https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/issue/feedCaderno CRH2025-04-25T00:00:00+00:00Editoria Caderno CRHrevcrh@ufba.brOpen Journal Systems<p>O Caderno CRH aceita a colaboração livre de textos inédito, de reconhecido interesse acadêmico e atualidades das Ciências Sociais, na forma de dossiê, artigo, ensaio bibliográfico e resenha. Organizada e editada pelo Centro de Estudos Pesquisas e Humanidades – CRH, em coedição com a EDUFBA. A partir de 2020, volume 33, a revista passou a veicular os textos na forma de Publicação Contínua, exclusivamente on-line, com um único volume anual.<br />Área do conhecimento: Ciências Sociais<br />ISSN (online): 1983-8239 - Periodicidade: Publicação contínua</p>https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/49020COMISSÕES DE HETEROIDENTIFICAÇÃO EM UMA IES: experiências, dilemas e desafios2024-11-27T13:19:13+00:00Beatriz Azevedobeatriz.azevedo@ufabc.edu.brPaulo S C Nevespcneves@hotmail.com<p>O artigo busca compreender as experiências de avaliadores nas comissões de heteroidentificação na Universidade Federal do ABC para as vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, no período de 2018 e 2022. O estudo problematiza os desafios e dilemas enfrentados no uso da heteroidentificação como mecanismo complementar à autodeclaração feita pelos candidatos, refletindo sobre as circunstâncias e implicações desse processo. Além disso, o artigo apresenta a operacionalização das bancas de heteroidentificação na Universidade Federal do ABC, com base nas práticas observadas durante o período de análise. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com cinco participantes que atuaram nas comissões, buscando entender as questões envolvidas na aplicação desse procedimento de avaliação. Por fim, a investigação busca fornecer subsídios para o entendimento das dinâmicas das comissões de heteroidentificação (CHI) no debate sobre ações afirmativas, bem como para o aprimoramento dos procedimentos utilizados na instituição.</p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><span style="font-weight: 400;">Ações Afirmativas; Bancas de heteroidentificação étnico-racial; Teorias pós-coloniais.</span></p>2025-04-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/53696DISPUTAS CIENTÍFICAS E POLÍTICAS NA GESTÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: perspectivas globais e locais2024-11-08T19:15:28+00:00Jéssica Pires Cardosojessicapires.cardoso@gmail.comRodrigo Constante Martinsrmartins@ufscar.br<p>O artigo reflete sobre o papel da ciência frente à temática ambiental e mostra como esse saber vem sendo usado estrategicamente em vista a (i) garantir a implementação de regramentos globais e locais e (ii) impulsionar a apropriação dos recursos naturais. Como recurso, o texto fundamenta os discursos que firmam a governança das águas do Aquífero Guarani em dois níveis: o global e o local – especificamente, a região de Ribeirão Preto (SP). A partir de revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas semiestruturas, bem como o acompanhamento de audiências públicas, os resultados apontam para a proeminência do discurso técnico-científico no debate ambiental, figurado na hierarquia do saber racionalizado que opera como um regime de verdade e para a mobilização estratégica do saber científico por agentes econômicos locais em vista a superar os regramentos globais e alçar a apropriação do recurso natural.</p> <p> </p>2025-04-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/49862PROTEÇÃO SOCIAL E PRECARIEDADE LABORAL EM PORTUGAL: perfis e representações2024-12-16T13:06:07+00:00Rodrigo Vieira Assisrodrigo.assis@iscte-iul.ptRenato Miguel Carmorenato.carmo@iscte-iul.ptJorge Caleirasjorge.caleiras@colabor.ptIsabel Roqueisabelmbroque@gmail.com<p>Este artigo analisa as representações sociais partilhadas por trabalhadores precários acerca do sistema de segurança social em Portugal. Explora-se a hipótese de que a precarização do mundo do trabalho, acentuada no decurso da crise financeira de 2008 e da pandemia de Covid-19, afetou os significados da proteção social no emprego, sobretudo para