ENSAIANDO A DESMEDICALIZAÇÃO: o teatro invisível na construção de novas poéticas políticas do viver

Autori

  • César Augusto Paro Universidade Federal do Rio de Janeiro

Abstract

Trata-se de um ensaio narrativo que tem como objetivo recompor a experiência com Teatro Invisível realizada em uma praça pública de Montevidéu, Uruguai, durante o 5° Encontro Latinoamericano de Teatro das Pessoas Oprimidas, em fevereiro de 2018. Buscando problematizar a medicalização da sociedade, os participantes da oficina de “Teatro do Oprimido e Saúde” desenvolveram uma “cena” em que houve o confronto sobre que decisões se tomar com a situação-problema de um ser humano ferido. Percorrendo por cotidianos tidos como “naturais” na nossa sociedade, foram superpostas realidade e cena teatral para questionar a banalidade com que tratamos a apropriação do modo de vida dos seres humanos pela medicina, repercutindo em respostas biomédicas para problemas de ordens social, econômica e cultural. A trajetória da experiência demonstra a potencialidade do Método do Teatro do Oprimido para tornar as opressões da sociedade em percebidos-destacados por meio de sua tematização, engendrar uma percepção crítica destas questões num processo reflexivo e, por fim, propiciar o fomento de ações concretas com vistas à transformação social. A recomposição de Teatro Invisível aqui desenvolvida não deve ser lida como um modelo padrão de aplicação do método, mas sim como possibilidade dramatúrgica que dá pistas sobre a inventividade do/com o Teatro do Oprimido. PALAVRAS-CHAVE: Medicalização. Ensaio narrativo. Percepção crítica. Teatro Invisível. Teatro do Oprimido.

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Biografia autore

César Augusto Paro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Educador popular em saúde. Fonoaudiólogo (UNICAMP), com especialização (UFRJ), mestrado (UERJ) e doutorado em andamento (UFRJ) em Saúde Coletiva. Possui formação em Teatro do Oprimido por cursos livres e residência artística internacional pelo CTO – Centro de Teatro do Oprimido. É membro do GESTO Grupo de Estudos em Teatro do Oprimido.

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Pubblicato

2020-02-06