DEBAIXO DO BARRO DO CHÃO: o corpo que performa na quadrilha junina

Autores

  • Ila Nunes Silveira Universidade Federal da Bahia

Resumo

As quadrilhas juninas fazem parte do imaginário coletivo da cidade de Feira de Santana, Bahia. Falar sobre quadrilha em Feira de Santana é, antes de tudo, tratar do tema resistência. Se por vários momentos elas deixaram de aparecer no cenário artístico da cidade, teimam em ressurgir para fazer da resistência cultural a sua marca. Na pandemia, em mais uma lição de resistência, o corpo do brincante sentiu as dores de ficar paralisado; nada de xote, nem de xaxado e muito menos da marcha esfuziante nas quadras. Dançando conforme a dança e no ritmo da pandemia, cumpriu-se o afastamento social. O que fazer quando o corpo que dança precisa interromper o passo? Em busca do reconhecimento desse elemento da identidade cultural, o artigo pretende seguir os passos, como quem pisa e sente que é debaixo do barro do chão de onde vem a força que sustenta o corpo do dançarino. Esse corpo que conhece bem a delícia e a dor de ser brincante é quem pode subjetivar suas dores e alegrias. Nesse sentido, o texto discorre sobre o corpo que performa em quadrilha junina, discute estratégias criadas para continuar resistindo, existindo e o que move o desejo de preservar esse elemento fundamental da cultura popular de tradição nordestina. PALAVRAS-CHAVE: Quadrilha junina. Corpo. Resistência. Tradição.

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Biografia do Autor

Ila Nunes Silveira, Universidade Federal da Bahia

Psicóloga, professora, escritora, roteirista e brincante da quadrilha junina União de Ouro. Membro do Fórum Permanente da Bahia de Quadrilhas Juninas. Doutoranda em Artes Cênicas (PPGAC/ UFBA), sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria Denise Barreto Coutinho, Mestra em Psicologia (UFBA) e especialista em Filosofia Contemporânea (UEFS) e Psicomotricidade (UNIFACS).

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Publicado

2022-02-07