THE ETHICS OF LABOR IN AGRIBUSINESS EXPANSION: transvaluation, depreciation and disciplining

Authors

  • Gustavo Meyer Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v36i0.42779

Keywords:

Cultural encounter, Agribusiness, Development, Gaucho, Rural work

Abstract

Taking the largest irrigation area in Latin America as an empirical  reference, in this article I deal with the
vicissitudes involved in rural work relationships in Brazilian agribusiness. Based on ethnography adressed to temporary migrant workers from several states in Northeast, I seek to analyze the interweaving between a) the transposition of peasant cultural traces to agribusiness, d) the moral expropriation of workers, and c) disciplining mechanisms. Such interlacing puts on the ground
(and in mind) a kind of good worker ethics, which is problematized as a construct of a particular society,
which makes agribusiness expand with its own contours and procedures, although heterogeneous. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Gustavo Meyer, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Formado pela Universidade de São Paulo (USP), trabalhou em diversos projetos de pesquisa e de desenvolvimento envolvendo temáticas rurais. Atuou como técnico de nível superior no Ministério do Meio Ambiente e como pesquisador na Embrapa Amazônia Oriental. Atualmente é professor adjunto à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), na área de sociologia rural. Obteve em 2015 o título de Doutor em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com pós-doutorado em Antropologia junto à Universidade de Brasília (UnB). Está credenciado como professor no Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural (PPG-Mader) da UnB. É coordenador do Laboratório de Sociologia, Antropologia e Extensão Rural da UFVJM, Campus Unaí. Dedica atualmente esforços de pesquisa relacionados à “ação social e o agronegócio” e à “masculinização no campo”, ambos nas perspectivas do encontro cultural, mudança social e desenvolvimento.

References

ANDRADE, M. P. Os gaúchos descobrem o Brasil: projetos agropecuários contra a agricultura camponesa. São Luís: Edufma, 2008.

BOLTANSKI, L. Sociologia da crítica, instituições e o novo modo de dominação gestionária. Sociologia & Antropologia, v. 3, n. 6, p. 441-462, 2013.

BRANDÃO, C. R. O afeto da terra. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

BRUNO, R. Senhores da terra, senhores da guerra: a nova face política das elites agroindustriais no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1997.

CARDOSO, A. Uma Utopia Brasileira: Vargas e a Construção do Estado de Bem-Estar numa Sociedade Estruturalmente Desigual. Dados, v. 53, n. 4, p. 775-819, 2010.

CHAVES, C. A. Festas da política: uma etnografia da modernidade no sertão (Buritis – MG). Rio de Janeiro: Relume Dumará/Núcleo de Antropologia da Política da UFRJ, 2003.

ELIAS, N.; SCOTSON, J. L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

FAVARETO, A. (Coord.). Entre chapadas e baixões do MATOPIBA: dinâmicas territoriais e impactos socioeconômicos na fronteira da expansão agropecuária no Cerrado. São Paulo: Ilustre Editora/Greenpeace, 2019.

FERREIRA, A. C. Trabalho, etnicidade e economia-mundo: o papel da ambientalização da política econômica na expropriação moral da condição de trabalhador indígena. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2015.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1988.

FREITAS, W.A.; SOBRINHO, F.L.A; MELLO, M. A influência de Planos e Programas do Governo Federal na região Centro-Oeste: ocupação e modernização do território entre as décadas de 1960 a 1970. Política e Planejamento Regional, v. 6, n.1, p. 64-79, 2019.

GARCIA JÚNIOR, A. O Sul: caminho do roçado. Estratégias de reprodução camponesa e transformação social. São Paulo: Marco Zero, 1989.

GASPAR, R. B.; ANDRADE, M. P. Gaúchos no Maranhão: agentes, posições sociais e trajetórias em novas fronteiras do agronegócio. Pós Ciências Sociais, v. 11, n. 22, p. 109-127, 2014.

GERHARDT, C. H. Da sociedade do agronegócio à cosmologia Agro: subjetivação e conquista de novos territórios. Contemporânea, v. 11, n. 3, p. 1025-1056, 2021.

GUEDES, A. D. O trecho, as mães e os papéis: movimentos e durações no norte de Goiás. 2011. 468 p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

HADDAD, M. B. O planejamento federal para o desenvolvimento regional do Centro Oeste. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, 6, 2013. Disponível em https://www.unisc.br/site/sidr/2013/Textos/245.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.

