Uma (anal)ise da repercussão sobre a ozonioterapia retal como tratamento de Covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v8i2.48549

Palavras-chave:

Gênero, Sexualidade, Políticas anais, Ozonioterapia, Covid-19

Resumo

Os anos 2020 e 2021 foram vivenciados, no mundo, sob o prisma do medo do contágio e da morte pelo vírus da COVID-19, mais conhecido como Coronavirus. No Brasil movimentos negacionistas ganharam força ao afirmar que esta doença tratava-se de uma “gripezinha” inofensiva, da mesma forma sugeriu-se o uso de remédios ineficazes para o tratamento do vírus como, por exemplo, ivermectina, cloroquina, azitromicina e ozonioterapia retal. Nosso objetivo neste artigo é analisar as repercussões a respeito da ozonioterapia retal para tratamento de COVID-19. A análise será feita a partir das teorias de gênero e sexualidade, especificamente as políticas anais de Saez e Carrascosa (2016). Para subisidiar o debate elencamos alguns conteúdos que marcam a repercussão da ozonioterapia anal: uma charge coletada na rede social Twitter, comentários e reportagens veiculadas na midias (imprensa) e um vídeo em que o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comenta o tratamento. Lançamos mão de algumas perguntas que orientam nossa argumentação: Qual ou quais são as conexões entre o cu e a COVID-19? O que pode um cu contaminado ou um cu em risco de se contaminar? Por que o tratamento via anal causaria tanto constrangimento em partes da população?

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Biografia do Autor

Mariane da Silva Pisani, Universidade Federal do Norte do Tocantins

É mulher cisgênera, bissexual, professora e antropóloga na Universidade Federal do Norte do Tocantins, no Curso de Ciências Sociais e na Universidade Federal do Piauí, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. A amapô coordena o Grupo de Pesquisa em Antropologia Social e Interseccionalidades (ANTROPOS)

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Publicado

2022-07-01

Como Citar

Martins, I. M. ., & Pisani, M. da S. (2022). Uma (anal)ise da repercussão sobre a ozonioterapia retal como tratamento de Covid-19 . Cadernos De Gênero E Diversidade, 8(2), 13–37. https://doi.org/10.9771/cgd.v8i2.48549

Edição

Seção

Dossiê