Dilemas interseccionais:

Racismo e Aborto no Brasil

Autores/as

  • Emanuelle Freitas Goes Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v9i1.54896

Palabras clave:

Direitos Reprodutivos, Interseccionalidade, Aborto, Racismo

Resumen

O aborto é um fenômeno reprodutivo comum a todas as mulheres e pessoas com útero, mas os diversos contextos sociais e históricos situarão de como mulheres negras, indígenas, latinas, asiáticas e demais grupos racialmente oprimidos e pessoas com útero vão experimentar este evento reprodutivo. A intersecção das desigualdades de gênero e do racismo e suas manifestações determinará como essas mulheres vivenciam o aborto, seja na gravidez não pretendida, na decisão pela interrupção da gravidez, nas relações com as parcerias e rede de apoio, ou seja, na procura pelo serviço de saúde. As mulheres negras seguem mais solitárias no momento da decisão pela interrupção e são elas também que mais morrem de morte materna em consequência do aborto inseguro. Por isso fundamental a justiça reprodutiva que reconhece as mulheres em suas humanidades, o mundo e suas diversas formas de opressão que tem definido o destino reprodutivo das mulheres negras, latinas, indígenas, asiáticas e do Sul Global. Todas as mulheres e pessoas com útero tem direito de realizar suas escolhas reprodutivas sem serem condenadas a morte.

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Biografía del autor/a

Emanuelle Freitas Goes, Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal da Bahia

Doutora em Saúde Pública com concentração em Epidemiologia (ISC/UFBA). Realizou Doutorado Sanduíche na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade do Porto). Mestra em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia com concentração em Gênero, Cuidado e Administração em Saúde, na Linha de Pesquisa Mulher, Gênero e Saúde. É integrante do MUSA - Programa de Estudos em Gênero e Saúde (ISC/UFBA), Programa de Estudos em Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Curso de Vida e Envelhecimento - Elsa/Brasil (ISC/UFBA), Grupo de Pesquisa Saúde da Mulher, Enfermagem, Gênero, Raça e Etnia (Escola de Enfermagem/UFBA). Conselheira Nacional de Saúde pelo segmento de usuárias/os - Movimento Negro (2016). Criadora e Blogueira do População Negra e Saúde (2011). Fundadora do Odara - Instituto da Mulher Negra (2012) e coordenadora do Programa de Saúde. Professora Substituta em Enfermagem Comunitária na Escola de Enfermagem (UFBA) (2012 - 2014) . Foi Assessora de Gênero e Raça no Fundo de População das Nações Unidas (2009 - 2010) no acompanhamento do Programa Interagencial. Implementou e Coordenou a Política de Saúde da População Negra no Município de Lauro de Freitas (2007). Possui especialização em Saúde Coletiva com concentração em analise de dados secundários epidemiológicos pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (2007). É graduada em Enfermagem pela Universidade Católica do Salvador (2004). É membro do Grupo Temático Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco. Colunista da Revista Afirmativa, do Blogueiras Negras e do Cientistas Feministas. Tem experiência na área de Desigualdades em Saúde, Saúde das Mulheres Negras, Saúde Reprodutiva, Direitos Reprodutivos, Racismo, Gênero e Saúde, Comunicação, informação em Saúde.

Publicado

2023-09-03

Cómo citar

Goes, E. F. . (2023). Dilemas interseccionais: : Racismo e Aborto no Brasil. Cadernos De Gênero E Diversidade, 9(1), 31–46. https://doi.org/10.9771/cgd.v9i1.54896

Número

Sección

Artigos