A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E A DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS PARA O CARGO DE PROCURADOR-GERAL DO ESTADO
Uma revisão crítica da aplicação do princípio da simetria na jurisprudência do STF
DOI:
https://doi.org/10.9771/rppgd.v33i0.51176Keywords:
federalismo; advocacia pública; Supremo Tribunal Federal; direito constitucional; direito administrativoAbstract
O presente artigo propõe-se a examinar o problema da definição de requisitos, pelas constituições dos estados-membros, para a nomeação de seus respectivos Procuradores-Gerais, à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Identifica-se que, desde a promulgação da Constituição de 1988, o entendimento da corte tem oscilado. Em alguns momentos, entendeu-se que, em aplicação ao princípio da simetria, os estados da federação deveriam replicar o modelo federal, em que o Presidente da República pode nomear livremente o chefe da Advocacia-Geral da União. Em outros, a autonomia federativa teve primazia e decidiu-se pela constitucionalidade de modelos alternativos, a exemplo da exigência, presente em algumas unidades federativas, de que o nomeado deveria integrar a carreira de Procurador do Estado. Discutem-se esses achados à luz do modelo federativo instituído pela ordem constitucional brasileira. Argumenta-se que a não replicação do art. 131, § 1º, da Constituição Federal aos sistemas estaduais não constitui vulneração ao núcleo essencial de funcionamento do Poder Executivo, tratando-se de matéria a ser livremente estipulada em cada ente federado. Conclui-se que uma pacificação jurisprudencial, no sentido de privilegiar o espaço decisório das entidades subnacionais, seria recomendável.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado