PLANIFICATION URBAINE ET PARTICIPATION POLITIQUE: de l’Espagne au Brésil

Auteurs

  • Jefferson Oliveira Goulart Universidade Estadual Paulista

DOI :

https://doi.org/10.9771/ccrh.v34i0.25277

Mots-clés :

Urbanisme, Participation Politique, Espagne, Plans Directeurs, Politique Urbaine

Résumé

Cet revue de littérature interdisciplinaire, basé sur une recherche documentaire institutionnelles, analyse l’idéal participatif dans le domaine de la planification urbaine, en examinant comment le thème apparaît dans le cadre institutionnel de la politique urbaine en Espagne à l’époque contemporaine. En ce qui concerne les paramètres analytiques, on suppose
que les normes institutionnelles déterminent les mécanismes de participation. La participation aux
processus de formulation et de mise en œuvre des politiques publiques renvoie au débat sur les théories
démocratiques et est abordée dans les limites de ses énoncés normatifs et de leurs règles correspondantes. Le cadre institutionnel de la participation à la
planification urbaine, en Espagne, est identifié dans les principes constitutionnels, dans la législation
ordinaire et dans la loi foncière, dans lesquels on observe un faible degré d’institutionnalisation. Ensuite, on fait quelques observations sur le cas
brésilien, dans lequel, malgré les revers les plus récents, un degré plus élevé d’institutionnalisation
participative dans la politique urbaine est toujours en vigueur.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Jefferson Oliveira Goulart, Universidade Estadual Paulista

Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutorado em Sociologia Urbana pela Universidad Complutense de Madrid, professor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) e pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea
(Cedec). Foi secretário municipal de planejamento e presidente do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (IPPLAP). Publicações: O debate sobre a participação no planejamento urbano no Brasil contemporâneo. Oculum Ensaios, v. 17, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.24220/2318-0919v17e2020a4488; Desenvolvimento e Planejamento Urbano em cidades médias. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2017. (com Terci, E. T.; Otero, E. V.); O marco institucional da política urbana na Espanha e apontamentos comparativos com o Brasil. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 103, p. 233-259, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-129/103.

Références

ALGUACIL GÓMEZ, J. (ed.). Poder local y participación democrática. Madrid: El Viejo Topo, 2006.

AVELINO, D. P. Cidade e cidadania: considerações sobre a gestão democrática na política urbana brasileira. In: COSTA, M. A. (org.). O Estatuto da Cidade e a Habitat III: um balanço de quinze anos da política urbana no Brasil e a Nova Agenda Urbana. Brasília: IPEA, 2016. p. 131-157.

AVRITZER, L. Instituições participativas e desenho institucional: algumas considerações sobre a variação da participação no Brasil democrático. Opinião Pública, Campinas, v. 14, n. 1, p. 43-64, 2008.

BLANCO, I.; SUBIRATS, J. Políticas urbanas en España: dinámicas de transformación y retos ante la crisis. Geopolítica(s), Beira, v. 3, n. 1, p. 15-33, 2012.

BOBBIO, N. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 jul. 2021.

BRASIL. Lei 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, de 11 de julho de 2001, 2. ed. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, [2002].

CALDEIRA, T. P. R.; HOLSTON, J. Estado e espaço urbano no Brasil: do planejamento modernista às intervenções democráticas. In: AVRITZER, L. (org.). A participação em São Paulo. São Paulo: Ed. Unesp, 2004. p. 215-255.

CASTELLS, M. Cidade, democracia e socialismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

CASTELLS, M.; BORJA, J. As cidades como atores políticos. Novos Estudos, São Paulo, n. 45, p. 152-166, 1996.

COSTA, M. I. et al. Explorando nuevas políticas urbanas. In: CONGRESO DE LA ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE CIENCIA POLÍTICA Y DE LA ADMINISTRACIÓN, 10., 2011, Murcia. Anais […]. Murcia: Universidad de Murcia, 2013.

DE LA FUENTE, J. M. R. Contra la participación: discurso y realidad de las experiencias de participación ciudadana. Política y Sociedad, Madrid, v. 47, n. 3, p. 93-108, 2010.