os trabalhadores vulneráveis. Com base na análise de conteúdo de 53 entrevistas em profundidade conduzidas entre setembro de 2019 e dezembro de 2020 com trabalhadores de diferentes setores de atividade, identificam-se perfis distintos de desproteção social em contextos de precariedade laboral. Associadas a esses perfis, as representações denotam ambiguidades e contradições, traduzindo-se em dissemelhantes avaliações sobre os apoios públicos e projeções sobre o futuro da proteção social. Conclui-se que os trabalhadores precários em Portugal estão a revalorizar a função social do sistema de segurança social, exigindo maior cobertura desse sistema para reduzir a insegurança e a instabilidade provocadas pela precariedade laboral.</p>2025-04-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/51075IGREJA, ESTADO E SOCIEDADE NO BRASIL: do ativismo católico à emergência das ONGS2024-11-21T20:13:15+00:00Fernando Lima Netofercaline@gmail.com<p class="p1">Neste artigo, analiso as raízes católicas que direcionaram o desenvolvimento da assistência social no Brasil desde a colonização e que, séculos depois, culminaram na formação do campo das organizações não governamentais (ONGs). Após situar brevemente o contexto macrohistórico do protagonismo da Igreja na promoção de assistência social no ocidente em geral e no Brasil em particular, a análise será concentrada na segunda metade do século XX, quando padrões históricos das relações entre Igreja, Estado e sociedade passaram por intensas transformações. Esse processo é interpretado através da noção de “laicização religiosa”, definida como o horizonte de valores cristãos que conduziram a formação de instituições públicas e privadas de promoção de assistência social. Entre as décadas de 1950 e 1960, a aproximação de instituições e agentes ligados à Igreja com ideologias de esquerda tornou possível a formação do que, hoje, é apresentado como esquerda católica no Brasil. Posteriormente, entre as décadas de 1970 e 1980, essas instituições se afastam dos movimentos sociais e inauguram o campo das ONGs. Na última década do Século XX, a profissionalização da assistência social imprimiu um novo sentido, implicando a ideia de um profissionalismo situado para além tanto da política quanto da religião.</p>2025-04-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/54558AS RELAÇÕES BRASIL-CHINA SOB A ÓTICA DA TEORIA DA DEPENDÊNCIA2024-11-18T23:04:53+00:00Sérgio Bragasssbraga@gmail.comAngelita Matosmatos.souza@unesp.br<p>O objetivo deste artigo é examinar as relações entre Brasil e China usando as ferramentas analíticas da teoria da dependência, elaborada por autores latino-americanos (sobretudo) ao longo dos anos 1960-1970 do século passado. A proposição básica é a de que, apesar de não serem simétricas (em função de discrepâncias tecnológicas e econômicas vigentes entre os países), as relações entre as duas nações estão longe de serem de dominação e subordinação, na medida em que a China não estabelece condicionalidades políticas e financeiras incontornáveis para as relações comerciais com o Brasil, nem imposições em âmbito das políticas de Governo. Como método, utiliza-se a sistematização de evidências sobre as relações comerciais entre os dois países no século XXI, e o exame de bibliografia secundária. Os resultados a que se chega indicam que a detecção de assimetrias econômicas ou de “associação econômica subordinada” não é suficiente para caracterizar relações de dependência política entre ambos os países. Finaliza-se o texto com algumas considerações sobre as possibilidades de estabelecimento de relações entre as duas nações no atual contexto geopolítico.