O Corpo Morto de Diadorim: A nomeação póstuma de Diadorim como mulher na economia narrativa de Grande sertão: veredas

Autores

  • Paulo Ricardo Moura da Silva IFMG

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v5i1.31919

Palavras-chave:

Corpo, Gênero, Transitoriedade

Resumo

A proposta deste ensaio é analisar a passagem do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, em que o corpo morto de Diadorim está sendo preparado para a cerimônia fúnebre, de modo a observar como a descoberta de que Diadorim possui um corpo dito de mulher redireciona a narrativa de uma representação centrada na tensão homoerótica entre os protagonistas para colocar em cena a questão do gênero de Diadorim. Este redirecionamento produziria um efeito de abertura e continuidade narrativa no momento em que a narração chega ao fim, o que se relaciona fortemente com a própria economia narrativa da obra literária em questão, que busca se constituir esteticamente por meio da noção de viagem, de passagem e de transitoriedade.

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Biografia do Autor

Paulo Ricardo Moura da Silva, IFMG

É graduado em Licenciatura em Letras – Português/Espanhol – pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus São José do Rio Preto, possui mestrado e cursa doutorado em Letras, na área de Teoria da Literatura, pela mesma instituição de ensino. Atualmente, é professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Ouro Preto, atuando no ensino médio e superior. Desenvolve pesquisa na área de Teoria do realismo a partir de obras da literatura brasileira.

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Publicado

2019-05-30

Como Citar

Silva, P. R. M. da. (2019). O Corpo Morto de Diadorim: A nomeação póstuma de Diadorim como mulher na economia narrativa de Grande sertão: veredas. Cadernos De Gênero E Diversidade, 5(1), 24–34. https://doi.org/10.9771/cgd.v5i1.31919