PontodeAcesso
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<p>Pontodeacesso é uma publicação vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Instituto de Ciência da informação da UFBA. Seu objetivo é tornar acessíveis, livre e gratuitamente trabalhos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros da comunidade científica, focados em temas no campo de estudos da Informação. Além de artigos, debates e entrevistas, publica resenhas de publicações, de softwares e de modelos de gestão de informação e conhecimento. <br />Área do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas<br />ISSN (online): 1981-6766 - Periodicidade: Quadrimestral</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRPontodeAcesso1981-6766A PontodeAcesso utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto. A revista permite que o autor retenha os direitos de publicação sem restrições.BOOK OWNERS ONLINE
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<p>Lançado em agosto de 2020, o Projeto Book Owners Online foi construído como um trabalho colaborativo entre a Bibliographical Society e a University College London, desenvolvido para ser escalonável e flexível, com intenção de se expandir tanto cronologicamente quanto geograficamente. Contando inicialmente com dados de cerca de 1.400 proprietários ingleses do século XVII, a base de dados já abrange informações de mais 1.800 proprietários escoceses e ingleses, avançando para o século XVIII. O Book Owners Online pretende ser um lugar para começar, não para terminar, fornecendo uma visão geral das informações para outras fontes de referências adicionais. O projeto não almeja listar todos os livros que uma pessoa possuiu, as entradas obedecem a uma estrutura padrão, com uma série de campos que serão preenchidos dependendo da natureza da evidência. Todos os registros incluem um nome com pelo menos uma data de nascimento ou óbito, um campo “Livros” com o objetivo de resumir o que sabemos a respeito de sua biblioteca, e pelo menos uma fonte adicional de informação. Como qualquer base de dados online dessa natureza, que constituem uma fonte de referência e informação para apoiar outros trabalhos, é concebida como sendo sempre um trabalho em andamento.</p>David Pearson
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2022-12-292022-12-29163254510.9771/rpa.v16i3.52297KOBINO, UMA FERRAMENTA PARA ESTUDAR A CIRCULAÇÃO DE LIVROS NA NOVA ESPANHA
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<p>O período colonial nos territórios americanos sob o domínio da Coroa espanhola foi uma época de controle permanente sobre a produção e circulação de livros durante trezentos anos. Este último, o espaço de circulação, foi uma atividade quase privilegiada do Tribunal do Santo Ofício, uma instituição que concebeu diferentes estratégias para controlar todas as frentes possíveis para onde o livro se deslocava uma vez produzido e que deixou traços documentais ricos em informações de todo aquele imenso território. De fato, estes testemunhos apresentam dois cânones bibliográficos muito característicos do período que nos permitem documentar com considerável precisão os trabalhos, os autores e, mais particularmente, as edições que circularam na Nova Espanha. Em pesquisas anteriores compilamos documentos históricos que informam quais e quantos livros estavam nas mãos de livreiros, particulares e instituições, que compõem um universo de trabalho de cerca de 30.000 edições. Este é o suporte documental que explica o projeto do KOBINO, uma ferramenta projetada para estudar e compreender a circulação de livros neste território americano, e para apreciar como a Nova Espanha foi uma cultura aberta e multilíngüe que recebeu o conhecimento e as idéias produzidas nos centros tipográficos europeus e americanos.</p>Idalia GarcíaRicardo Vargas
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2022-12-292022-12-29163467410.9771/rpa.v16i3.52298FELICIANA MARIA DE MILÃO (1629 - 1705)
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<p>Figura enigmática e quase mítica do século XVII português, conhece-se de D. Feliciana Maria de Milão um percurso de vida insólito para as normas sociais da época. Dela restou a memória da sua marcada cultura e, sobretudo, do espírito crítico, presente no espólio escrito que deixou, nos testemunhos da convivialidade que desenvolveu com personalidades da corte e, ainda, na vida religiosa que adotou em 1659, ao entrar para o mosteiro de S. Dinis de Odivelas. Não seria fácil a uma mulher no século XVII, ainda para mais sem parentes conhecidos, distinguir-se pelo espírito e pela erudição. Porém, nas respostas prontas que ficaram registadas para a posteridade e na correspondência que manteve com figuras marcantes da sociedade, é evidente que D. Feliciana de Milão teve um privilegiado acesso a obras que lhe modelaram a cultura na sua expressão oral e escrita. O encontro com livros (poucos) que lhe pertenceram, não chega para um estudo da sua biblioteca. Revelam, no entanto, a presença de literatura em língua italiana, invulgar para a época, ainda mais tratando-se de uma mulher. Revelam, sobretudo, uma marca de posse que é, em si mesma, um lema de vida: “La fortuna o la mejor o ninguna”.</p>Fernanda Campos
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2022-12-292022-12-291637510110.9771/rpa.v16i3.52299A RECONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA DE ANDRÉS BELLO ATRAVÉS DAS MARCAS DE PROVENIÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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<p>Estudo para a reconstituição da Biblioteca de Andrés Bello López, um dos dos maiores polímatas chilenos, a partir da análise das marcas de proveniência bibliográfica. Essa importante biblioteca pessoal no século 19 foi comprada pela Universidad de Chile após a sua morte. A metodologia utilizada para análise dos livros da área jurídica de Bello baseia-se nos catálogos mais conhecidos da biblioteca, o manuscrito de Barros Arana do século XIX e o estudo de Velleman de 1995. Os itens selecionados foram analisados individualmente e foram observados em conjunto a partir de um grupo interconectado de marcas de proveniência: ex libris, carimbo em baixo relevo na encadernação, anotações manuscritas, sejam comentários anotados na margem ou pequenas cruzes, números manuscritos indicadores da localização nas prateleiras no século XIX, estampas de estrelas, notas OPAC, e a individualidade de um exemplar único no país, aliadas a fontes historiográficas ou de conteúdo. A metodologia utilizada para os livros jurídicos pode ser utilizada para a reconstrução de toda essa biblioteca pessoal que contribuirá para o acervo científico no âmbito do direito e para recuperação do patrimônio cultural e bibliográfico hispanoamericano.</p>Claudia Castelletti Font
