Mãe Maré, o mangue vai acabar? Processos de produção de subjetivação e política da mariscagem
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v6i4.36252Keywords:
Marisqueiras, Cotidiano, Território, ResistênciaAbstract
O artigo é resultado de uma pesquisa que se gesta por dentro do projeto de extensão Fortalecimento Sociopolítico das Marisqueiras de Sergipe, parte do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC-SE). Este estudo germina-se, assim, por meio de um agenciamento com mulheres do Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MMS), de outros movimentos sociais e da Universidade; por meio de um processo de habitação de um território coletivo, em defesa de territórios de vida tradicionais e da vida das mulheres, em particular, da vida das marisqueiras, que veem seus territórios existenciais cotidianamente ameaçados por empreendimentos capitalistas. A pesquisa, de inspiração etnográfica e cartográfica, utilizando-se dos procedimentos do diário de campo e gravação em áudio de rodas de conversa, mira nos processos de invenção da vida cotidiana das mulheres no mundo do mangue, com ênfase nas táticas e estratégias de reexistência por elas protagonizadas. A perspectiva é de pesquisar com mulheres marisqueiras, conhecer seus modos de vida que se tecem num território híbrido entre cidade, campo e mangue; como enfrentam adversidades e conflitos (com o estado, a sociedade, seus companheiros, etc.); como produzem sentidos para suas experiências, individual e coletivamente, em particular as que decorrem da construção do movimento social e, com ele, de redes de cuidado, solidariedade e ajuda mútua, invenções de si e de mundos correlatos, ampliando em ato sentidos para a palavra mulher e para o trabalho artesanal.
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