</p>2025-04-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/59022OS FILHOS SÃO A HERANÇA DO SENHOR. POLÍTICA E RELIGIÃO NO ABC PAULISTA2024-12-09T19:50:49+00:00Maria Gilvania Valdivino Silvamaria.gilvania@iscte-iul.ptJaime Santos Juniorjaimesjr@ufpr.br<p>O objetivo deste artigo é contribuir para a análise dos comportamentos políticos entre famílias de trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicas, moradores da região do ABC Paulista. Para tal, recorre-se a resultados obtidos em duas pesquisas realizadas em momentos distintos, com recortes empíricos ligeiramente diferentes e metodologias que lançaram mão de etnografia, survey e entrevistas biográficas. A primeira pesquisa relaciona a possível manutenção das memórias de militância sindical ao período da aposentadoria e do distanciamento do engajamento político-militante, a segunda aborda a questão da transmissão e herança geracional de princípios e valores políticos em famílias de trabalhadores metalúrgicos. Em ambos os casos se está relacionando famílias, como domínio do social, e política, como elemento de socialização, para compreender a constituição/manutenção de comportamentos políticos. A religião surgiu como imposição do campo, e se apresentou como uma variável interveniente no processo de gestão do comportamento político, impactando a negociação de elementos afetivos entre as famílias, bem como no que tange às memórias políticas empreendidas e herdadas. E, além disso, capaz de gerar transformações nos modos de entender e reagir aos acontecimentos presentes e passados ligados às ações e percepções políticas entre os participantes de ambos os estudos.</p> <p> </p>2025-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/60346“SOMOS TODOS PARDOS?” AUTOCLASSIFICAÇÃO, HETEROCLASSIFICAÇÃO RACIAL E POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA NO CEARÁ2024-12-20T13:18:28+00:00Geísa Mattosgeisamattos@ufc.brSevy Santiagosergiosevyufc@gmail.com<p>A discussão em torno do pardo como categoria racial tem sido considerada central para o aperfeiçoamento das políticas de ação afirmativa em todo o país (Costa e Schucman, 2022; De Jesus, 2021; Rios, 2018). No Ceará a questão se torna ainda mais importante, pois o Estado possui a terceira maior população autodeclarada parda do país (64,7%). Este artigo se concentra na análise das especificidades da construção social do negro/pardo no Ceará e em suas recentes ressignificações face à atuação das comissões de heteroidentificação. Inicia analisando casos tornados públicos na imprensa cearense, nos quais as auto e heterodeclarações raciais de ingressantes por cotas foram contestadas. Prossegue com uma discussão teórica sobre como a questão do pardo vem sendo elaborada no Brasil e no Ceará. Analisa depoimentos de dezesseis estudantes cearenses de graduação e pós-graduação autodeclarados negros que apontam para novas problematizações e especificidades locais de ser pardo. Conclui que teorizações sobre o pardo devem levar a sério a importância das mestiçagens afro-indígenas no Ceará, o significado da branquitude cearense e a emergência da cultura negra e pulsante nas suas periferias urbanas.</p>2025-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/63271O CRÉDITO ESTÁ EM TODA PARTE: as políticas de crédito popular entre a centro-esquerda brasileira e a direita mexicana2025-01-06T19:19:34+00:00Mariana Chaisemariana.chaise@gmail.com<p>Políticas de crédito popular têm suscitado controvérsias tanto empíricas quanto teóricas. Este artigo compara políticas implementadas simultaneamente em dois países latino-americanos por governos ideologicamente divergentes: no Brasil, sob o primeiro mandato de Lula (PT), de centro-esquerda, e no México, sob a presidência de Vicente Fox (PAN), de direita. O objetivo é analisar os atores da formulação e da implementação dessas políticas, bem como os desenhos adotados. Argumenta-se que os atores específicos envolvidos impactam o formato da política e que a participação de cada ator é possibilitada pelo governo incumbente. A pesquisa emprega metodologia qualitativa, envolvendo entrevistas em profundidade com “informantes de elite”. No Brasil, as entrevistas abrangeram (i) burocratas, (ii) líderes sindicais e (iii) banqueiros. No México, os sindicalistas foram excluídos, pois não participaram dos debates sobre as políticas de crédito popular. Embora Brasil e México tenham implementado políticas semelhantes, seus desenhos, atores e as motivações de seus proponentes variaram, gerando resultados distintos. Essa disparidade pode ser atribuída ao envolvimento de sindicatos no processo brasileiro e de organizações internacionais no mexicano.