NOVOS MODELOS DE GESTÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E AS PENOSIDADES DO TRABALHO

Autores/as

  • Renato Penha de Oliveira Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) https://orcid.org/0000-0001-5206-6392
  • Filippina Chinelli Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde/Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz – RJ) https://orcid.org/0000-0003-1774-2732
  • Angélica Ferreira Fonseca Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/FIOCRUZ – RJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1694-1959

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.43776

Palabras clave:

Atenção Primária à Saúde, Gestão do trabalho em saúde, Penosidade, Precarização, Reestruturação Produtiva

Resumen

O artigo trata da reconfiguração do trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) a partir de mudanças implementadas pelo governo federal desde 2017, que agravam as circunstâncias de precarização do  trabalho. Metodologicamente, inspira-se na etnografia de caso ampliado de  Michael Burawoy, dialogando com  estudos sobre a reestruturação produtiva e a Nova Gestão Pública  (NGP), articulados ao conceito de  penosidades. Utilizou-se a observação participante e entrevistas  semiestruturadas com trabalhadoras e uma equipe de saúde de uma unidade  básica do Sistema Único de Saúde  (SUS) do Rio de Janeiro. Caracterizam-se como penosidades: exigência  constante de mudanças na  organização do cotidiano do trabalho e  sobrecarga devido à extensa jornada de trabalho, e cobrança pelo alcance  de metas a despeito das condições de  trabalho. Ressalta-se a necessidade de  continuar análises da reconfiguração  do trabalho em saúde, considerando  os impactos da Emenda Constitucional  nº 95 (2016); da reforma trabalhista  (2017) e da pandemia de Covid-19. 

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Biografía del autor/a

Renato Penha de Oliveira Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Médico de Família e Comunidade. Doutorando em Sociologia das Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, em Portugal. Professor efetivo do curso de medicina da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Mestre em Educação Profissional em Saúde pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz). É integrante das pesquisas: “Dimensões associadas da precarização do trabalho na Atenção Primária à Saúde no Brasil: conceitos, experiências e práticas para o seu enfrentamento” e “Condições de trabalho dos profissionais de saúde no contexto da Covid-19 no Brasil”, ambas ligadas à Fiocruz (RJ). As áreas de interesse acadêmico envolvem Atenção Primária à Saúde, Saúde Pública e Sociologia do trabalho.

Filippina Chinelli, Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde/Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz – RJ)

Bacharel e Licenciada em História pela Universidade Federal Fluminense (1971), mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977) e doutora em Educação
pela Universidade Federal Fluminense (2008). É professora aposentada do Instituto de Filosofia e
Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ. Atualmente, é docente-pesquisadora no curso de mestrado em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Sua atividade como pesquisadora está ligada, sobretudo, às áreas da antropologia urbana, sociologia do trabalho e formação profissional. Atualmente, encontra-se engajada em pesquisas relacionadas ao campo de Trabalho em Saúde, com ênfase nos seguintes temas: trabalho e formação profissional em saúde; mercado de trabalho em saúde; qualificação profissional e trajetórias ocupacionais;  precarização do trabalho e subjetividade. 

Angélica Ferreira Fonseca, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/FIOCRUZ – RJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Mestre e doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz. Professora e pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Exerce a função de editora científica e coordenadora editorial do periódico Trabalho, Educação e Saúde. Tem experiência em educação em saúde, pesquisa e ensino de políticas de Saúde. Atua, principalmente, nos seguintes temas: políticas de saúde, atenção primária à saúde; agentes comunitários de saúde, formação e trabalho em saúde; avaliação em saúde. 

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Publicado

2022-12-17

Cómo citar

Penha de Oliveira Santos, R. ., Chinelli, F., & Ferreira Fonseca, A. (2022). NOVOS MODELOS DE GESTÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E AS PENOSIDADES DO TRABALHO. Caderno CRH, 35, e022037. https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.43776