VIOLÊNCIA E POBREZA: janelas quebradas e o mal-estar da civilização
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v18i45.18539Resumen
O artigo faz uma revisão crítica do pragmatismo americano que situa no sujeito, primordialmente, a forma social de ser e de agir, colocando em segundo plano as condições sociais de vida. O puritanismo calvinista, o moralismo e a ideologia do Ocidente são analisados, situando a realidade brasileira e o convívio com a violência crescente, focando a questão da construção social do medo e da juventude, sobretudo a dos bairros periféricos, e marcada pela condição de ser afro-descendente, o que implica no racismo estrutural da sociedade brasileira. Retomando Weber, e fazendo um contraponto – e não uma contraposição – com Freud, o autor chega à inevitável conclusão da violência como uma resposta ao “mal-estar da civilização”, mas, sobretudo da civilização brasileira, onde, verdadeiramente, Cristo não morreu por todos, nem tampouco o capitalismo é para todos.Palavras-chave: violência, criminalidade, polícia, juventude, exclusão.
ViolENCE AND POVERTY: broken windows and civilization uneasiness
Gey Espinheira
The paper makes a critical revision of the American pragmatism that places the social form of being and acting on first place on the subject and secondly on social life conditions. The Calvinist Puritanism, moralism and the ideology of the West are analyzed, contextualizing the Brazilian reality and the familiarity with the growing violence, focusing on the issue of social construction of fear and on youths, especially the ones from the peripheral districts, who are marked by the condition of being Afrodescents, thus resulting in structural racism of the Brazilian society. Resuming to Weber and making a counterpoint and not a contraposition, the author resorts to Freud to come to the inevitable conclusion of violence as an answer to “civilization uneasiness”, above all of the Brazilian civilization, where Christ definitely did not die for all and neither is capitalism for all.
Key words: violence, criminality, police, youths, exclusion.
VIOLENCE ET PAUVRETE: fenêtres brisées et le mal-être de la civilisation
Gey Espinheira
Cet article présente une révision critique du pragmatisme américain qui place, avant tout, dans le sujet la forme sociale d’être et d’agir, en reléguant au second plan les conditions sociales de vie. Le puritanisme calviniste, le moralisme et l’idéologie de l’Occident y sont analysés, situant la réalité brésilienne et son rapport avec une violence croissante, en mettant l’accent sur le problème de la construction sociale de la peur et de la jeunesse, surtout dans la périphérie, et marquée par le fait d’être afro descendante, ce qui implique un racisme structurel de la société brésilienne. En reprenant Weber, et en faisant un contrepoint - et non pas une contre position – avec Freud, l’auteur en arrive à l’inévitable conclusion de la violence comme réponse au “mal-être de la civilisation”, mais surtout de la civilisation brésilienne où véritablement le Christ n’est pas mort pour tout le monde et bien moins encore en est-il du capitalisme qui n’est pas fait pour tous.
Mots Clés: violence, criminalité, police, jeunesse, exclusion.
Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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Publicado
2006-08-21
Cómo citar
Espinheira, G. (2006). VIOLÊNCIA E POBREZA: janelas quebradas e o mal-estar da civilização. Caderno CRH, 18(45). https://doi.org/10.9771/ccrh.v18i45.18539
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Artigos
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