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2022-12-292022-12-2916310212510.9771/rpa.v16i3.52300MARCAS DE LIVREIROS NA BIBLIOTECA ARATA
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<p>Estudo das marcas dos livreiros da biblioteca particular Pedro N. Arata, formada em Buenos Aires. Em 1946, uma fração foi doada à Universidade de Buenos Aires. Relativamente rica em marcas de livreiros, hoje se encontra na Faculdade de Agronomia. As marcas de livreiros foram analisadas a partir das variáveis: localização e nome da livraria, forma, formato físico e cor da marca, seu conteúdo textual e número de obras em que foi registrada. O corpus de 1.070 obras revelou 361 marcas diferentes, representativas de 157 livrarias em 41 cidades localizadas em 17 países. As livrarias argentinas foram analisadas conforme sua distribuição no tempo, a existência de complexos de livrarias ligadas entre si, sua dispersão no espaço da cidade, e a tipologia das marcas. A análise das marcas de livreiros não ampliou significativamente o conhecimento dos hábitos de Arata como leitor. Entretanto, apresentou um curioso investigador, que explorava pequenas e modestas livrarias, mantendo-se fiel cliente de um pequeno grupo de fornecedores especializados e altamente profissionais. As coleções de ex libris e marcas de livreiros, entre outras, são ferramentas úteis para pesquisadores.</p>Diego Medan
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2022-12-292022-12-2916312614510.9771/rpa.v16i3.52301ALGUMAS MARCAS DE PROVENIÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NA LIVRARIA DOS VISCONDES DE BALSEMÃO
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<p>A primígena ‘Livraria’ dos Viscondes de Balsemão integra atualmente os fundos patrimoniais da Biblioteca Pública Municipal do Porto, Portugal. Referem‐se as vicissitudes que afetaram esta notável biblioteca aristocrática privada, bem como os seus principais obreiros. O objetivo principal deste trabalho é, contudo, evidenciar e analisar diversas tipologias de marcas de proveniência em alguns dos impressos da biblioteca Balsemão, referindo-se ainda itinerários de circulação de livros e conexões com antigos possuidores.</p>Júlio Costa
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2022-12-292022-12-2916314616810.9771/rpa.v16i3.52302OS DESAFIOS DO ESTUDO DAS PROVENIÊNCIAS PARA A HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO LIVRO NA FRANÇA NO RENASCIMENTO
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<p>O estudo das origens inclui sistematicamente qualquer indicação de apropriação, leitura ou utilização de obras, mas também qualquer indicação de compra, venda ou circulação, evolução resultante de uma melhor apreciação da importância material de cada exemplar e do valor da informação que contém. A base de dados 'Proveniência dos Livros Antigos' da Biblioteca de Lyon foi colocada online para mostrar a identidade dos antigos proprietários das coleções já conhecidas, mas também para revelar outras sem notoriedade. A colaboração sistemática em torno das proveniências surgiu na Europa com a adesão de estruturas federativas e europeias, ao lado de iniciativas nacionais francesas. A compreensão da circulação das obras até Lyon e as técnicas de comercialização dos livros em escala europeia requer o exame destes fenômenos desde a sua origem, recuando até o surgimento do sucesso comercial do livro de Lyon durante o último quarto do século XV. O estudo dos elementos materiais e marcas de proveniência de toda espécie que se conservam nos volumes poderiam completar os dados disponíveis neste campo.</p>Monique Hulvey
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2022-12-292022-12-2916316918510.9771/rpa.v16i3.52305PESQUISA DE PROVENIÊNCIA E O CONSORTIUM OF EUROPEAN RESEARCH LIBRARIES
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<p>O Consortium of European Research Libraries (CERL) é uma organização iniciada em 1994 após a iniciativa de bibliotecas de pesquisa em vários países europeus. É formado principalmente por profissionais da Ciência da Informação, que trabalham para fornecer dados relevantes e oferecer significado e contexto sobre suas coleções. O foco do CERL são manuscritos e livros impressos produzidos antes de meados do século 19. O CERL está empenhado em curar dados de forma sustentável, fornecendo acesso e criando conexões quando possível. Entre seus principais recursos online estão: The Heritage of the Printed Book Database, CERL Thesaurus, Incunabula Short Title Catalogue, Material Evidence in Incunabula, CERL Provenance Digital Archive e outros. O CERL cria recursos digitais próprios e fornece uma estrutura dentro da qual as instituições membros podem oferecer serviços digitais. Os recursos mencionados viabilizam meios para que a pesquisa de proveniência floresça, ao reunir coleções, instituições e outras informações triviais para este campo. Com esta experiência colaborativa, o CERL visa estabelecer como as coleções podem refletir a maneira como a história europeia está interligada intelectualmente, comercialmente e politicamente.</p>Cristina DondiMarian LeffertsMarieke Van Delft
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2022-12-292022-12-2916318620810.9771/rpa.v16i3.52306MARCAS DE PROCEDÊNCIA
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<p>O presente trabalho busca dar um panorama geral sobre as marcas de procedência e, especificamente, o <em>ex-libris</em> no Peru; ou seja, colocar em evidência como esta prática cultural se deu nos diferentes períodos históricos coloniais e republicanos. Esse tema pesquisado enfrenta, por sua vez, uma grande dificuldade metodológica para sua investigação, o que se acredita ser a razão pela qual o estudo do <em>ex-libris</em> não se desenvolveu em um país com uma antiga cultura do livro impresso no continente.</p>Gerardo Manuel Trillo Auqui Martha Elena Salvatierra Chuchón
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2022-12-292022-12-2916320923810.9771/rpa.v16i3.52307EDITORIAL
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David PearsonFabiano Cataldo de AzevedoLuciana Ferreira MartinsMarli Gaspar BibasNathália Henrich
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2022-12-292022-12-2916322410.9771/rpa.v16i3.52364EXPEDIENTE
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Revista Ponto de Acesso
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2022-12-292022-12-29163APRESENTAÇÃO
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Lídia Maria Batista Brandão ToutainSérgio Franklin Ribeiro da SilvaMaíra Salles de Souza
