Paternidade e Masculinidades Negras Circunscritas: exercícios de autorreflexão emancipatórios

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v5i2.29545

Palavras-chave:

Paternidade, Masculinidades Negras, Racismo, Discriminação

Resumo

Este artigo apresenta reflexões sobre o gerenciamento da vida familiar às quais incluem as funções de zelo e educação das crianças, dos serviços domésticos e do equilíbrio do relacionamento afetivo, com vistas à compreensão de como homens negros pensam suas paternidades e masculinidades negras, bem como perceber de que forma isso emerge na cena contemporânea como realidades presentes em diferentes espaços sociais. Partimos de uma abordagem qualitativa, tendo como método de pesquisa a realização de entrevistas semiestruturada realizadas com pais negros e um exame de uma narrativa cinematográfica contemporânea – Fences, Um Limite Entre Nós (2017) – ambientado em Pittsburgh nos Estados Unidos dos anos 1960. Para isso, alternamos as interlocuções dos participantes, análises e discussões com os sentidos aparentes do filme. Tomamos como referencial teórico as pesquisas desenvolvidas por Connell (1995; 1998), Awkward (2001), Hall (2003), bell hooks (2004), Grossi (2004), Botton (2007), Fanon (2008), Miskolci (2012), Faustino (2014), Davis (2016) e Santos; Antunez (2018). A masculinidade negra enrijecida sob os pilares hegemônicos da modernidade ocidental e que com o colonialismo se expande tornando-se um modelo arriscado e traumatizante pela qual os homens negros estão circunscritos é um território carregado de conflitos, mas como um ato de resistência e reexistência alguns homens negros estão se reinventando com a conscientização de suas paternidades.

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Biografia do Autor

Artur Oriel Pereira, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Mestrando em Educação na Linha Educação e Ciências Sociais, pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Especialista em Sociopsicologia, pela Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Letrólogo. Pedagogo. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sociocultural (GEPEDISC) - Culturas Infantis. Professor da Secretaria de Educação, Prefeitura de São Paulo, SP, Brasil.

Hasani Elioterio dos Santos, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Mestrando em Sociologia, pela Universidade Federal de São Carlos. Graduado em Ciências Sociais pela mesma instituição, com ênfase em Sociologia e Antropologia. Pesquisador atuante do NEAB/UFSCar, com experiência na área de Sociologia das Relações Raciais no Brasil contemporâneo e Estudos da Diáspora Africana.

Alexandre da Silva, Universidade de São Paulo - USP

Doutor em Saúde Pública, pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.  Mestre em Reabilitação, pela Universidade Federal de São Paulo e Especialista em Gerontologia pela mesma instituição. Professor Adjunto da Faculdade de Medicina de Jundiaí; onde atua como preceptor do internato na Atenção Básica com ênfase na Saúde do Idoso e docente da disciplina de Medicina da Família e da Comunidade.

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Publicado

2019-10-15

Como Citar

Pereira, A. O., Santos, H. E. dos, & Silva, A. da. (2019). Paternidade e Masculinidades Negras Circunscritas: exercícios de autorreflexão emancipatórios. Cadernos De Gênero E Diversidade, 5(2), 79–102. https://doi.org/10.9771/cgd.v5i2.29545