POÉTICAS SONORAS DE DISSIDÊNCIAS E “REXISTÊNCIAS”: os (trans)feminicídios e racismos epistêmicos e musicais no Brasil

Autores

  • Laila Rosa

Resumo

A expressão “reXistência” utilizada pela ativista e transfeminista Viviane Vergueiro (2016) cai como uma luva para compreender de que forma os estudos feministas, queer e decoloniais têm a contribuir sobre o debate de gênero numa perspectiva interseccional que permeia o campo da materialidade musical, dos artivismos feministas e também o campo da produção de conhecimento sobre música no Brasil. A mesma considera as articulações entre a categoria gênero e as relações étnicorraciais, dissidências sexuais e demais marcadores sociais da diferença, tais quais, classe social, geração, acessibilidade, dentre tantos outros. Estas elaboram e são elaboradas por produções de conhecimento e engajamentos com sujeitxs, comunidades e grupos dissidentes que permanecem invisibilizados no campo dos estudos sobre música no Brasil. Deste modo, interessa aqui discutir sobre a relevância das abordagens
e vivências reXistentes de corpos periféricos que foram
e continuam “deslocados” e “fronteiriços”, compondo espaços de reXistência ao racismo e (trans)feminicídios epistêmicos em música, seja através dos seus artivismos, seja através de sua produção de conhecimento de cunho mais teórico.

PALAVRAS-CHAVE:

(Trans)Feminismos decoloniais.
Racismo epistêmico em música no Brasil. Artivismos feministas.

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Biografia do Autor

Laila Rosa

Musicista, compositora, cantora, instrumentista e pesquisadora pernambucana. Graduada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), é mestre (2005) e doutora em Música - etnomusicologia pela Universidade Federal da Bahia (2009), com bolsa CAPES de doutorado sanduíche de 1 ano realizado na New York University (Nova York, 2007-2008), onde esteve vinculada ao Center for Latin American and Caribbean Studies (CLACS) e ao Programa de Pós-Graduação em música. Desde 2010 é professora adjunta da Escola de Música, do Programa de Pós-Graduação em Música, onde é também coordenadora desde 2016, e do Programa de Pós-Graduação em Estudos sobre Gênero, Mulheres e Feminismo, ambos da UFBA. É pesquisadora permanente do NEIM/UFBA (Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher), e também pesquisadora dos grupos GEMBA (Grupo de Estudo e Pesquisa de Música na Bahia)/UFBA e do Grupo Estudos de Gênero, Corpo e Música/UFRGS. É coordenadora da Feminaria Musical: grupo de pesquisa e experimentos sonoros, que integra a linha da pesquisa Gênero, Cultura e Arte do NEIM.

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Publicado

2020-02-06