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2022-12-292022-12-291631110.9771/rpa.v16i3.52354LIVROS E BIBLIOTECAS COMO PATRIMÔNIO CULTURAL
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<p>Uma sistematização de reflexões sobre patrimônio bibliográfico surgidas da prática profissional através de estudo exploratório com enfoque qualitativo, com apoio de pesquisa bibliográfica, combinada com observação e análise de exemplos dos acervos da Biblioteca da Faculdade de Direito da USP e da Biblioteca do TRF3. Inicialmente, o conceito de patrimônio bibliográfico é analisado a partir de textos legais e da literatura. Passa-se à discussão da visão do patrimônio bibliográfico e documental como uma grande zona cinzenta, que representa a indefinição, lacunas e incompletude do conceito de patrimônio bibliográfico e documental. Aborda os aspectos da raridade absoluta e raridade relativa, os critérios de recorte cronológico, de valoração cultural e de análise das marcas de proveniência bibliográfica, a memória institucional, a literatura cinzenta, a organização do conhecimento, as instituições de custódia e os níveis de memória, tratamento e descrição. Evidencia a múltipla função dos livros e bibliotecas e destaca a importância do contexto onde itens, coleções e bibliotecas estão inseridos para análise do patrimônio bibliográfico.</p>Luciana Maria NapoleoneMaria Lucia Beffa
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2022-12-292022-12-2916362165310.9771/rpa.v16i3.52327ATUALIZAÇÕES DOS ESTUDOS E PRÁTICAS NA CATALOGAÇÃO DE MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS RAROS E ESPECIAIS
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<p>A Catalogação descritiva é uma técnica que permite extrair informações dos materiais bibliográficos de modo a torná-los conhecidos pelos usuários. Essa técnica já está bem cristalizada em relação aos livros comuns, porém as obras raras trazem especificidades que precisam ser igualmente descritas para que elas sejam adequadamente representadas. Nesse sentido, um dos campos do Formato MARC que mais ajuda a descrever as obras raras é o 500, que diz respeito às notas, principalmente quando nos referimos à descrição das marcas de proveniência. Esse artigo propõe relatar o trabalho de estudo e aplicação do campo 500 as informações extraídas do acervo da coleção de Obras Raras e Especiais da Biblioteca de Manguinhos após a feitura da bibliografia material das mesmas. Observamos que as notas possuem três naturezas distintas, que categorizamos como “intrínsecas” - inseridas na nota 500 (notas gerais), “extrínsecas” - alocadas nos campos de notas 590 (notas locais), 563 (encadernação) e as “auxiliares” - sendo os campos 541 (fonte de aquisição imediata), 561 (custódia histórica), 583 (nota de intervenção), 585 (nota de exposição), 591 (estado de conservação do material), e registro imagético ou acesso eletrônico no campo 856. Conclui-se que a catalogação das marcas de proveniência tem possibilitado a identificação e reunião de coleções dispersas no acervo de origem e em outros que possam se interrelacionar e contribuir na segurança do acervo a partir da individualização do exemplar, além da promoção da memória institucional, valorização e identificação de patrimônio cultural.</p>Fátima Duarte de AlmeidaMaria Claudia SantiagoTarcila Peruzzor
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2022-12-292022-12-2916365466810.9771/rpa.v16i3.52328DESCRIÇÃO DE EX-LIBRIS IMPRESSOS PARA USO EM BIBLIOGRAFIAS E CATÁLOGOS AUTOMATIZADOS
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<p>O objetivo principal deste artigo foi elaborar um modelo de descrição de ex-líbris impressos que trouxesse metadados e regras para servir tanto para bibliografias como para catálogos em geral, mas com foco nos catálogos automatizados que usam o padrão MARC21. No caso das bibliografias, a descrição teria como referência o exemplar “ideal”, concebido pelo autor, e no caso dos catálogos, a referência seria o exemplar em mãos, com suas respectivas marcas extrínsecas (carimbos, assinaturas etc.). A metodologia se apoiou, principalmente, na busca por padrões de descrição e catalogação consolidados internacionalmente em bibliografias e catálogos especializados, bem como textos de ex-librismo e Biblioteconomia. Isso resultou em um modelo que busca abranger e prever a maioria das características físicas e temáticas altamente variadas do ex-líbris. O modelo proposto pode ser um ponto de partida para a adoção ou discussão de uma padronização de descrição de ex-líbris em bibliografias e catálogos.</p>Luiz Felipe Peçanha StellingThalles Augusto de Carvalho Siciliano
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2022-12-292022-12-2916366968810.9771/rpa.v16i3.52329MARCAS DE PROVENIÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NO CATÁLOGO DO PATRIMÔNIO BIBLIOGRÁFICO NACIONAL (CPBN)
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<p>Este artigo elenca as marcas de proveniência bibliográfica descritas no Catálogo do Patrimônio Bibliográfico Nacional, gerenciado pelo Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras da Biblioteca Nacional brasileira. A metodologia empregada foi o cotejamento item a item dos registros existentes, identificação, categorização, estruturação e quantificação. Foi observada a falta de padronização na entrada de dados, o que acarreta dificuldades na recuperação da informação. Verificou-se a necessidade de conscientizar as instituições cadastradas, da imprescindibilidade de rotinas de análise e descrição bibliográfica, como forma de segurança e conhecimento da importância e trajetória dos acervos, tendo em vista que menos da metade das instituições identificadas realizam esta prática.</p>Rosângela Rocha Von HeldeSilvia Fernandes Pereira
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2022-12-292022-12-29163689710DEDICATÓRIAS MANUSCRITAS
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<p>A relação entre indivíduos e sociedade pode se manifestar mediante dedicatórias. É possível, por intermédio da leitura da dedicatória, reconstruir, mesmo que de forma fragmentária, o passado. Mostrar que o conjunto dos elementos que compõem as dedicatórias manuscritas constitui uma marca de proveniência, pois identifica procedência (dedicador), destino (dedicatário) e itinerário (data e local). É o objetivo deste artigo. Adotou-se a pesquisa documental para analisar as dedicatórias que constam em livros da Biblioteca particular de Manuel Bandeira integrante do acervo da Academia Brasileira de Letras. Conclui-se que a afirmação de que “muito tesouro é salvo” nas bibliotecas particulares passa a ter outro significado quando se leva em conta as dedicatórias nelas presentes. A dedicatória manuscrita é um veículo de comunicação que oferece pistas sobre os leitores que se formam em torno de uma determinada personalidade. Adverte-se que as dedicatórias manuscritas podem forjar relações pessoais, portanto, é preciso ter um olhar crítico no processo de análise das dedicatórias, uma vez que elas geralmente apresentam um tom laudatório e utilizam uma retórica elogiosa.</p>Stefanie Cavalcanti Freire
