A ILHA QUE EU SOU: mapeamento performativo do corpo-território
Resumo
O ensaio contém um relato analítico sobre a prática artística intitulada: A ilha que eu sou, definida como um jogo de mapeamento somático-performativo. O projeto nasceu da pergunta: como seriam os corpos como territórios se eles fossem ilhas rodeadas por um oceano de afetos? A realização metodológica dessa prática se desenvolveu durante a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas, realizada junto ao PPGAC-UFBA, intitulada Performando na borda da corpo-guerra: uma série documental sobre os contrapontos na ferida do trauma, gestada no meio do isolamento decorrente da pandemia da covid-19. A prática artística vem ganhando força e alcance ao longo desses três anos, conseguindo atingir pessoas de vários países como Estados Unidos, México, Uruguai, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e França. A experiência artística aqui relatada tem o objetivo de expelir vivências, através de um mapeamento, e encontrar, na clivagem entre “zonas de paz” e “zonas de guerra” dos corpos indignados, a demarcação do limite daquelas experiências no repertório das memórias corporais dos performers. A potência do mapeamento, enquanto análise do corpo como território em disputa, é um catalisador para a criação performativa e, com isso, instaura um estado de presença e de inventividade, que delineia uma identidade ética, poética e estética nas criações cênicas. Compreende-se que a coletividade dos corpos indignados e os seus processos artísticos são também atos políticos pertencentes a um corpo coletivo. PALAVRAS-CHAVE: Corpo-trauma. Performance. Artes cênicas. Artistas do corpo.
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