Vivências de pessoas transgênero com suas famílias de origem

Autores

Palavras-chave:

Relações Familiares, Pessoas Transgênero, Famílias

Resumo

Este estudo teve por objetivo investigar as percepções das
pessoas transgênero sobre sua identidade transgênero e o seu processo
de afirmação de gênero no âmbito familiar. É um estudo qualitativo,
exploratório e transversal. Realizaram-se entrevistas com 14
participantes entre 20-30 anos de idade do Norte gaúcho. Utilizaram-se
como instrumentos um roteiro de entrevista semiestruturado e uma
ficha de dados sociodemográficos. A análise de dados foi realizada a
partir da análise temática, da qual emergiram dois temas: processos
iniciais de ajustamento familiar e ações afirmativas de gênero na família.
Esses processos e essas situações vão ao encontro de um novo rearranjo
familiar. Conclui-se que as percepções das vivências de pessoas
transgênero com suas famílias são complexas e multifacetadas,
envolvendo diferentes processos tanto positivos quanto negativos para a
pessoa transgênero. Espera-se que, com este estudo, famílias,
instituições e profissionais da área da saúde possam se beneficiar para
realizar ações afirmativas de gênero com esta população.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Élvis Herrmann Bonini, ATITUS EDUCAÇÃO

Psicólogo, psicanalista em formação, mestre em Psicologia (Atitus Educação), especialista em Ciências Sociais (UPF – Universidade de Passo Fundo). Passo Fundo/RS, Brasil.

Isadora Cechin Filipiack, ATITUS EDUCAÇÃO

Psicóloga pela ATITUS Educação (Passo Fundo/RS). Cursa especialização em Terapia Sistêmica Individual, Conjugal e Familiar e Especialização em Sexologia pelo Centro de Estudos do Indivíduo e da Família (CEFI) em Porto Alegre/RS. Atua como psicóloga clínica no atendimento de indivíduos, casais e famílias. Seu foco de pesquisa são as temáticas de diversidade sexual e de gênero, e relações familiares e conjugais. 

Cláudia Mara Bosetto Cenci, ATITUS EDUCAÇÃO

Doutora em Psicologia Clínica (PUC-RS), mestre em Psicologia Social (PUC-RS). Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia e da graduação em Psicologia da Atitus Educação (Passo Fundo/RS, Brasil).

Referências

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e

Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. 5 ed. Porto Alegre,

Rs: Artmed, 2014.

BRAZ, Denise Garrido de Carvalho; REIS, Maycon Barros; HORTA, Ana

Lúcia de Moraes; FERNANDES, Hugo. Vivências familiares no processo

de transição de gênero. Acta Paulista de Enfermagem, [S.L.], v. 33,

n. 20190251, p. 1-8, 2020. Acta Paulista de Enfermagem.

http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2020ao0251.

BRUMBAUGH-JOHNSON, Stacey M.; HULL, Kathleen E.. Coming Out

as Transgender: navigating the social implications of a transgender

identity. Journal Of Homosexuality, [S.L.], v. 66, n. 8, p. 1148-1177,

jul. 2018. http://dx.doi.org/10.1080/00918369.2018.1493253

CATALPA, Jory M.; MCGUIRE, Jenifer K.. Family Boundary Ambiguity

Among Transgender Youth. Family Relations, [S.L.], v. 67, n. 1, p.

-103, 16 jan. 2018. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/fare.12304

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. RESOLUÇÃO N° 466:

Resolução contendo diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas

envolvendo seres humanos. 2012. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_

html. Acesso em: 05 mar. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. RESOLUÇÃO N° 510: Resolução

sobre as normas envolvendo seres humanos no contexto de pesquisa

científica. 2016. Disponível em:

http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf Acesso em:

mar. 2023.

FULLER, Kimberly A.; RIGGS, Damien W.. Family support and

discrimination and their relationship to psychological distress and

resilience amongst transgender people. International Journal Of

Transgenderism, [S.L.], v. 19, n. 4, p. 379-388, 2 out. 2018.

http://dx.doi.org/10.1080/15532739.2018.1500966

GIL, Antonio Carlos. Entrevista. In: GIL, Antonio Carlos. Métodos e

técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Cap. 12.