HEREDIA, B.; PALMEIRA, M.; LEITE, S. P. Sociedade e Economia do “Agronegócio” no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 25, n. 74, p. 159-176, 2010.

LI, T. M. Centering labor in the land grab debate. Journal of Peasant Studies, v. 38, n. 2, p. 281-298, 2011.

LOPES, J. S. L. O trabalho visto pela Antropologia Social. Ciências do Trabalho, v. 1, n. 1, p. 65-84, 2013.

MENEZES, M. A. Da Paraíba prá São Paulo e de São Paulo prá Paraíba: migração, família e reprodução da força de trabalho. 1985. 176 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Centro de Humanidades, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 1985.

MENEZES, M. A. Redes e enredos nas trilhas dos migrantes: um estudo de família de camponeses-migrantes. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002a.

MENEZES, M. A. O cotidiano camponês e a sua importância enquanto resistência à dominação: a contribuição de James C. Scott. Raízes, v. 21, n. 1, p. 32-44, 2002b.

MEYER, G.; GERHARDT, C. H. Dos intrépidos gaúchos aos responsáveis homens de camisa azul: moralidade,

sociabilidade e hierarquia na sociedade do agronegócio. Dados, v. 67, n. 4, 2024.

NOGUEIRA, M. C. R. Gerais a dentro a fora: identidade e territorialidade entre Geraizeiros do Norte de Minas Gerais. Brasília: Mil Folhas, 2017.

OLIVEIRA, V. L; BÜHLER, È. A. Técnica e natureza no desenvolvimento do “agronegócio”. Caderno CRH, v. 29, n. 77, p. 261-280, 2016.

PALMEIRA, M. Modernização, Estado e questão agrária. Estudos Avançados, v. 3, n. 7, p. 87-108, 1989.

PMCG (Prefeitura Municipal de Chapada Gaúcha). A saga dos gaúchos no sertão norte mineiro. Chapada Gaúcha: PMCG, 2012.

PORTO, J. R. S. O discurso do agronegócio: modernidade, poder e “verdade”. Nera, v. 17, n. 25, p. 25-46, 2014.

RABINOW, P; DREYFUS, H. A genealogia do indivíduo moderno como objeto. In: RABINOW, P; DREYFUS, H. (org.). Michel Foucault: uma trajetória filosófica (para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. p. 185-201.

RIBEIRO, G. L. Poder, redes e ideologia no campo do desenvolvimento. Novos Estudos (Cebrap), v. 80, p. 109-125, 2008.

RIBEIRO NETO, C. P. Formação Política do Agronegócio. 2018. 352 p. Tese (Doutorado em Antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2018.

RUMSTAIN, A. Peões no trecho: trajetórias e estratégias de mobilidade no Mato Grosso. Rio de Janeiro: E-papers, 2012.

SANTOS, C. C. O INEA é o demônio: pesca, conflito e religião na Baia da Ilha Grande. 2018. 171 p. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense.

SAUER, S.; BORRAS JÚNIOR, S. “Land grabbing” e “green grabbing”: uma leitura da “corrida na produção acadêmica” sobre a apropriação global de terras. Campo-Território – Revista de Geografia Agrária, v. 11, n. 23, p. 6-42, 2016.

SCOTT, J. C. Formas cotidianas da resistência camponesa. Raízes, v. 21, n. 1, p. 10-31, 2002.

SIGAUD, L. Os clandestinos e os direitos. São Paulo: Duas Cidades, 1979.

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa: 1. A árvore da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

TSING, A. L. Friction: an ethnography of global connection. Princeton: Princeton University Press, 2005.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

WOORTMANN, E. F. Herdeiros, parentes e compadres: colonos do Sul e sitiantes do Nordeste. São Paulo: Hucitec, 1995.

WOORTMANN, K. A cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987.

WOORTMANN, K. Migração, família e campesinato. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 7, n. 1, p. 35-53, 1990.

Published

2023-12-20

How to Cite

Meyer, G. (2023). THE ETHICS OF LABOR IN AGRIBUSINESS EXPANSION: transvaluation, depreciation and disciplining. Caderno CRH, 36, e023027. https://doi.org/10.9771/ccrh.v36i0.42779