BRASILIDADE, INDIGENISMO E IDENTIDADE VISUAL
CAPAS E FOLHAS DE GUARDA COMO MARCA DE PROVENIÊNCIA NO ITAMARATY (1920 – 1930)
DOI:
https://doi.org/10.9771/rpa.v16i3.52313Palavras-chave:
Encadernação, Folha de guarda, Memória institucionalResumo
Busca-se entender neste artigo, por meio da análise dos elementos que compõem as encadernações e folhas de guarda aplicadas pelo Itamaraty, seu uso enquanto marcas de posse e proveniência e examiná-las como um esforço institucional de consolidar uma imagem institucional e posicioná-lo em um lugar diferenciado frente aos demais órgãos da administração pública federal. Identificou-se que os acervos arquivísticos e bibliográficos foram encadernados contendo a nova capa e folha de guarda com motivos indígenas propostos por Correia Dias. Emblemas e notações foram gravados nas capas e a douração no corte dianteiro. Conclui-se que as necessidades administrativas, como a de padronizar os formatos e as características básicas dos suportes documentais, se entendidas dentro do processo mais amplo de reformulação do próprio Itamaraty, acabaram ganhando nuances que vão muito além de sua necessidade imediata. A adoção dos elementos materiais nacionais e os padrões estilísticos utilizados por Correia Dias acabaram criando uma marca de proveniência dos documentos do órgão. Eles remetiam a uma ideia de brasilidade, ao mesmo tempo que levaram à valorização do Ministério das Relações Exteriores como uma marca. Uma marca com uma identidade visual própria e que expressava uma imagem organizacional bastante característica.
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