GROSSI, M. P. Identidade de gênero e sexualidade. Antropologia em

Primeira Mão, Florianópolis, p.1-18, 1998.

HUGHTO, Jaclyn M. White; REISNER, Sari L.; PACHANKIS, John E..

Transgender stigma and health: a critical review of stigma determinants,

mechanisms, and interventions. Social Science & Medicine, v. 147, p.

-231, dez. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2015.11.010

MAGNO, Laio; DOURADO, Inês; SILVA, Luis Augusto Vasconcelos da.

Estigma e resistência entre travestis e mulheres transexuais em Salvador,

Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 34, n. 5, p. 1-12,

maio 2018. FapUNIFESP (SciELO).

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00135917

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Amostragem e saturação em pesquisa

qualitativa: consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa,

São Paulo, v. 5, n. 7, p. 1-12, abr. 2017. Disponível em:

https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82/59 Acesso

em: 05 mar. 2023.

PUCKETT, Jae A.; MATSUNO, Emmie; DYAR, Christina; MUSTANSKI,

Brian; NEWCOMB, Michael E.. Mental health and resilience in

transgender individuals: what type of support makes a

difference?. Journal Of Family Psychology, [S.L.], v. 33, n. 8, p.

-964, dez. 2019. http://dx.doi.org/10.1037/fam0000561

SILVA, Glauber Weder dos Santos; SOUZA, Emanoel Fhilipe Leite;

SENA, Romeika Carla Ferreira de; MOURA, Izabella Bezerra de Lima;

SOBREIRA, Maura Vanessa Silva; MIRANDA, Francisco Arnoldo Nunes

de. Situações de violência contra travestis e transexuais em um

município do nordeste brasileiro. Revista Gaúcha de Enfermagem,

[S.L.], v. 37, n. 2, p. 1-7, jun. 2016.

http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.02.56407

SOUZA, Luciana Karine de. Pesquisa com análise qualitativa de dados:

conhecendo a Análise Temática. Arquivos Brasileiros de Psicologia,

Rio de Janeiro, v. 71, n. 2, p. 51-67, ago. 2019.

http://dx.doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2019v71i2p.51-67

SOUZA, Martha Helena Teixeira de; MALVASI, Paulo; SIGNORELLI,

Marcos Claudio; PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Violência e sofrimento

social no itinerário de travestis de Santa Maria, Rio Grande do Sul,

Brasil. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 31, n. 4, p. 767-776, abr.

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00077514

TESTONI, Ines; PINDUCCIU, Manuela Anna. Grieving those Who Still

Live: loss experienced by parents of transgender children. Gender

Studies, [S.L.], v. 18, n. 1, p. 142-162, 1 dez. 2019.

http://dx.doi.org/10.2478/genst-2020-0011

TURBAN, Jack L.; KEUROGHLIAN, Alex S.. Dynamic Gender

Presentations: understanding transition and ⠼de-transition⠽ among

transgender youth. Journal Of The American Academy Of Child &

Adolescent Psychiatry, [S.L.], v. 57, n. 7, p. 451-453, jul. 2018.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jaac.2018.03.016

WAHLIG, Jeni L. Losing the child they thought they had: therapeutic

suggestions for an ambiguous loss perspective with parents of a

transgender child. Journal Of Glbt Family Studies, v. 11, n. 4, p.

-326, 6 nov. 2014.

http://dx.doi.org/10.1080/1550428x.2014.945676

WALSH, Froma. Processos normativos da família: Diversidade e

complexidade. 4. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2016.

WALTERS, Mark A.; PATERSON, Jennifer; BROWN, Rupert;

MCDONNELL, Liz. Hate crimes against trans people: assessing

emotions, behaviors, and attitudes toward criminal justice

agencies. Journal Of Interpersonal Violence, [S.L.], v. 35, n. 21-22,

p. 4583-4613, 27 jun. 2017. SAGE Publications.

http://dx.doi.org/10.1177/0886260517715026

Downloads

Publicado

2025-12-19

Como Citar

Herrmann Bonini, Élvis ., Cechin Filipiack, I., & Bosetto Cenci, C. M. (2025). Vivências de pessoas transgênero com suas famílias de origem. Cadernos De Gênero E Diversidade, 11(4), 1314–1334. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/53199

Edição

v. 11 n. 4 (2025)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.

A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.

A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.

Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.