“Que a sorte seja lançada”

poder obstétrico e regulação dos corpos gestantes em uma Unidade Básica de Saúde da região metropolitana no Sul do Brasil

Autores

  • Paulo Ricardo Favarin Gomes Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
  • Roniele Costa Sarges Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos https://orcid.org/0000-0003-0233-025X
  • Laura Cecilia López Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v7i4.35775

Palavras-chave:

Assistência Pré-natal, Poder Obstétrico, Regulação dos Corpos

Resumo

O artigo aborda a produção de relações de saber-poder no âmbito da assistência pré-natal, ao indagar em como são exercidas as diferentes formas de controle sobre os corpos femininos, na trama do poder obstétrico. A partir de um estudo qualitativo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) cujo foco principal é a ‘saúde materno-infantil’, localizada em um município da região metropolitana no Sul do Brasil, questionamos quais são os dispositivos de poder obstétrico acionados durante a assistência, e como se dão as subjetivações das gestantes em relação a esses dispositivos. Analisamos a centralidade do médico especialista e o modo como é exercido um saber-poder que dociliza os corpos grávidos e produz as cesáreas como via principal de nascimento. Embora as discussões de implementação de políticas públicas, desde os anos 1980, apontem à saúde da mulher no marco dos direitos sexuais e reprodutivos, e as ações de “humanização da assistência pré-natal e ao parto” se vejam contempladas nas diretrizes que guiam as políticas nesse campo, ao mostrar a mulher como “protagonista” das decisões e vivências reprodutivas, os resultados desse estudo demonstram situações de “injustiça epistêmica” no cotidiano dos serviços.

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Biografia do Autor

Paulo Ricardo Favarin Gomes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Enfermeiro graduado pela Universidade FEEVALE. Mestre em Saúde Coletiva pela Unisinos. Responsável Técnico pela Central de Materiais e Esterilização da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo.

Roniele Costa Sarges, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Fisioterapeuta graduada pela Unisinos. Especialista em Fisioterapia Pélvica- Uroginecologia Funcional pela Faculdade Inspirar. Mestra em Saúde Coletiva pela Unisinos.

Laura Cecilia López, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Antropóloga graduada pela Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina. Mestra e Doutora em Antropologia Social pela UFRGS. Professora dos PPGs em Saúde Coletiva e em Ciências Sociais da Unisinos.

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Publicado

2022-03-19

Como Citar

Gomes, P. R. F. ., Sarges, R. C. ., & López, . L. C. (2022). “Que a sorte seja lançada”: poder obstétrico e regulação dos corpos gestantes em uma Unidade Básica de Saúde da região metropolitana no Sul do Brasil. Cadernos De Gênero E Diversidade, 7(4), 7–34. https://doi.org/10.9771/cgd.v7i4.35775

Edição

Seção

Artigos