TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS, POTÊNCIAS EMERGENTES E COOPERAÇÃO SUL–SUL: desafios para a cooperação europeia

Authors

  • Bruno Ayllón Pino Instituto Universitario de Desenvolvimento e Cooperação da Universidade Complu

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v25i65.19348

Keywords:

Países emergentes, cooperação Sul-Sul, instrumentos de cooperação, cooperação triangular, parceria estratégica UE-Brasil.

Abstract

A União Europeia (UE) e seus Estados Membros enfrentam o desafio de adaptar sua política de cooperação para o desenvolvimento a um mundo marcado por rápidas mudanças na criação e distribuição da riqueza e na difusão do poder. A ascensão dos países emergentes, o auge da Cooperação Sul–Sul (CSS), os avanços na luta contra a pobreza em Países de Renda Média (PRM), ou o impacto traumático da crise nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), são fatores que originarão grandes transformações estruturais e obrigarão uma modificação do sentido e da prática da cooperação europeia. A negociação das perspectivas financeiras para 2014-2020 e a reforma nos instrumentos de cooperação da Comissão Europeia (CE) constituem uma primeira resposta a essas mudanças. O maior interesse demonstrado pela CSS em alguns Estados Membros e o desencadeamento de iniciativas de cooperação triangular com países como o Brasil representam um sinal da busca de horizontalidade e complementaridade na cooperação europeia com os países latino-americanos.

PALAVRAS-CHAVE: países emergentes, cooperação Sul-Sul, instrumentos de cooperação, cooperação triangular, parceria estratégica UE-Brasil.

GLOBA TRANSFORMATIONS, EMERGING POTENCIES AND THE SOUTH-SOUTH COOPERATIONS: challenges for the European cooperation
Bruno Ayllón Pino

The European Union (EU) and its Member States face the challenge of adapting its policy of cooperation for the development to a world stressed by swift changes in the creation and distribution of wealth and in the diffusion of power. The rise of the emerging countries, the peak of the South-South Cooperation (SSC), the advances in the fight against poverty in countries with an average income, or the traumatic impact of the crisis on the countries of the Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE) are factors that give origin to major structural transformation and demand a modification of the sense and practice of European cooperation. The negotiation of financial perspectives for 2014-2020 and the renovation of the instruments of cooperation of the European Commission (CE) are a first answer to these changes. The major concerns demonstrated by SSC in some of the member states, as well as the initiatives of triangular cooperation triggered in countries like Brazil are a sign of search of horizontality and complementarity in the European cooperation with Latin-American countries.

KEY WORDS: emerging countries, South-South cooperation, cooperation instruments, triangular cooperation, EU-Brazil strategic association.

TRANSFORMATIONS MONDIALES, PUISSANCES EMERGENTES ET COOPERATION SUD-SUD: les défis de la coopération europénne
Bruno Ayllón Pino

L’Union Européenne (UE) et ses États Membres sont confrontés au défi d’adapter leur politique de coopération pour le développement à un monde marqué par des changements rapides quant à la création et à la distribution des richesses ainsi qu’à la diffusion du pouvoir. La montée des pays émergents, l’apogée de la Coopération Sud-Sud (CSS), les progrès réalisés au niveau de la lutte contre la pauvreté dans les pays de Revenus Moyens (PRM), ou l’impact traumatisant de la crise dans les pays de l’Organisation pour la Coopération et le Développement Économique (OCDE), sont des facteurs à la base de grandes transformations structurales et ont imposé un changement de sens et de pratique de la coopération européenne. La négociation des perspectives financières pour 2014-2020 et la réforme des instruments de coopération de la Commission Européenne (CE) constituent une première réponse à ces changements. L’intérêt majeur de la CSS dans certains États Membres et le déclenchement d’initiatives de coopération triangulaire avec des pays comme le Brésil sont signes d’une recherche d’horizontalité et de complémentarité de la coopération européenne avec les pays d’Amérique Latine.

MOTS-CLÉS: pays émergents, coopération Sud-Sud, instruments de coopération, coopération triangulaire, Association stratégique UE-Brésil.

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Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh

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Author Biography

Bruno Ayllón Pino, Instituto Universitario de Desenvolvimento e Cooperação da Universidade Complu

Doutor em Relações Internacionais. Pesquisador e professor associado ao Instituto Universitario de Desenvolvimento e Cooperação da Universidade Complutense de Madri, Espanha. Pesquisador com bolsa do PNPD (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA) no projeto Cooperação Internacional ao Desenvolvimento. Pesquisador associado ao Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP. Professor visitante em Universidades argentinas e brasileiras. Professor do Mestrado em Relações Internacionais da Universidade del Salvador, Buenos Aires, Argentina. Tem experiência e trabalha como professor, pesquisador e consultor na área de Ciência Política, Relações Internacionais, Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, Cooperação Sul-Sul, Relações Brasil Espanha, Relações União Européia - America Latina, Processos de Integração na América do Sul (MERCOSUL), Teoria das Relações Internacionais e Sistema Político Brasileiro. Publicações recentes: As contribuições do Brasil ao desenvolvimento internacional: coalizões emergentes e Cooperação Sul Sul, Revista CIDOB d’Afers Internacionals (1985), 2012; Agentes transformadores da Cooperação para o Desenvolvimento: poderes emergentes e Cooperação Sul-Sul. Relaciones internacionales (La Plata), 2011; Cooperação triangular e redes de desenvolvimento Sul Sul Norte, Redes de Cooperação, 2011.

Published

2012-11-20

How to Cite

Ayllón Pino, B. (2012). TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS, POTÊNCIAS EMERGENTES E COOPERAÇÃO SUL–SUL: desafios para a cooperação europeia. Caderno CRH, 25(65). https://doi.org/10.9771/ccrh.v25i65.19348