CORPO ENERGÉTICO TEATRAL E MORTE: pistas e provocações para pensar a morte como dispositivo de um novo bios-cênico
Résumé
Este ensaio parte da experiência com meu próprio corpo, em que foram ativadas todas as relações que teço entre a minha existência e o local primevo do meu corpo no espaço cênico. Assim, ativei o local do cogito, experiência corporal que se traduz em experiência reflexiva, que também parte do próprio corpo, alinhavando fundamentos disciplinares da Ontologia, da Filosofia do Teatro e da Fenomenologia. Não pretendo incitar à criação de um sistema de trabalho; se resultar nisso, em algum momento, seria um sistema totalmente aberto e em constante movimento. Tento somente dissertar sobre alguns disparadores em forma de perguntas, pois eles foram surgindo no processo de pesquisa laboratorial com meu próprio corpo. Como lidar com a morte como chave e agrupamento de recursos que ativem novas formas no processo criativo do ator e da atriz de teatro, através do treinamento do corpo dos atuantes implicados? Onde reside a morte no nosso corpo-humano-em-vida, porém no corpo energético teatral? Quais pistas nos oferecem uma possível ontologia do corpo teatral para dar seguimento aos estudos sobre o corpo em cena? Vale a pena salientar que termos como “pré-expressividade” e “bios-cênico” fazem parte de toda sorte do fazer teatral e seu uso deveria estar inserido em qualquer escolha estética ou genérica no âmbito do teatro, uma vez que absolutamente tudo em matéria de teatro surge do corpo-humano-em-vida em estado de criação. PALAVRAS-CHAVE: Corpo energético teatral. Morte. Bios-cênico. Treinamento Corporal.
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