DE LA ROSA, F. J. U. Sociología urbana: de Marx a Engels a las escuelas postmodernas. Madrid: Centro de Investigaciones Sociológicas, 2014.

ECHALECU CASTAÑO, A. I. La participación ciudadana en los planes de ordenación urbana. Análisis y propuesta. El caso concreto de Pamplona-Iruñea. Azkoaga, Logroño, n. 8., p. 123-138, 2001.

ESPANHA. [Constituição (1978)]. Constitución Española de 1978. Boletín Oficial del Estado: núm. 311, de 29 de deciembre de 1978. Madrid: Congreso de los Diputados: Padres de la Constitución, 1978.

ESPANHA. Ley 7/1985, de 2 de abril de 1985. Reguladora de las Bases del Régimen Local. Boletín Oficial del Estado: núm. 80, de 03 de abril de 1985. Madrid: Jefatura del Estado, 1985. Disponível em: https://www.boe.es/buscar/pdf/1985/BOE-A-1985-5392-consolidado.pdf. Acesso em: 28 jun. 2016.

ESPANHA. Ley 57/2003, de 16 de diciembre. Medidas para la modernización del gobierno local. Boletín Oficial del Estado: núm. 301, de 17 de diciembre de 2003. Madrid: Jefatura del Estado, 2003. Disponível em: https://www.boe.es/buscar/pdf/2003/BOE-A-2003-23103-consolidado.pdf. Acesso em: 30 jun. 2016.

ESPANHA. Real Decreto Legislativo 1/1992, de 26 de junio. Aprueba el texto refundido de la Ley sobre el Régimen del Suelo y Ordenación Urbana. Boletín Oficial del Estado: núm. 156, de 30 de junio de 1992, p. 22238-22274. Madrid: Ministerio de Obras Públicas y Transportes, 1992. Disponível em: https://www.boe.es/boe/dias/1992/06/30/pdfs/A22238-22274.pdf. Acesso em: 14 jul. 2021.

ESTEVE, J. M. P.; GORGORIÓ, M. T. Estrategia Territorial y Gobierno Relacional – Manual para Planificación Estratégica de 2ª Generación. Sevilla: Junta de Andalucía; Consejeria de Gobernación, 2009.

FRANZÉ, J. ¿Una VOX en el desierto? Nueva Sociedad, Buenos Aires, out. 2020. Disponível em: https://www.nuso.org/articulo/una-vox-en-el-desierto/. Acesso em: 2 jun. 2021.

GOULART, J. O. O debate sobre a participação no planejamento urbano no Brasil contemporâneo. Oculum Ensaios, Campinas, v. 17, p. 1-17, 2020. Disponível em: https://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/view/4488/3040. Acesso em: 30 jul. 2021.

GOULART, J. Processo constituinte e arranjo federativo. Lua Nova, São Paulo, n. 88, p. 185-215, 2013.

GOULART, J. O.; TERCI, E. T. E.; OTERO, E. V. Planos Diretores e participação política: políticas públicas de planejamento entre o empresariamento e o Estatuo da Cidade. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 50, n. 3, p. 455-476, 2016.

HABERMAS, J. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.

HARVEY, D. Do gerenciamento ao empresariamento: a transformação da administração urbana no capitalismo tardio. Espaço & Debates – Revista de Estudos Regionais e Urbanos, ano XVI, n. 39, p. 48-64, 1996.

IGLESIAS, M. et al. (ed.). Políticas urbanas en España. Grandes ciudades, actores y gobiernos locales. Barcelona: Icària, 2011.

LAVALLE, A. G.; VERA, E. I. A trama da crítica democrática: da participação à representação e à accountability. Lua Nova, São Paulo, n. 84, p. 353-364, 2011.

LINZ, J.; STEPAN, A. Problems of democratic transitions and consolidation. Southern Europe, South America, and post-communist Europe. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1996.

MAASS, G. El poder de la calle ¿Hacia dónde va Podemos? Nueva Sociedad, Buenos Aires, mar. 2017. Disponível em: http://nuso.org/articulo/el-poder-de-la-calle/. Acesso em: 27 mar. 2017.

