Camille Claudel:

a superdotação ofuscada pela desigualdade de gênero

Autores

  • ALívia Maria de Souza Universidade Estadual Paulista , campus de São José do Rio Preto https://orcid.org/0000-0002-6597-213X
  • Verônica Lima dos Reis Universidade Estadual Paulista, campus de Bauru https://orcid.org/0000-0003-0681-0015
  • Beatriz de Barros Zamonel Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de São José do Rio Preto
  • Carina Alexandra Rondini Universidade Estadual Paulista (UNESP)Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE), Campus de São José do Rio Preto https://orcid.org/0000-0002-5244-5402

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v8i3.42053

Palavras-chave:

Superdotação, Artes, Gênero, Sexualidade

Resumo

A superdotação é comumente associada à genialidade e a áreas tradicionalmente valorizadas no contexto escolar -, linguagem, matemática e ciências, não sendo tão apreciada em outros campos do saber, como a arte. Tal fator, em conjunto com a inferiorização da mulher pela sociedade, corrobora para a invisibilidade de mulheres com superdotação artística. Objetivou-se, portanto, descrever os desafios enfrentados pela escultora francesa Camille Claudel (1864 – 1943) e analisar suas características sob a ótica da superdotação do tipo produtivo-criativo de Joseph Renzulli. Por meio de estudo exploratório, narrativo, com delineamento bibliográfico, foram elencados manuscritos (artigos, livros e/ou capítulos) sobre a artista, suas características, contexto social do século XIX e os desafios enfrentados por ela. Os resultados mostram que Camille Claudel possuía facilidade em criar, transformar, moldar e modificar objetos; infere-se que sua inteligência assentava-se no domínio espacial e apresentava superdotação na área produtivo-criativo com genialidade artística, todavia, às mulheres de sua época era negado o acesso ao mundo da Arte, exceto como discípulas dos artistas homens. Claudel produziu esculturas grandiosas, mas Auguste Rodin nunca deu os devidos créditos a ela; com a saúde mental comprometida e no forçado anonimato, morreu num asilo aos 79 anos. O texto descortina a urgência de mais estudos e debates sobre: a relação superdotação, gênero e arte; a problemática de uma sociedade machista; a desmitificação da superdotação; o reconhecimento de mulheres superdotadas.

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Biografia do Autor

ALívia Maria de Souza, Universidade Estadual Paulista , campus de São José do Rio Preto

Discente do Curso de Pedagogia. Licenciatura

Verônica Lima dos Reis, Universidade Estadual Paulista, campus de Bauru

Pos-Doutoranda junto ao Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

Beatriz de Barros Zamonel, Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de São José do Rio Preto

Discente do Curso de Pedagogia. Licenciatura

Carina Alexandra Rondini, Universidade Estadual Paulista (UNESP)Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE), Campus de São José do Rio Preto

Departamento de Ciência de Computação e Estatística (DCCE) Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos, Unesp/Ilha Solteira, Jaboticabal, São José do Rio Preto

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Publicado

2022-10-18

Como Citar

Souza, A. M. de, Reis, V. L. dos, Zamonel, B. de B., & Rondini, C. A. . (2022). Camille Claudel:: a superdotação ofuscada pela desigualdade de gênero. Cadernos De Gênero E Diversidade, 8(3), 56–71. https://doi.org/10.9771/cgd.v8i3.42053

Edição

Seção

Artigos