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2022-12-292022-12-2916371172910.9771/rpa.v16i3.52331A IMPORTÂNCIA DO CARIMBO E OUTRAS MARCAS DE PROPRIEDADE NO ACERVO DA BIBLIOTECA NACIONAL
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<p>A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) é uma das mais antigas e tradicionais instituições de estudo e pesquisa do Brasil, cujas diferentes denominações que teve ao longo do tempo foram resgatadas por meio de carimbos das publicações, prática de identificação adotada desde a sua gênese. Objetivou-se demonstrar a importância das marcas de propriedade em uma instituição como a FBN, analisando sua história, relatando ocorrências em que esses indicativos nos ajudaram a recuperar peças furtadas e informando sobre as atuais medidas tomadas pela instituição para garantir o uso correto e seguro dos carimbos, anotações e <em>ex-libris</em>. Extraíram-se dados sobre os furtos, e consequente recuperação das obras da coleção de iconografias da FBN, em jornais e nos relatórios gerenciais da FBN. Constatou-se que a despeito de todas as dificuldades que a recuperação de obras furtadas enfrenta, a FBN tem recuperado obras em momentos esparsos e em quantidades módicas. Dados do último levantamento da instituição informam que foram restituídos ao acervo cerca de 10% do total furtado, o que equivale a 12 das 102 peças que foram furtadas em 2004; e 116 das 1.096 peças que foram furtadas em 2005, e o elemento que permitiu repatriar os itens roubados foi justamente o carimbo.</p>Monica Carneiro AlvesDiana dos Santos RamosMaria José da Silva Fernandes
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2022-12-292022-12-2916373076110.9771/rpa.v16i3.52333MARCAS DE PROVENIÊNCIA COMO INSTRUMENTO DE IDENTIDADE DE COLEÇÕES ESPECIAIS
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<p>A Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco (BC/UFPE) é a unidade de informação que custodia as coleções especiais, dentre estas, uma que merece destaque é a COLTED, por ser um recorte da bibliografia básica das universidades no período da ditadura militar. Descrever o processo de identificação, coleta, organização e tratamento da Coleção COLTED, através do planejamento da continuidade das atividades de identificação das obras por parte das bibliotecas setoriais e central da Universidade, é o objetivo principal deste artigo. Procedeu-se uma busca minuciosa, livro a livro, no acervo do SIB/UFPE. Livros com carimbos do programa onde se identificou a sigla MEC/COLTED. Após o trabalho de identificação e seleção ter sido procedido, obteve-se o seguinte montante: em 2018 foram identificados e catalogados 239 títulos entre 562 exemplares. Em 2019, foram identificados 98 títulos em 194 exemplares e até 2020, atingimos a marca de 357 títulos no total de 785 exemplares devidamente identificados, descritos e organizados no setor de coleções especiais da Biblioteca Central. Conclui-se que a identificação e organização da coleção COLTED fazem parte das ações para dar maior visibilidade ao acervo da Biblioteca e enfatizar seu perfil patrimonial.</p>Shirly Pimentel VieiraKaryna da Rocha TavaresRubens Leal de Azevedo
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2022-12-292022-12-2916376278410.9771/rpa.v16i3.52334O DESENVOLVIMENTO DA BMJVS SOB A ÓTICA DE SUAS COLEÇÕES ESPECIAIS
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<p>O levantamento sobre as coleções especiais da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) foi iniciado em 2010, quando identificou-se o acervo que pertenceu ao jurista Francisco Campos. A partir de então, foram mapeadas importantes bibliotecas particulares adquiridas pela instituição. Este artigo objetiva analisar o acervo da Biblioteca Marcos Juruena Villela Souto (BMJVS) a partir da formação de coleções especiais no contexto da PGE-RJ. Metodologicamente, na maioria dos casos, foram analisadas as entradas administrativas das obras, a partir dos volumes de livros de tombo, fontes fidedignas que registraram a formação e desenvolvimento da BMJVS. Este procedimento permitiu mapear uma parte considerável das coleções uma vez que as colunas “observações”, que constavam nos registros, foram importantes indicadores sobre os doadores. Posteriormente, foram iniciados os procedimentos de análise material, primeiramente pela Coleção Octavio Tarquinio e Lucia Miguel Pereira, seguindo o projeto de descrição e análise (2017). Após estas etapas, ainda em curso, observou-se que a biblioteca da PGE-RJ possui 8 coleções especiais, com forte apelo histórico e de considerável vínculo com atores ligados à trajetória da instituição. Estas coleções, com suas marcas plurais, tornam-se partes integrantes do patrimônio bibliográfico, não apenas da Procuradoria, mas de todo o estado.</p>Thiago Cirne
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2022-12-292022-12-2916378581410.9771/rpa.v16i3.52335AS MARCAS DE PROVENIÊNCIA PRESENTES NA BIBLIOTECA HISTÓRICA E NAS COLEÇÕES ESPECIAIS DO COLÉGIO PEDRO II
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<p>O presente trabalho tem por finalidade apresentar a Biblioteca Histórica do Colégio Pedro II, primeiro colégio de instrução secundária oficial do Brasil, e explorar as peculiaridades das Coleções Especiais por meio das marcas de proveniência contidas em seus acervos, cujas coleções estão divididas em duas partes: Coleções Especiais e Acervo Antigo. Abrange obras de assuntos gerais, nos diversos ramos do conhecimento, sendo grande parte escrita em francês. Além de obras diversas, esse acervo reúne, também, livros e periódicos do século XVI ao século XX, perfazendo um total aproximado de 20.000 volumes. Incluem-se aí textos e coleções que fundamentam a educação no Brasil desde o século XIX. As marcas de proveniência mais encontradas no <em>corpus</em> da pesquisa foram: carimbos úmidos, ex-libris e etiquetas de livrarias. Conclui-se que as Coleções Especiais do Colégio Pedro II têm um significado histórico para a instituição e um valor de memória inestimável para a mesma e sociedade. Constituem-se como repositório da memória institucional. As marcas permitem identificar e reconhecer as diferentes fases e reformas institucionais e educacionais, assim como as transformações sociais, políticas e culturais, retratando épocas históricas e costumes da sociedade.</p>Tatyana Marques de Macedo CardosoPriscila de Assunção Barreto Côrbo