MANIN, B. As metamorfoses do governo representativo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 10, n. 29, p. 5-34, 1995.

MARICATO, E. Para entender a crise urbana. São Paulo: Expressão Popular, 2015.

MARTÍ-COSTA, M.; BONET-MARTÍ, J. Los movimientos urbanos: de la identidad a la glocalidad. In: COLOQUIO INTERNACIONAL DE GEOCRITICA, 10., 2008, Barcelona. Anais […]. Barcelona: Universidad de Barcelona, 2008. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-270/sn-270-121.htm. Acesso em: 12 fev. 2016.

MARTÍ-COSTA, M.; PYBUS, M. La participación en el urbanismo: los planes de ordenación urbanística municipal en Cataluña. Gestión y Análisis de Políticas Públicas, Nueva Época, Madrid, n. 10, p. 1-14, 2013.

MEDRANO, J. A. R. Los 10 errores más básicos y frecuentes en El urbanismo español. Actualidad Jurídica Ambiental, Sória, n. 52, p. 1-23, 2015.

MIGUEL, L. F. Teoria da democracia atual: esboço de mapeamento. BIB – Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, n. 59, p. 5-42, 2005.

O’DONNELL, G. Poliarquias e a (in)efetividade da lei na América Latina. Novos Estudos, São Paulo, v. 2, n. 51, p. 37-61, 1998.

PARÉS, M. (coord.). Participación y calidad democrática: evaluando las nuevas formas de democracia participativa. Barcelona: Ariel, 2010.

PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

PILATTI, A. A Constituinte de 1987-1988: progressistas, conservadores, ordem econômica e regras do jogo. Rio de Janeiro: Lumen Juris: Ed. PUC-RJ, 2008.

ROCHA, A. S. Genealogia da Constituinte: do autoritarismo à democratização. Lua Nova, São Paulo, n. 88, p. 29-87, 2013.

ROLNIK, R. Democracia no fio da navalha: limites e possibilidades para a implementação de uma agenda de Reforma Urbana no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 31-50, 2009.

SALGADO, C. F. Democracia y participación: el Plan General de Madrid de 1985. Cuadernos de Investigación Urbanística – Ci[ur], Madrid, Año IV, n. 79, 2011.

SANTOS JR., O. A.; DINIZ, T. M. R.; SAULE JR., N. (org.). Dossiê do desmonte da Política Urbana Federal nos governos Temer e Bolsonaro e seus impactos sobre as cidades: violações de direitos humanos e os riscos de construção de cidades intolerantes, excludentes, injustas e antidemocráticas. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2020. Disponível em: https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/wp-content/uploads/2020/02/Dossi%C3%AA-FNRU-2020-Final.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.

SANTOS JR., O. A.; MONTANDON, D. T. Os Planos Diretores Municipais pós-estatuto da cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Cidades: IPPUR/UFRJ, 2011.

SANTOS, M. R. M. O sistema de gestão e participação democrática nos planos diretores brasileiros. In: SANTOS JR., O. A.; MONTANDON, D. T. (org.). Os Planos Diretores Municipais Pós-Estatuto da Cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Cidades: IPPUR/UFRJ, 2011.

SCHUMPETER, J. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.

TEIXEIRA, A. C. C. Trajetórias do ideário participativo no Brasil. Caderno CRH, Salvador, v. 33, p. 1-15, 2020.

TELLERIA, I; AHEDO, I. Movimientos urbanos y democratización en la ciudad: una propuesta de análisis. Revista Española de Ciencia Política, n. 40, p. 91-115, 2016.

VAINER, C. B. Pátria, empresa e mercadoria: notas sobre a estratégia discursiva do Planejamento Estratégico Urbano. In: ARANTES, O. B. F.; VAINER, C. B.; MARICATO, E. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2000.

WHITAKER, F. et al. Cidadão constituinte: a saga das emendas populares. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

Téléchargements

Publiée

2021-09-15

Comment citer

Goulart, J. O. (2021). PLANIFICATION URBAINE ET PARTICIPATION POLITIQUE: de l’Espagne au Brésil. Caderno CRH, 34, e021011. https://doi.org/10.9771/ccrh.v34i0.25277