O MANUSCRITO NO IMPRESSO
CONHECER PALEOGRAFIA PARA COMPREENDER AS MARCAS DE PROVENIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rpa.v16i3.52311Palabras clave:
Marcas de proveniência, Paleografia, ManuscritosResumen
O artigo apresenta uma abordagem inovadora ao demonstrar que manuscritos também são passíveis de servir como objeto de estudo a depreensão de marcas de proveniência. Procedeu-se a bibliografia material de dois manuscritos pertencentes ao Acervo do Mosteiro de São Bento da Bahia: a) Um exemplar seiscentista da obra Fusce iudicia Duns Scotus, de autoria do Frei Nicolau de Orbellis, apresenta ex libris manuscrito do frei Benedicti de Jesu; b) A obra Don Severini Boethii viri illvstris de consolatione philosophiae libri quinque, luculentissimis Iohannis Murmelii, de Rodolphi Agricolae, foi ao prelo em Colônia, na oficina de Eucharii Ceruicorni. A publicação traz a data de 1535, e o exemplar apresenta, pelo menos, seis potenciais indicações de posse lançadas na parte interna da capa, na página de rosto e na guarda posterior. Contatou-se em ambos manuscritos analisados a presença de marginálias e ex-libris, no entanto o segundo manuscrito apresentou o diferencial de conter carimbo de propriedade. Conclui-se que a interface entre Paleografia e Biblioteconomia, por serem disciplinas que investigam a escrita, o texto e o livro mostraram-se necessárias à compreensão da história de um exemplar e de uma obra analisada. É possível contar parte da história de como uma obra circulou em diversas épocas e de como um exemplar foi lido por diversas mãos, por meio de que estratégias de grifo, de registro de posse, de gestos materiais de apropriação que tornam complexa a história da leitura e da escrita no contexto observado.
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Citas
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