DE QUEM É O CORPO? A HOMOSSEXUALIDADE E O REGIONALISMO UNIVERSAL EM MEU TIO TÃO SÓ
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v1i1.13371Resumo
O presente trabalho se propõe discutir, à luz da trama do conto Meu tio tão só, de Antônio Carlos Viana, inserido na obra O meio do mundo e outros contos, publicada em 1999, o modo como o corpo, supostamente, homossexual do personagem Bau é “enxergado” pela masculinidade hegemônica, bem como o modo como tal corpo é construído e controlado pelas normas regulatórias impostas pela sociedade heteronormativa contemporânea. Para tanto, trabalharemos com Butler (2000) e Louro (2000). Este conto narra a trajetória de isolamento, medo, solidão e angústia de Tio Bau, um “solteirão” que, segundo a perspectiva das pessoas com as quais convivia em uma cidade do interior (ou em um povoado), era um homossexual que não tinha coragem de “assumir” publicamente sua identidade de gênero. Não suportando as pressões sociais (a discriminação, a marginalização e o escárnio por parte da sociedade), tal personagem suicida-se. Além disso, este estudo procura observar, com base nos postulados de Araújo (2008) e Chiappini (1995), como ocorre a transposição do regionalismo “pitoresco” na referida narrativa.
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