</p>2025-04-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/63583O DEBATE ENTRE WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS E BOLÍVAR LAMOUNIER NO PENSAMENTO SOCIAL E POLÍTICO BRASILEIRO DOS ANOS 1970: oposições, convergências e complementaridades2024-11-28T19:34:02+00:00Marco Antonio Perrusotrogao@bol.com.br<p>Wanderley Guilherme dos Santos e Bolívar Lamounier marcaram o pensamento social e político brasileiro, ao investigá-lo desde fins dos anos 1960.Em duas obras clássicas aqui analisadas e devidamente contextualizadas, Santos (1978) e Lamounier (1974) propuseram distintas interpretações sobre o Brasil e o pensamento social. Lamounier enfatiza a consistência intelectual em torno da performance estatal, denunciando a proeminência do Estado-Nação em detrimento do liberalismo brasileiro – processo que veio a pautá-lo intelectualmente. Santos desenha uma intelectualidade capaz de formular, estrategicamente, a superação do atraso histórico do país a partir da compreensão da particularidade nacional. Explica e justifica, assim, a tradição política estatal-nacional ao mesmo tempo que a reflete socialmente. As conhecidas diferenças em suas proposições analíticas são revisitadas, considerando a hipótese de complementaridade entre essas.</p>2025-04-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/56031HISTÓRIA DA FORMAÇÃO POLÍTICA-GERENCIAL DA FIOCRUZ (1970-2003)2024-11-14T13:04:46+00:00Tiago Siqueira Reissiqueira.treis@gmail.com<p>O presente trabalho trata da trajetória político-institucional da Fiocruz, a partir da discussão do seu modelo de gestão, entre os anos de 1970 e 2003. Discutimos a organização e política da instituição, tendo como objetivo identificar os conflitos entre os ideais público e privado relativos à fundação, explorando os itinerários que culminaram na edificação de um projeto institucional flexível. Definiu-se como baliza temporal o período de 1970 a 2003, que compreende dois distintos momentos na história da Fiocruz: um primeiro subperíodo de 1970 a 1988, em que responde pelo Direito Privado; e de 1988, ano da promulgação da Constituição Federal Brasileira, até 2003, quando se enquadra no regime de Direito Público, define seu modelo de gestão e estabelece o estatuto oficial vigente até os dias de hoje.</p>2025-05-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/58359ATIVISTAS INSTITUCIONAIS E EMPREENDEDORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA CONSTRUÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ALIMENTOS TRADICIONAIS DOS POVOS NO AMAZONAS – CATRAPOA2024-12-09T19:23:57+00:00Cristiane Limacristiane.lima@ifam.edu.brCátia Grisacatiagrisaufrgs@gmail.com<p>Sob a lente de análise das literaturas de ativismo institucional e de empreendedores de políticas públicas, o artigo analisa a interação de atores governamentais e não governamentais na formação e atuação da CATRAPOA. Distanciando- nos de interpretações que reforçam a ideia de atores individuais com caraterísticas heroicas, enfatizamos a atuação coletiva da Comissão. Os resultados demonstram que: i) na construção/defesa de políticas públicas, os atores agem em redes formadas por ativistas institucionais e empreendedores políticos internos e externos ao Estado; ii) o somatório de protagonismos (agências) e oportunidades (estruturas) influencia na configuração da rede e nos resultados obtido pelo coletivo; iii) ainda que intrínseca à configuração, a atuação em rede é uma tática mobilizada para a ação coletiva avançar em suas causas. Sendo assim, a presente pesquisa, conduzida por meio de observação não-participante e de 15 entrevistas semiestruturadas, contribui no sentido de apresentar elementos empíricos para a compreensão da tática de articulação em rede. Ademais, as discussões apontam que as literaturas de ativismo institucional e de empreendedores de políticas públicas, embora possuam origens distintas, se concentram no mesmo foco, apresentando, portanto, confluências analíticas.