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2022-12-292022-12-2916381583510.9771/rpa.v16i3.52336MARCAS DE PROVENIÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E A BIOGRAFIA DOS OBJETOS NA COLEÇÃO SILVIO GOLDGEWICHT (BMJVS/PGE-RJ)
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<p>O artigo analisa a coleção de Silvio Goldgewicht, um ex-procurador que teve sua biblioteca particular doada à instituição para qual trabalhou por 30 anos. Esta coleção integra o conjunto de coleções especiais da Biblioteca Marcos Juruena Villela Souto (BMJVS), na PGE-RJ. Adotou-se como aportes metodológicos para análise as marcas de proveniência da Coleção Silvio Goldgewicht à luz da biografia dos objetos e da teoria pierceana. O acervo de 706 obras da <em>Coleção Silvio Goldgewicht</em>, doado para a PGE-RJ em 2018, é formado, principalmente por obras jurídicas. No corpus selecionado foram identificadas as seguintes marcas de proveniência: <em>ex libris</em> manuscritos, carimbos, etiquetas e dedicatórias manuscritas. No tocante às etiquetas pôde-se identificar três tipos: a de livreiros/livrarias, a de encadernadores, a de instituições. Em relação às dedicatórias foram encontradas ofertas tanto para o Dr. Leon (pai de Silvio), para o Dr. Silvio e para ambos, em conjunto. Conclui-se que ao falar de marcas de proveniência bibliográfica, seu estudo nos permite entender melhor um dado conjunto bibliográfico, seu tamanho, suas particularidades, como ele se desenvolveu ao longo do tempo, de modo que seja possível traçar caminhos e tentar entender como os livros circularam e chegaram a determinada coleção.</p>Marcelo Augusto Mendonça Domingues
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2022-12-292022-12-2916383685710.9771/rpa.v16i3.52337AS MARCAS DE PROVENIÊNCIA DA COLEÇÃO CELSO CUNHA
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<p>O presente artigo versa sobre a identificação das marcas de proveniência existente nos materiais bibliográficos que pertenceram ao eminente gramático, filólogo e medievalista professor Celso Cunha (1917-1989), essa coleção foi adquirida em 26.07.1991 e integra as coleções especiais da Biblioteca José de Alencar da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O inventário das marcas de proveniência de cada item que compõe a coleção supracitada está sendo desenvolvido desde 2017 e, até o momento, foram constatadas 2.011 anotações manuscritas, 619 carimbos, 671 assinaturas e 3.126 dedicatórias. O período de cobertura da Coleção compreende os anos de 1533 até 1989. A coleta de dados do corpus nos permitiu identificar: etiquetas de livrarias, anotações manuscritas, <em>ex-libris</em> e dedicatórias. Conclui-se que as marcas de proveniência são elementos que permitem estabelecer o itinerário geográfico e intelectual das publicações e identificar a quem pertenceu o livro, seus leitores, contextualizar no tempo e no espaço o seu proprietário. Permitem múltiplas possibilidades de pesquisa a partir da sua identificação e divulgação. Esse estudo aprofundado do acervo propicia a valoração do patrimônio bibliográfico da coleção além de dar maior segurança patrimonial em casos de furto ou roubo com descrição detalhada das marcas da coleção.</p>Rosângela Coutinho da Silva
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2022-12-292022-12-2916385888210.9771/rpa.v16i3.52338MARCAS DO OFÍCIO
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<p>O presente artigo traça um breve panorama da história de estabelecimentos comerciais livreiros no Brasil, com especial destaque para o Rio de janeiro. Este estudo tem por objetivo identificar os encadernadores que existiram no Rio de janeiro oitocentista. Procedeu-se a coleta de dados a partir das coleções sob a responsabilidade da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde (BHCS) da Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ e da Seção de Obras Raras A. Overmeer / Biblioteca de Manguinhos (BibMang) / ICICT / FIOCRUZ. A coleta de dados nos permitiu identificar os seguintes encadernadores: Leuzinger, Laemmert e Lombaerts, bem como foi possível mapear suas áreas de localização, principais serviços oferecidos. Este estudo explorou apenas uma das fontes utilizadas pelos profissionais do século XIX para anunciarem seus serviços, o <em>Almanack Laemmert</em>. Muitos outros podem ser consultados para ajudar a identificar os oficiais da arte de encadernar os livros. Hoje, as raras etiquetas de encadernadores e oficinas de encadernação permitem o não apagamento dessa atividade, porém, o desafio maior é lançar luz às marcas que camuflam a atividade no rol dos serviços que ofereciam.</p>Ana Roberta de Souza Tartaglia
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2022-12-292022-12-2916388391110.9771/rpa.v16i3.52339CARIMBO, SIM
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<p>O objetivo central desse trabalho é apresentar o carimbo como uma importante ferramenta de segurança em coleções especiais, considerando seu lugar como marca de proveniência e a relevância de garantir que itens roubados e/ou dissociados voltem para o lugar de onde foram retirados. Para isso, entende-se que coleções especiais são aquelas construídas por itens considerados, por seu valor distinto, especiais o suficiente para serem diferenciadamente preservados; segurança como os sistemas utilizados para prevenção de danos ao acervo como roubos e dissociação; marcas de proveniência como aquelas marcas extrínsecas ao item que configuram um vestígio do pertencimento desse item à uma instituição, biblioteca e/ou coleção; e especificamente, entende-se carimbo como a inscrição, desenho, arte, etc., gravado à tinta ou à seco e também o instrumento utilizado para realizar essa gravação. Conclui-se, dessa forma, que o carimbo é uma marca de proveniência que vai além da relevância enquanto controle de itens no acervo, sendo importante ainda para a proteção da instituição, a biblioteca e o item, assegurando que este retorne à ao lugar – biblioteca, coleção – de onde foi retirado, caso seja perdido em ocasião de roubo ou furto.</p>Jullyana Monteiro Guimarães de Araújo
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2022-12-292022-12-2916356658110.9771/rpa.v16i3.52323IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS MARCAS DE PROVENIÊNCIA NO ACERVO DE MANGUINHOS
