Mulheres Negras e Maternidade: um olhar sobre o ciclo gravídico-puerperal
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v5i4.29686Palavras-chave:
Maternidade, Raça, Gênero, Mulheres Negras, Violência ObstétricaResumo
Este estudo tem como objetivo a análise, a partir das vivências das mulheres negras, refletir o processo de gestação, parto e puerpério sob a ótica de suas narrativas. Esta investigação se insere em bases teórico-metodológicas de autoras que estão inscritas na vertente dos estudos do feminismo negro interseccional. Foi realizada uma pesquisa de arcabouço qualitativo, tendo como técnica a Entrevista Semiestruturada. Tendo em vista que já existe produções teóricas sobre as mulheres no âmbito da gestação, e diversas pesquisas que apontam a vulnerabilidade de mulheres negras quando são duplamente oprimidas pelo gênero e pela raça, quais seriam então os possíveis resultados desse intercruzamento de mulheres negras, gestação e instituições de saúde? Até que ponto a ideia de mulher como um conceito universal é verídico no tratamento, acolhimento e procedimentos que receberão? Com centralidade neste problema, foram entrevistadas cinco mulheres autodeclaradas negras, com base em um roteiro de perguntas, com o subsídio de um gravador de voz. As reflexões deste trabalho apontam uma lacuna na produção científica no que se refere ao tema. Diante do pressuposto das encruzilhadas interseccionais das opressões de raça, gênero, classe, deficiência, entre outras, as interlocutoras evidenciam em seus discursos que não é verídica a universalidade da categoria mulher, tendo em vista que suas realidades são múltiplas. Surge também relatos de discriminações em instituições de saúde, violência obstétrica e institucional, e dificuldades relacionadas ao torna-se mãe. Percebe-se o maternar como uma construção social, carregada de expectativas e frustrações diante das negações de direitos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.