"Todo mundo vem pra Recife"

Os lugares e as políticas de visibilidade gay na homossociabilidade da Região Metropolitana do Recife

Autores

  • Luís Felipe Rios Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v9i1.53909

Palavras-chave:

Homossociabilidade, Georeferenciação, Cidades menore, Bairros pobres, Visibilidade

Resumo

Este artigo discute os circuitos de sociabilidade de homens que fazem sexo com homens (HSH) da Região Metropolitana do Recife (RMR). Os dados são oriundos de pesquisa etnográfica realizada por meio de entrevistas, observações participantes e inquérito comportamental, com uma amostra formada por 10 cadeias de respondentes. Nos municípios menores prevaleceu redes comunitárias de malha estreita, que controlavam as pessoas e estigmatizavam as homossexualidades. Para escapar do controle, a homossociabilidade acontecia em espaços como as casas de amigos, praias e praças. E, quando queriam a diversão das boates e bares gay, iam para Recife. Paralelamente, a dimensão online era acessada, esgaçando o controle e ampliando as possibilidades eróticas. Analisando a própria dinâmica do trabalho de campo, observamos uma maior facilidade de construir cadeias de respondentes a partir de bairros pobres de Olinda e Recife, que relacionamos às mudanças nas possibilidades de se mostrar homossexual.

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Biografia do Autor

Luís Felipe Rios, Universidade Federal de Pernambuco

Professor Titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, onde coordena o Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana – LabEshu. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, possui graduação em Psicologia (UFPE), mestrado em Antropologia (UFPE) e Doutorado em Saúde Coletiva (IMS/UERJ).

 

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Publicado

2023-09-03

Como Citar

Rios, L. F. (2023). "Todo mundo vem pra Recife": Os lugares e as políticas de visibilidade gay na homossociabilidade da Região Metropolitana do Recife. Cadernos De Gênero E Diversidade, 9(1), 199–229. https://doi.org/10.9771/cgd.v9i1.53909

Edição

Seção

Artigos