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<p>Considera-se marcas de proveniência bibliográficas de um acervo, é imprescindível conhecer primeiro a história da instituição, da biblioteca e do próprio acervo onde os exemplares e suas marcas estão inseridos, afinal são parte de um todo e existindo um propósito para cada movimento de entrada e permanência dos itens que o constituem. Procurou-se considerar algumas singularidades entre as marcas de propriedade e as marcas de proveniência, aplicando este olhar sobre o acervo da Biblioteca de Manguinhos. Em um primeiro momento apenas observar, depois passou-se a fotografar e conferir marcas “estranhas” para futura identificação e, em seguida, passou-se a registrar em planilhas de organização física as marcas localizadas nos exemplares de forma sistemática. Em seguida, começamos a nos aproximar de um vocabulário próprio destas marcas e nos apropriar de um conhecimento que pudesse se transmutar em informação. As marcas de proveniência adquirem, portanto, um sentido de evidenciar a formação e desenvolvimento da coleção resultante dos 120 anos de pesquisa institucional, alicerçadas na herança documental, científica e de potencial cultural do acervo de Manguinhos. Assim como vem sendo parte da produção científica da Fiocruz ao longo da sua existência, também integra seu patrimônio cultural e da sociedade em que está inserida.</p>Fátima Duarte de AlmeidaMaria Claudia Santiago
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2022-12-292022-12-2916358262010.9771/rpa.v16i3.52324TRÁFICO ILÍCITO DE LIVROS E AS MARCAS DE PROPRIEDADE E PROVENIÊNCIA
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Paulo Teles de Castro DominguesFabiano Cataldo de AzevedoMaria Claudia Santiago
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2022-12-292022-12-2916391292510.9771/rpa.v16i3.52308O LIVRO COMO OBJETO
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<p>Refletir sobre os livros como objetos implica em reconhecer que, de alguma forma, são comparáveis a todo e qualquer objeto criado para cumprir as mais diferentes funções, que podem ser produzidos em série e comercializados, ou seja, tratados como mercadoria. O presente artigo visa analisar o conceito de livro do ponto de vista da documentação a luz do ponto de vista de teóricos de variadas áreas do conhecimento humano, a saber: Documentação, Ciência da Informação, Arqueologia e Museologia etc. Foi feita uma revisão de literatura acerca do livro como documento, reunindo documentalistas, historiadores e profissionais da informação. Conclui-se que Marcas de proveniência singularizam o livro, ao vinculá-lo a um proprietário particular ou a uma biblioteca. Desde que examinados como objetos, a abordagem museológica pode ser aplicada também aos livros, assinalando não apenas aspectos genéricos como o momento de sua criação/autoria, fabricação/publicação mas, sobretudo, informações sobre a trajetória individual de um exemplar a partir de informações disponíveis sobre sua aquisição - marco da sua passagem de mercadoria a objeto singular.</p>Maria Lucia de Niemeyer Matheus Loureiro
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2022-12-292022-12-2916323926110.9771/rpa.v16i3.52309“O Latim em ex-libris”
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<p>Neste artigo, objetivamos abordar os fundamentos teórico-metodológicos que nortearam a elaboração da oficina “O Latim em ex-libris”, ministrada em 22 de outubro de 2020, durante o ciclo de palestras “As Marcas de Proveniência e a Cultura Material”. Concebemos essa oficina com base na metodologia de ensino de língua instrumental e destinamo-na a sensibilizar os participantes quanto à presença, em ex-libris, de abreviaturas e de alusões literárias a obras latinas. Ao longo da exposição, salientamos alguns cuidados e protocolos a serem considerados pelos profissionais que lidam com ex-libris que se encontrem em latim e que contenham abreviaturas e alusões literárias. Neste trabalho, recuperaremos um pouco dessa discussão feita em nossa oficina.</p>Fábio Frohwein de Salles Moniz
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2022-12-292022-12-2916326228310.9771/rpa.v16i3.52310O MANUSCRITO NO IMPRESSO
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<p>O artigo apresenta uma abordagem inovadora ao demonstrar que manuscritos também são passíveis de servir como objeto de estudo a depreensão de marcas de proveniência. Procedeu-se a bibliografia material de dois manuscritos pertencentes ao Acervo do Mosteiro de São Bento da Bahia: a) Um exemplar seiscentista da obra<em> Fusce iudicia Duns Scotus</em>, de autoria do Frei Nicolau de Orbellis, apresenta <em>ex libris</em> manuscrito do frei Benedicti de Jesu; b) A obra <em>Don Severini Boethii viri illvstris de consolatione philosophiae libri quinque, luculentissimis Iohannis Murmelii</em>, de Rodolphi Agricolae, foi ao prelo em Colônia, na oficina de Eucharii Ceruicorni. A publicação traz a data de 1535, e o exemplar apresenta, pelo menos, seis potenciais indicações de posse lançadas na parte interna da capa, na página de rosto e na guarda posterior. Contatou-se em ambos manuscritos analisados a presença de marginálias e ex-libris, no entanto o segundo manuscrito apresentou o diferencial de conter carimbo de propriedade. Conclui-se que a interface entre Paleografia e Biblioteconomia, por serem disciplinas que investigam a escrita, o texto e o livro mostraram-se necessárias à compreensão da história de um exemplar e de uma obra analisada. É possível contar parte da história de como uma obra circulou em diversas épocas e de como um exemplar foi lido por diversas mãos, por meio de que estratégias de grifo, de registro de posse, de gestos materiais de apropriação que tornam complexa a história da leitura e da escrita no contexto observado.</p>Alicia Duhá LoseArivaldo Sacramento de Souza
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2022-12-292022-12-2916328430510.9771/rpa.v16i3.52311A TRAJETÓRIA DE UM EXEMPLAR E OUTRAS HISTÓRIAS QUE SE REVELAM EM SUAS PÁGINAS
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<p>Este artigo se propõe a descrever a análise da obra <em>Histoire de l’ origine et des premiers progrès de l’ Imprimerie</em>, da coleção do primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil, que foi trasladada da Fundação Biblioteca Nacional para a UNIRIO. A bibliografia material foi utilizada como metodologia, e de modo mais específico, para pesquisar o contexto histórico da publicação de 1740; analisar e descrever as características materiais do livro e do exemplar; identificar as marcas de proveniência e relacionar a trajetória do exemplar com a história da UNIRIO e de outras instituições a que pertenceu. A escolha do exemplar se fundamentou em uma de suas marcas de proveniência: o carimbo úmido da Real Biblioteca. Isso nos fez pensar sobre a trajetória que percorreu: impresso na Holanda, colecionado em Portugal, a chegada ao Brasil com o acervo fundador da Biblioteca Nacional brasileira, até sua permanência nas estantes da BC UNIRIO. Conclui-se que, de forma independente ou complementar, todas as marcas de proveniência nos narram a história social do livro.</p>Marli Gaspar BibasFabiano Cataldo de Azevedo
