AFINAL, QUEM FOI VOTAR EM 2022
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.55559Palavras-chave:
Eleições, Comparecimento, Voto, Democracia, AbstençãoResumo
A eleição presidencial de 2022 foi a mais competitiva das já realizadas no país. Em uma disputa com resultados tão incertos, detalhes pouco considerados em pleitos passados poderiam fazer diferença para o resultado. Entre esses, a abstenção eleitoral ganhou um destaque especial nos dois turnos. A crença de que a taxa de comparecimento poderia influenciar o resultado da eleição orientou os coordenadores das campanhas de Lula e Bolsonaro a agir em favor do comparecimento eleitoral ao longo da reta final da campanha. Este trabalho analisa as taxas de comparecimento e o perfil sociodemográfico dos eleitores que foram às urnas e os que se abstiveram do pleito nos dois turnos em 2022. Também analisaremos o perfil daqueles que justificam o voto. Os resultados apontam que a taxa de comparecimento das eleições de 2022 (79% no primeiro turno, 80% no segundo turno) é semelhante à de eleições anteriores. A novidade é que o percentual dos eleitores que compareceram no segundo turno foi, pela primeira vez, superior aos do primeiro turno.
Downloads
Referências
AGUIAR, N. Voto facultativo no Brasil e reforço dedesigualdades: apoio a cotas raciais e participação não-eleitoral entre eleitores involuntários.Teoria & Pesquisa:Revista de Ciência Política, v. 27, n. 2, p. 95-121, 2018.
AGUIAR, N. N.; CASALECCHI, G. What if the vote wereoptional? Expectation for voluntary electoral participationin Brazil and the role of socioeconomic status.OpiniãoPública, v. 27, n. 1, p. 261-297, 2021.
BORBA, J. As bases sociais e atitudinais da alienaçãoeleitoral no Brasil.Revista Debates, v. 2, n. 2, p. 134-157,2008.
CANCELA, J.Abstenção e participação em Portugal:diagnóstico e hipóteses de reforma. Cascais: CâmaraMunicipal de Cascais, 2018.
CEPALUNI, G.; HIDALGO, F. D. Compulsory votingcan increase political inequality: Evidence from brazil.Political Analysis, v. 24, n. 2, p. 273-280, 2016.
FRANKLIN, M. N.Voter Turnout and the Dynamics ofElectoral Competition in Established Democracies since1945. Cambridge: Cambridge University Press, 2014.
GALLEGO, A.Unequal Political Participation Worldwide.Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
KOUBA, K.; MYSICKA, S. Should and Does CompulsoryVoting Reduce Inequality?SAGE Open, v. 9, n. 1, 2019.
LEIGHLEY, J. E.; NAGLER, J.Who votes now? demographics,issues, inequality and turnout in the United States.Princeton: Princeton University Press, 2014
LIJPHART, A. Unequal Participation: democracy'sunresolved dilemma.American Political Science Review, v.91, n. 1, p. 1-14, 1997.
NICOLAU, J. Quem iria votar se não fosse obrigado?O papel do interesse pela política no comparecimentoeleitoral no Brasil.Revista de Sociologia e Política, v. 30,p. e008, 2022..
PLUTZER, E.et alDemographics and the social bases ofvoter turnout. In:The Routledge Handbook of Elections,Voting Behavior and Public Opinion. New York: Routledge,2017. p. 69-82.
SILVA, E. C. A.Alheamento eleitoral: um estudo sobreo segundo turno da eleição presidencial de 2018.Florianópolis: Monografia de Conclusão de graduação em Ciências Sociais (UFSC), 2022.
SPECK, B. W.; PEIXOTO, V. D. M.Participação eleitoralnas disputas nacionais, estaduais e municipais no Brasil(1998-2020).Revista Brasileira de Ciência Política, n. 39,p. 1-42, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo da revista, exceto onde indicado de outra forma, é licenciado sob uma atribuição do tipo Creative Commons BY.
O periódico Caderno CRH on-line é aberto e gratuito.