Um homem negro de capuz: modos de enunciar a subjetividade negra na série Luke Cage
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v5i2.29614Palavras-chave:
Subjetividade negra, Representatividade, Cultura midiática, Luke CageResumo
Percebendo as ausências que encontramos nas imagens audiovisuais das séries televisivas quando se tratam de subjetividades negras e acreditando na importância da emergência de novos conteúdos que avancem nesse sentido, o objetivo desse texto é discutir os modos de visibilidade negra que estão sendo constituídos na série web televisiva Luke Cage, produzida pela parceria Marvel/Netflix. Interessa refletir sobre a atualização do super-herói negro Luke Cage em relação à sua origem nas histórias em quadrinhos dos anos 70. A análise permite reconhecer um herói que não usa máscaras ou capas, mas, sim, um signo político que marca os processos de estigmatização da população negra masculina: o uso do capuz ressignificado como marcador da desumanização realizada pelos sistemas de opressão que condicionam certos grupos humanos a espaços limitados. Identificamos uma produção audiovisual em que a personagem protagonista é um homem negro, super-herói que constitui-se a partir de um contexto político e de tensões policiais com a população negra e suburbana dos Estados Unidos, e que celebra em seu enredo ícones da cultura negra. Defendemos, nesse sentido, a importância da atualização do que é dizível, pensável, sobre as subjetividades masculinas negras nas produções culturais, com maior abertura de visibilidades não estigmatizadas para a população negra.
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