“A flor do amadurecimento”:
Experiências sexuais na infância em narrativas de homens que fazem sexo com homens na Região Metropolitana do Recife-PE
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v8i2.49549Palavras-chave:
Infância, Práticas homossexuais, Direitos sexuais, HSH, HomensResumo
O texto discute resultados de inquérito comportamental com 380 homens que fazem sexo com homens (HSH) e entrevistas narrativas com vinte dos respondentes do inquérito sobre experiências sexuais na infância. As primeiras experiências sexuais relatadas ocorreram na segunda infância e tinham o sentido de brincadeiras. Até os 12 anos, 46,8% dos respondentes relataram ter dado o primeiro beijo na boca, 46,3% realizado carícias mútuas (sarração) e 36,3% masturbação solitária (punheta). As práticas penetrativas (sexo oral e anal) tiveram menores frequências, concentrando-se por volta dos 12 anos. Nas narrativas, as práticas penetrativas estiveram relacionadas a um reposicionamento subjetivo, em que as crianças tinham mais consciência sobre os significados da sexualidade do mundo adulto, sentiam-se prontas corporal e subjetivamente (dominavam a malícia) para a realização do tesão com outros garotos, geralmente um amigo mais velho. A análise aponta para a centralidade das estilizações de gênero e de idade na formação de desejos e parcerias. Também chama atenção paras as investidas estigmatizantes da família, vizinhança, igreja e escola, cujo efeito é expresso no sentimento de confusão e produz uma variedade de cicatrizes subjetivas, como depressão, ideações e tentativas de suicídio. Situações que pedem robustas ações de garantia dos direitos sexuais das crianças com práticas homossexuais e transgêneras.
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