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2022-12-292022-12-2916330634010.9771/rpa.v16i3.52312BRASILIDADE, INDIGENISMO E IDENTIDADE VISUAL
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<p>Busca-se entender neste artigo, por meio da análise dos elementos que compõem as encadernações e folhas de guarda aplicadas pelo Itamaraty, seu uso enquanto marcas de posse e proveniência e examiná-las como um esforço institucional de consolidar uma imagem institucional e posicioná-lo em um lugar diferenciado frente aos demais órgãos da administração pública federal. Identificou-se que os acervos arquivísticos e bibliográficos foram encadernados contendo a nova capa e folha de guarda com motivos indígenas propostos por Correia Dias. Emblemas e notações foram gravados nas capas e a douração no corte dianteiro. Conclui-se que as necessidades administrativas, como a de padronizar os formatos e as características básicas dos suportes documentais, se entendidas dentro do processo mais amplo de reformulação do próprio Itamaraty, acabaram ganhando nuances que vão muito além de sua necessidade imediata. A adoção dos elementos materiais nacionais e os padrões estilísticos utilizados por Correia Dias acabaram criando uma marca de proveniência dos documentos do órgão. Eles remetiam a uma ideia de brasilidade, ao mesmo tempo que levaram à valorização do Ministério das Relações Exteriores como uma marca. Uma marca com uma identidade visual própria e que expressava uma imagem organizacional bastante característica.</p>Frederico Antonio Ferreira
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2022-12-292022-12-2916334136410.9771/rpa.v16i3.52313AS MARCAS DO TEMPO E A CONSTITUIÇÃO DE UMA COLEÇÃO
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<p>Esta pesquisa trata do engendramento que dá visibilidade a um conjunto específico de peças no catálogo da Biblioteca Nacional: uma coleção <em>fin-de-siècle</em> e <em>belle-époque</em>, formada a partir de livros editados entre 1880 e 1920. São duas categorias que balizam o recorte concebido como <em>corpus</em> do projeto: as marcas do tempo literário e as marcas de proveniência. As marcas literárias estão nas obras que editaram no período indicado. As marcas de proveniência permitem reelaborar a memória da trajetória de um exemplar específico ou da coleção de uma biblioteca. Vestígios que, identificados e decodificados, possibilitam uma investigação que recupere os processos de produção, comercialização e seu pertencimento. O projeto tem como objetivo investigar de que maneira estas duas categorias se complementam, ampliando o conhecimento sobre o período e a gama de informações disponíveis no catálogo.</p>Irineu E. Jones CorreaThais Helena de Almeida Slaibi
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2022-12-292022-12-2916336538410.9771/rpa.v16i3.52314MARCAS DE PROVENIÊNCIA EM COLEÇÕES DOADAS À BIBLIOTECA NACIONAL
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<p>Este artigo apresenta a pesquisa desenvolvida sobre a identificação das marcas de proveniência bibliográfica em duas coleções doadas à Biblioteca Nacional no século XIX. De caráter experimental, ela objetiva identificar estas marcas nas obras doadas por D. Pedro II em 1891 e Salvador de Mendonça entre 1884 e 1890 à instituição. Uma ficha técnica foi elaborada para se reunir um conjunto de registros técnicos e fotográficos durante a análise das obras. O entendimento dos procedimentos e levantamento das marcas de proveniência bibliográfica será capaz de revelar a própria história da Biblioteca Nacional, uma vez que nesses exemplares podem conter diversos testemunhos de diferentes períodos da instituição que possam contribuir com seu reconhecimento, pertencimento e segurança.</p>Jandira Helena Fernandes Flaeschen
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2022-12-292022-12-2916338540310.9771/rpa.v16i3.52315CONTRIBUIÇÃO DAS MARCAS DE PROVENIÊNCIA NA RESSIGNIFICAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/52317
<p>Identificar as marcas de proveniência existentes nos livros da Coleção Vital Brazil do Instituto Butantan é o objetivo deste artigo. Constatou-se que os exemplares que compõem a coleção apresentam uma gama diversificada de marcas de proveniência, entre as quais etiquetas de livrarias; selos do extinto setor de Gráfica e Encadernação da instituição, permitindo resgatar vestígios que relacionam a Biblioteca a outros setores, favorecendo a preservação da memória de uma área que atuou diretamente com o acervo; e inscrições ainda sob análise, como marcações numéricas que podem remeter a indicações temporais e organizacionais das obras em que estão presentes, o que favorece múltiplas possibilidades de pesquisas, configurando-se como objeto de estudos a partir de diversos prismas. Identificou-se 22 exemplares dedicados a Vital Brazil, dentre os quais 10 foram escritas pelos próprios autores das publicações. Conclui-se as marcas de proveniência, a nosso ver, têm dupla função informativa: na perspectiva administrativa, evidenciam o processo de institucionalização ao qual o livro foi submetido, na medida em que definem propriedade e atribuem à obra o sentido de pertencimento à coleção; e na perspectiva histórica - temporal, possibilitam evidenciar as múltiplas interações ao longo do tempo, portanto contextualizadas, entre o livro, os autores, os proprietários (individuais ou institucionais) e os leitores, e, com isso, conferem outros significados à obra, o que possibilita a construção de uma narrativa para além de critérios meramente administrativos de desenvolvimento de coleções e define seu potencial de contribuir para a ressignificação dos acervos.</p>Joice de MedeirosAsa Fujino
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2022-12-292022-12-2916340443910.9771/rpa.v16i3.52317AS DEDICATÓRIAS MANUSCRITAS NA COLEÇÃO BIBLIOGRÁFICA DE CICCILLO MATARAZZO
