“ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA”: trajetórias, cena negra e resistência

Authors

  • Victor Hugo Neves de Oliveira Departamento de Artes Cênicas da UFPB

Abstract

O artigo “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” busca compreender a situação do negro no panorama das artes da cena e tem como eixo a questão: “quais estratégias/modos de composição artistas negros estão desenvolvendo para problematizar o tema da discriminação racial?”. Este artigo se justifica pela possibilidade de estruturar maior visibilidade à presença negra nas artes da cena. Procuro analisar trabalhos produzidos por três artistas negros com trajetórias, formações e perspectivas diferenciadas entre si. Os primeiros trabalhos que analiso são Danças para Zaíra e Sombra ações desenvolvidas por Diego Dantas no Rio de Janeiro. Em seguida, investigo o trabalho Vira-lata pensado e produzido por Tiago Oliveira, um bailarino carioca. E, por fim, analiso a peça Guerreiro produzida por Joziel Santos, um ator paraibano. Metodologicamente, organizo entrevistas e análises de discursos que buscam orientar um entendimento sobre como diferentes indivíduos relacionados com as artes da cena estruturam suas investigações e proposições artísticas a partir de questões vinculadas à discriminação racial. Pretendo, com isso, levantar apontamentos sobre a trajetória destes artistas e compreender como eles trabalham e operam com lógicas de resistências no circuito das artes da cena.

Palavras-chave: Negro;; Cena;; Racismo.

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Author Biography

Victor Hugo Neves de Oliveira, Departamento de Artes Cênicas da UFPB

Coreógrafo. Professor do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal da Paraíba. Doutor em Ciências Sociais (UERJ) com estágio doutoral em Antropologia da Dança (Université Paris-Nanterre). Mestre em Ciência da Arte (UFF). Bacharel em Dança (UFRJ). Coordena o Grupo de Pesquisa em Antropologia-Dança/UFPB.

Published

2020-02-11