QUEM SE TORNA CONGRESSISTA? o impacto das alterações legais na composição da Câmara dos Deputados (2002-2022)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.55322

Palavras-chave:

Deputados federais, Regras eleitorais, Eleições, Candidaturas, Câmara dos Deputados

Resumo

Respeitando o princípio da anualidade das leis eleitorais, as reformas políticas têm ocorrido em anos ímpares por iniciativa do Congresso Nacional. Somam-se a elas, o papel ativo da justiça na interpretação das regras vigentes e na formulação de resoluções que alteram a lógica do regramento que norteia os pleitos. Com base em tais aspectos, o principal objetivo desse artigo é compreender, a partir de informações disponíveis nos repositórios de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quanto as alterações legais são capazes de alterar o perfil das candidaturas e, adicionalmente, o quanto impactam em quem serão os eleitos. Diante de tal esforço, este trabalho partirá da hipótese basilar de que o perfil das candidaturas, em maior medida, e dos eleitos, sob menor impacto, mudam de acordo com variações de natureza institucional-legal. Reforçaria tal argumentação o fato de que variáveis que não passaram por alterações legais no período de 2002 a 2022 não sofrem movimentações dignas de destaque quando consideradas candidaturas e pessoas eleitas ao cargo de deputado federal. São exemplos de variáveis que passaram por mudanças, ou foram diretamente impactadas pela lei: o total de candidaturas, o total de partidos, a média de candidaturas por partidos, as candidaturas femininas, as candidaturas de pessoas negras e as candidaturas sob coligações. Em contrapartida, o total de eleitos, a média de idade, o percentual de jovens, a escolaridade, o estado civil, a busca pela reeleição e a naturalidade dos candidatos – estado onde nasceram – não passaram por alterações.

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Biografia do Autor

Humberto Dantas, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe

Mestre e doutor em Ciência Política (USP), com pós-doutorado em administração pública (FGV-SP). Coordenador e professor da graduação em gestão pública da Fipe, coordenador da pós-graduação em ciência política da FESPSP e organizador do livro Governabilidade – instituições, atores e estratégias, KAS, 2023. Disponível em: www.kas.de/brasil

Bruno Silva, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Araraquara

 Graduado e mestre em Ciências Sociais (UNESP/Araraquara). Pesquisador do Laboratório de Política e Governo (UNESP/Araraquara). Possui experiência como professor universitário e atualmente coordena programas de Educação Política no setor corporativo. Publicou recentemente o seguinte artigo: VASQUEZ, V.; CURI, H.; SILVA, B. S. Prefeitos e a Construção do Apoio Legislativo nos Municípios. Dados [online]. 2021, v.64, n.02 [viewed 27 September 2021]. https://doi.org/10.1590/dados.2021.64.2.237.

Cláudio André Souza, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor Adjunto de Ciência Política da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Campus dos Malês. Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Suas mais recentes publicações são a organização do livro Dicionário das Eleições (Juruá, 2020) e o artigo Governismo em cena: notas preliminares sobre a influência dos prefeitos na eleição ao governo estadual da Bahia em 2022. Cadernos do CEAS: Revista crítica de Humanidades, 47(257), 513–542. https://doi.org/10.25247/2447-861X.2022. n257.p513-542.

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Publicado

2024-05-17

Como Citar

Dantas, H. ., Silva, B., & Souza, C. A. (2024). QUEM SE TORNA CONGRESSISTA? o impacto das alterações legais na composição da Câmara dos Deputados (2002-2022). Caderno CRH, 37, e024008. https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.55322

Edição

Seção

Dossiê 1