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<p>Este trabalho tem por objetivo identificar, mapear e analisar as dedicatórias do tipo manuscritas, apostas nos exemplares de livros da biblioteca particular do industrial e mecenas ítalo-brasileiro Francisco Antônio Paulo Matarazzo Sobrinho (Ciccillo Matarazzo), coleção especial que faz parte da biblioteca Acervos Especiais da Universidade de Fortaleza. A pesquisa aborda os conceitos de cultura e bibliografia material, marcas de proveniência e coleções especiais; discorre sobre as dedicatórias na História do livro e as suas tipologias; busca mapear as redes de sociabilidade de Ciccillo Matarazzo através das dedicatórias manuscritas, identificadas na coleção bibliográfica do mecenas; utiliza a metodologia de análise bibliológica que permite relatar todas as informações acrescentadas ao livro. A partir das análises, foi possível constatar as relações de sociabilidade de Ciccillo para com escritores, artistas, críticos, e outras personalidades importantes na História da arte brasileira, onde se apresentaram diferentes tipos de conexões, tais como: vínculos afetivos, conflituosos, gratíficos e profissionais. Permitiu-se também, firmar a magnitude de Ciccillo no meio artístico do Brasil. Este artigo contribui para fomentar estudos sobre livros raros incipientes na literatura biblioteconômica no Brasil.</p>Ana Wanessa Barroso Bastos Jefferson Veras Nunes Larissa Monte Filgueiras Tainá Copini Brasileiro de Lima
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2022-12-292022-12-2916344046610.9771/rpa.v16i3.52319A BIBLIOTECA PESSOAL DO VISCONDE DO RIO BRANCO
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<p>O presente artigo busca analisar a construção e o diálogo de ideias na política do Brasil Império, a partir do acervo específico da biblioteca particular de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco (1819-1880), figura síntese da elite imperial. Considerando sua influência em processos como a construção da Paz Platina e a Lei do Ventre Livre, as marcas de proveniência e as anotações de sua biblioteca, hoje no acervo do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro, serão interpretadas e relacionadas com sua atuação política, diplomática e jurídica, além de sua formação intelectual e diálogo com outros atores da época. Com isso, procura-se demonstrar um panorama da construção da história e dos eventos de seu tempo a partir de sua relação com os livros e de seu ex-libris a suas notas e correções.</p>Paulo Henrique Rodrigues PereiraCaio Henrique Dias Duarte
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2022-12-292022-12-2916346748210.9771/rpa.v16i3.52320MARCAS DE PROVENIÊNCIA COMO VESTÍGIOS DE UMA HISTÓRIA
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<p>Este artigo tem por objetivo compreender como as marcas de proveniência evocam e fortalecem a memória da Coleção Ernesto Senna e permitem que sua trajetória não seja esquecida. Ernesto Serra foi um eminente jornalista carioca que participou ativamente da cultura e política brasileira na transição do Império à República. Adotou-se o paradigma indiciário como metodologia, de origem historiográfica, plenamente convergente ao campo de estudos das marcas de proveniência. Obteve-se os seguintes resultados: 1) a Coleção Ernesto Senna sinaliza que o estudo das marcas proveniência pode ser aplicado para além do livro impresso e se abre a documentos de outras naturezas – o que pode impor novos desafios metodológicos; 2) confirma-se nossa perspectiva teórica de que a dimensão imaterial e material dos documentos se retroalimentam. Conclui-se que os estudos das marcas de proveniência possuem dimensões não apenas técnicas a partir da observação da materialidade dos documentos, mas constituem um campo de investigação por excelência. Portanto, é um campo que possui dimensão interdisciplinar e colaborativa, na medida em que “empresta” conhecimentos oriundos de outras disciplinas e formula conhecimentos próprios e especializados.</p>Carlos Henrique Juvêncio André Vieira de Freitas Araújo
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2022-12-292022-12-2916348350410.9771/rpa.v16i3.52321REMEMORANDO AS ANTIGAS LIVRARIAS DE BELÉM DO PARÁ
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<p>O presente estudo tem o objetivo geral de fazer um mapeamento das livrarias, tipografias, distribuidoras, gráficas e congêneres que existiram em Belém do Pará, ao longo do século XX, por meio da consulta às etiquetas e carimbos de propriedade que vinham apensas aos livros. E tem como objetivos específicos: a) Indicar onde os estabelecimentos que se ocupavam da preparação e venda de livros se situavam; b) Identificar quem eram seus proprietários; c) Averiguar qual a nacionalidade de seus proprietários; e, d) Verificar com que segmento de livros trabalhavam. O corpus foi extraído a partir da consulta das obras que compõem as coleções do Memorial do Livro Moronguêtá. Essa metodologia foi desenvolvida a partir de estudos de Ubiratan Machado que utilizou esse procedimento para levantar as livrarias existentes no Brasil, cujo resultado foi publicado na obra<em> A Etiqueta do Livro:</em> subsídios para a história das livrarias brasileiras. Foram obtidos um total de 41 livrarias. Constatou-se com o estudo um decréscimo considerável das livrarias posto que das 41 existentes em Belém no século XX, sobraram apenas duas – A Livraria da Universidade Federal do Pará e a Livraria Nossa Senhora dos Corações.</p>Elisangela Silva da CostaMaria de Nazaré Sarges
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2022-12-292022-12-2916350553110.9771/rpa.v16i3.52322UM DETALHE, UMA HISTÓRIA
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<p>A partir de estudo feito na Biblioteca do Monsenhor Manoel Aquino Barbosa, o artigo apresenta uma discussão teórica acerca das marcas de proveniência e contexto das marcas de posse e circulação. Esta visa a expor algumas propostas epistemológicas sobre esses conceitos por vezes tratados de forma difusa. Nesse contexto, expõe as potencialidades de pesquisa que vão além do conteúdo das obras - o que coloca em julgamento a perigosa ideia de obsolescência meramente baseada no texto dos livros. Para tal, pelo método da observação e coleta de amostragem, usa como exemplo as etiquetas de duas livrarias/editoras que existiram e tiveram grande circulação na cidade de Salvador. O resultado aponta para algo que teóricos da área de Bibliografia Material mencionaram há décadas, o livro como objeto é muito mais que texto, o caráter informacional dele é muito superior ao que se supõem. Por essa razão, nas considerações finais não poder-se-ia deixar de questionar o que tem sido perdido em bibliotecas que ainda jazem silentes, ou pior, foram destruídas pelo apagamento criminoso do descarte maciço, sem critério plausível</p>Vanilda Salignac de Souza MazonniFabiano Cataldo de AzevedoAlicia Duhá Lose
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2022-12-292022-12-2916353256510.9771/rpa.v16i3.52325