Minha dor vem de você: uma análise das consequências da LGBTfobia na saúde mental de pessoas LGBTs

Autores

  • Grazielle Tagliamento Universidade Tuiuti do Paraná
  • Saymon Souza Correa da Silva Universidade Tuiuti do Paraná.
  • Denise Barcelos da Silva Universidade Tuiuti do Paraná
  • Giovanna de Souza Marques Universidade Tuiuti do Paraná.
  • Rebeca Hasson Universidade Tuiuti do Paraná.
  • Gabrielli Eduarda dos Santos Universidade Tuiuti do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v6i3.34558

Palavras-chave:

Discriminação, LGBTfobia, Saúde mental, Sofrimento mental, LGBT

Resumo

Diante do alto índice de violência LGBTfóbica no Brasil, o presente artigo discorre acerca das consequências da LGBTfobia na saúde mental de pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs). Objetivou-se compreender as consequências da LGBTfobia na saúde mental das pessoas LGBTs, assim como descrever as principais formas de discriminação sofridas. Para alcançar esses objetivos, realizou-se uma pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas, utilizando o sistema “bola de neve” para acessar as(os) entrevistadas(os). As entrevistas foram realizadas com 19 pessoas LGBTs com idade igual ou superior a 18 anos, sendo elas: 3 homens cisgêneros gays, 3 mulheres cisgêneros lésbicas, 3 homens cisgêneros bissexuais, 3 mulheres cisgêneros bissexuais, 2 homens transexuais, 3 mulheres transexuais e 2 mulheres travestis. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo. Verificou-se que a discriminação vivenciada pelas pessoas LGBTs ocorre no ambiente familiar, trabalho, relações amorosas e no contexto escolar. Também foi observado que o discurso religioso corrobora com esses comportamentos LGBTfóbicos, utilizando da “homofobia religiosa” para desqualificar as diversidades sexuais e de gênero. Por conseguinte, a pesquisa concluiu que a grande maioria das pessoas vítimas de LGBTfobia está sujeita à ocorrência de efeitos prejudiciais à saúde mental e averiguou que as redes de apoio possuem um papel importante no sentido de fornecer suporte emocional. Constatou-se, também, que famílias protetivas e acolhedoras contribuem significativamente para o enfrentamento da LGBTfobia cotidiana e são capazes de reduzir a ocorrência de sofrimento psíquico e mental nas pessoas atingidas.

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Biografia do Autor

Grazielle Tagliamento, Universidade Tuiuti do Paraná

Professora adjunta do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná. Pesquisadora do NEPAIDS/USP. Coordenadora Educacional do Centro de Excelência em Gêneros e Sexualidades (Ceges).

Saymon Souza Correa da Silva, Universidade Tuiuti do Paraná.

Estudante do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Denise Barcelos da Silva, Universidade Tuiuti do Paraná

Estudante do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Giovanna de Souza Marques, Universidade Tuiuti do Paraná.

Estudante do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Rebeca Hasson, Universidade Tuiuti do Paraná.

Estudante do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Gabrielli Eduarda dos Santos, Universidade Tuiuti do Paraná.

Estudante do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná.

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Publicado

2021-01-26

Como Citar

Tagliamento, G., Silva, S. S. C. da, Silva, D. B. da, Marques, G. de S., Hasson, R., & Santos, G. E. dos. (2021). Minha dor vem de você: uma análise das consequências da LGBTfobia na saúde mental de pessoas LGBTs. Cadernos De Gênero E Diversidade, 6(3), 77–112. https://doi.org/10.9771/cgd.v6i3.34558

Edição

Seção

Artigos