</p>2025-05-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/59010TEORIZAÇÃO CRÍTICA, ESCREVIVÊNCIA E EPISTEMOLOGIA RESISTENTE2024-11-15T15:49:05+00:00Adelia Miglievich-Ribeiromiglievich@gmail.com<p>O artigo tem como objetivo contribuir nos debates acerca das teorias sociais contemporâneas, especialmente das teorias críticas, na ênfase aos descentramentos teóricos e à inclusão das vozes subalternas. Elege a crítica póscolonial e a interseccionalidade a fim de, na esteira de Collins (2022), propor o “engajamento dialógico” capaz de, sem deixar de problematizar os impasses das distintas linhagens, conceber um “projeto de conhecimento resistente”. Nesse movimento, destaca a experiência e a “autoridade testemunhal” como produtoras de epistemes legítimas. Traz, para sustentar o argumento, as escrevivências (Evaristo, 2005) das autoras negras que, longe de abdicar da autorreflexividade, produzem contradiscursos importantes na configuração do mundo por outros sujeitos epistêmicos, capazes de desvelar e desestabilizar a estrutura da diferença/estrutura da subalternidade que fundou a modernidade hegemônica. Tais discursos combinam recursos heurísticos vários que combatem os epistemicídios, provocam novos processos de subjetivação, expandem as comunidades interpretativas no seio da academia e apontam valiosas possibilidades ao pensamento crítico.</p> <p> </p>2025-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/62699ANÁLISE DE CONTEÚDO DA DESINFORMAÇÃO POLÍTICA DISSEMINADA POR JAIR BOLSONARO NO TWITTER/X2025-02-03T23:06:10+00:00Bruna Bastosprofabrunabastos@gmail.comDavid Nemernemer@virginia.edu<p>A desinformação on-line tem sido um fenômeno generalizado que modificou como as pessoas interagem on-line e como a política é feita em muitos países, como Estados Unidos e Brasil. Dentre as consequências, a desinformação on-line pode distorcer a realidade e influenciar como os cidadãos enxergam seu líder político, criando identificação e significado cultural. Recentemente, presidentes populistas de extrema-direita se voltaram para as plataformas de redes sociais para se engajar em campanhas de desinformação como uma estratégia para controlar a narrativa política e ganhar poder dentre seus seguidores. Desde que Jair Messias Bolsonaro, ex-Presidente do Brasil, adotou o Twitter/X, como sua principal plataforma de comunicação com o público, este estudo buscou analisar o conteúdo de seus tweets para entender se Bolsonaro promoveu desinformação durante as eleições gerais de 2022. Nós analisamos 245 tweets postados em agosto de 2022 e 275 tweets postados em outubro de 2022 e descobrimos que houve um aumento na quantidade de tweets que compartilhavam desinformação, de 50 (20%) para 113 (41,24%), incluindo descredibilizar a mídia tradicional e despertar o ódio. Assim, esse estudo auxilia na compreensão de como as redes sociais têm sido utilizadas para impulsionar diferentes tipos de desinformação, bem como as estratégias discursivas empregadas por Bolsonaro durante sua campanha à reeleição, verificando como a desinformação foi organizada e compartilhada no Twitter/X.</p>2025-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/51678SENTIDOS E SINGULARIDADES DOS NOVOS COLETIVOS DE AÇÃO2024-12-16T17:39:36+00:00Luiz Inácio Gaigerluiz.gaiger@gmail.com<p>O artigo examina formas recentes de ativismo cuja designação de coletivos tem sido assimilada pelos estudos acadêmicos, conformando assim um novo campo de pesquisa. Com base em revisões bibliográficas, análises de documentos e pesquisas de campo em vários países, o artigo sintetiza o processo de emergência dessas iniciativas e propõe uma delimitação conceitual que os diferencia de outras formas de mobilização social. A seguir, trata de algumas características inovadoras dos coletivos, com ênfase na superação de clivagens correntes em movimentos sociais anteriores, como entre demandas materiais e imateriais, individualidade e coletividade, vida privada e compromisso público, entre outras. Conclui que os coletivos constituem uma resposta inovadora ao cenário atual do capitalismo, configurando um novo padrão de ativismo e de mobilização social.</p>2025-05-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025