branco, é delimitado pela divisão sexual do trabalho, onde o racismo estrutural e o pacto narcísico da branquitude podem estruturar a legitimação das decisões. Dessa forma, nos limites desse estudo, questiona-se se a mão do Poder Judiciário que afaga, quiçá, não esteja eivada de resistências e limitações na garantia de direitos fundamentais.</span></p> <p> </p> Taciana Machado Aquino Ferreira, Virgínia Alves Carrara, Maria das Dores Saraiva de Loreto Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53671 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000 Interfaces entre Violência de Gênero Contra Mulheres e a Saúde Mental https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64323 <p><span style="font-weight: 400;">Trata-se de uma revisão integrativa que objetivou analisar as interfaces existentes entre o fenômeno da violência de gênero contra mulheres e o campo da saúde mental. Utilizou-se as bases de dados LILACS e SCIELO. A busca ocorreu nos meses de abril a maio de 2024, com a utilização dos seguintes descritores: “saúde mental”, “violência de gênero”, “violência doméstica” e “violência contra a mulher”. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 17 artigos. Os resultados foram organizados em duas categorias temáticas: 1) Violência de gênero contra mulheres e suas implicações na saúde mental; 2) Cuidado em saúde mental da mulher em situação de violência de gênero. Verificou-se que violência de gênero contra as mulheres pode ocasionar sofrimento psíquico de diferentes ordens. Os resultados também revelam a “invisibilidade” do fenômeno nos serviços de saúde, com o desenvolvimento de ações de cuidado voltadas para as consequências do ato. Pontua-se a necessidade da efetivação da rede de atenção e proteção, com o desenvolvimento de estratégias intersetoriais assertivas de enfrentamento, prevenção, promoção à saúde e cuidado integral. Destaca-se a necessidade da qualificação dos profissionais de saúde, por meio das práticas de prevenção e educação permanente.</span></p> Meyrielle Belotti, Sabrina Helena Ferigato Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/64323 qua, 20 ago 2025 00:00:00 +0000