LETRAMENTO DIGITAL E DE REEXISTÊNCIA:

O INSTAGRAM E A EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NO BRASIL

Autori

DOI:

https://doi.org/10.9771/ell.v0i78.55614

Parole chiave:

Letramento Digital, Educação Antirracista, Letramento de reexistência, Concepção Dialógica, Instagram

Abstract

Este artigo busca investigar, do ponto de vista da concepção dialógica, o que a interação via Instagram, em páginas que privilegiam discussões e propostas referentes às culturas afro-brasileiras e africanas, propicia de aprendizagem sobre antirracismo e de que maneira essa aprendizagem se vincula aos chamados letramento digital e letramento de reexistência. Para isso, parte-se da pesquisa realizada em três perfis do Instagram: Ativismo Negro, Pretitudes e Precisamos falar de racismo, a fim de esclarecer se essa plataforma de mídia social tem possiblidades de influenciar a aprendizagem sobre antirracismo, considerando, para alcançar esse objetivo, autores do campo da Análise Dialógica do Discurso, da educação antirracista, do letramento digital e dos fundamentos do letramento de reexistência. Nesse sentido, a análise demonstrou que esses sites cumprem sua proposta de mostrar a voz desses povos, buscando instigar muitos interlocutores, inclusive estudantes, a conhecerem melhor as culturas afro-brasileiras, podendo contribuir, desse modo, para uma educação antirracista.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

ATIVISMO NEGRO (@ativismonegro). 2021. Instagram. Disponível em: https://www.Instagram.com/ativismonegro/. Acesso em: 25 de out. de 2021.

BAKHTIN, M. Os Gêneros do Discurso. São Paulo: Editora 34, 2016.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

COSTA, B. J.; GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e perspectiva negra. Sociedade e Estado, v. 31, p. 15-24, 2016.

FILHO, F. A.; SANTOS, E. P. O tema da enunciação e o tema do gênero no comentário online. Fórum Linguístico, v. 10, n. 2, p. 78-90, 2013.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREITAS, M. T. A. Letramento digital e formação de professores. Educação em Revista, v. 26, p. 335-352, 2010.

LEDA, M. C. Teorias pós-coloniais e decoloniais: Para repensar a sociologia da modernidade. (Apresentação de Trabalho/Congresso), 2015.

MALDONADO-TORRES, N. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Tradução de Inês Martins Ferreira. Revista Crítica de Ciências Sociais. v. 1, n. 80, p. 71-114, 2008.

MOREIRA, C. Letramento digital: do conceito à prática. Anais do SIELP, v. 2, n. 1, Uberlândia: EDUFU, 2012.

OLIVEIRA, L. F. de; CANDAU, V. M. F.. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista. v. 26, n .01, p. 15-40, 2010.

Precisamos Falar de Racismo (@precisamosfalarderacismo). 2021. Instagram. Disponível em: https://www.Instagram.com/precisamosfalarderacismo/. Acesso em: 28 de out. de 2021.

Pretitudes (@pretitudes). 2021. Instagram. Disponível em: https://www.Instagram.com/pretitudes/. Acesso em: 03 de nov. de 2021.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 117-142

RODRIGUES, A. C. L. Culturas Negras no currículo escolar: apresentando o Samba como possibilidade de resistência cultural. 2015. 197f. Tese (Pós-Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

SILVA, F. S.; SERAFIM, M. L. Redes sociais no processo de ensino e aprendizagem: com a palavra o adolescente. In: SOUSA, RP., et al. (orgs). Teorias e práticas em tecnologias educacionais. Campina Grande: EDUEPB, 2016. p. 67-98.

SILVA, R. O.; ANDRE, R. G.; WANDERLEY, S.; BAUER, A. P. M. Josué de Castro e a Colonialidade do Poder, do Ser e do Saber: Uma Contribuição para a Opção Decolonial em Estudos Organizacionais. Sociedade, contabilidade e gestão. Rio de Janeiro, v. 12, p. 41-60, 2020.

SILVA, S. P. Letramento digital e formação de professores na era da Web 2.0: o que, como e por que ensinar?. Hipertextus Revista Digital, v. 08, p. 01-13, 2012.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

SOBRAL, A.; GIACOMELLI, K. Das significações na língua ao sentido da linguagem: parâmetros para uma análise dialógica. Linguagem em (Dis)curso, v. 18, n. 1, 2018.

SOBRAL, A.; GIACOMELLI, K.. Observações didáticas sobre a Análise Dialógica do Discurso - ADD. Domínios de lingu@gem, v. 10. n. 3, p. 1076-1094, 2016.

SOBRAL, A.; GIACOMELLI, K. O sentido como um vir a ser: apontamentos bakhtinianos sobre linguagem e realidade. Revista da ABRALIN, v. 18, n. 1, 2019.

SOUZA, A. L. S. Letramentos de reexistência: culturas e identidades no movimento hip-hop. 2009. 219f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas - SP, 2009.

SOUZA, A.L.S. Linguagem e Letramentos de Reexistência: Exercício para a Reeducação das Relações Raciais na Escola. Linguagem em foco. v. 8, p. 10-10-10, 2016.

VIEIRA, V. S.; BIANCONI, M. L.; DIAS, M. Espaços Não-Formais de Ensino e o Currículo de Ciências. Ciência e Cultura (SBPC), v. 57, p. 21-23, 2005.

VOLÓCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017.

##submission.downloads##

Pubblicato

2024-09-28

Come citare

VALIM VARGAS, G.; SOBRAL, A.; GIACOMELLI, K. LETRAMENTO DIGITAL E DE REEXISTÊNCIA: : O INSTAGRAM E A EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NO BRASIL. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 78, p. 460–488, 2024. DOI: 10.9771/ell.v0i78.55614. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/55614. Acesso em: 21 nov. 2024.

Fascicolo

Sezione

Dossiê Linguagem e Racismo