Mucama Permitida: a identidade negra do trabalho doméstico no Brasil

Autores

  • Tamis Porfírio Costa Crisóstomo Ramos Nogueira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v3i4.22482

Resumo

O presente artigo aborda o trabalho doméstico à partir do imaginário social brasileiro, histórico e socialmente construído, oriundo de um longo período de escravidão que concebe a mulher negra em um papel de servidão e submissão análogos ao papel das mucamas, aquelas que ocupavam o âmbito doméstico e tinham como função cuidar de todo trabalho reprodutivo. Sob uma perspectiva interseccional que prioriza o três eixos de poder: raça, classe e gênero. Entende-se, neste artigo, que a condição destas trabalhadoras enquanto domésticas não escapa ao racismo, classismo e patriarcalismo tão presentes na sociedade brasileira que às confina em empregos considerados socialmente “subalternos” e não lhes dá mínimas condições de ascensão social, já que, enquanto negras, são consideradas um corpo, sem mente, capazes apenas do trabalho manual e incompetentes para o trabalho intelectual. Esta pesquisa busca explicitar a identidade do trabalho doméstico no Brasil levando em conta que este possui um perfil majoritariamente negro e uma história definida pelas relações servis de trabalho.

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Biografia do Autor

Tamis Porfírio Costa Crisóstomo Ramos Nogueira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestranda em Ciências Sociais, também pela UFRRJ

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Publicado

2017-12-21

Como Citar

Porfírio Costa Crisóstomo Ramos Nogueira, T. (2017). Mucama Permitida: a identidade negra do trabalho doméstico no Brasil. Cadernos De Gênero E Diversidade, 3(4), 47–58. https://doi.org/10.9771/cgd.v3i4.22482

Edição

Seção

Artigos