CONTINUIDADE E PERIFERIA NA COMPANHIA DE TEATRO HELIÓPOLIS: entrevista com o diretor de teatro Miguel Rocha

Autores

  • Rosyane Trotta Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Este estudo, em formato de entrevista, enfoca o modo de produção da Companhia de Teatro Heliópolis, debatendo questões relacionadas à cultura periférica, ao teatro de grupo, às políticas públicas de cultura, às tendências e os desafios do teatro contemporâneo. A companhia foi fundada em 2000 por moradores da favela de mesmo nome, considerada a mais violenta da cidade de São Paulo, e ocupa uma casa no bairro vizinho que foi sendo gradativamente reformada e onde o grupo construiu um teatro para 80 pessoas. Durante a realização da pesquisa, após reunir dados e estudos sobre a companhia, assisti ao espetáculo Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos e estruturei, para a entrevista com Miguel Rocha, questões voltadas aos temas em estudo, coletando dados qualitativos, que apresento como resultado parcial de investigação mais ampla. Ressaltamos que a companhia em questão integra uma teia de grupos que mudaram o panorama teatral da cidade de São Paulo, amparados por política cultural que prevaleceu entre 2002 a 2019. Além das fontes bibliográficas identificadas ao longo do texto, tais como Romeo (2022), Costa e Carvalho (2008), Desgranges e Lepique (2012) e Gomes e Mello (2014), temos como fonte oral deste estudo o artista em questão, que discorre sobre seus processos criativos e os impactos de políticas culturais (ou da ausência destas) nos coletivos que atuam na periferia, particularmente com teatro. PALAVRAS-CHAVE: Teatro de grupo. Direção teatral. Periferia. Política cultural.

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Biografia do Autor

Rosyane Trotta, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Professora de Direção Teatral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), atua no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, no campo de Processos de Criação. É bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq, com projeto sobre o teatro das periferias. Dedica-se à pesquisa sobre dramaturgia colaborativa e os sistemas de organização e criação em grupo. Faz pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), sob a supervisão de Antônio Araújo, com projeto sobre o teatro de grupo nas periferias de São Paulo, sob a vigência da Lei de Fomento.

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Publicado

2024-12-04