ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL ENQUANTO PROBLEMA SOCIAL EM FORTALEZA, CEARÁ

Autores

  • Irlena Maria Malheiros da Costa Universidade Federal do Ceará http://orcid.org/0000-0002-1275-0875
  • César Barreira Universidade Federal do Ceará. Departamento de Ciências Sociais. http://orcid.org/0000-0001-5651-9723
  • Luis Silva Barros Universidade Federal do Ceará
  • Jackeline S. Jerônimo de Souza Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v34i0.42001

Palavras-chave:

Abuso sexual, Problema social, CREAS, Enactment.

Resumo

Neste artigo, descrevemos e analisamos o processo de atuação (enactment) do abuso sexual infantojuvenil como um “problema social” a ser enfrentado pela Rede de Atenção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Sexual de Fortaleza, Ceará (Rede). Foram observadas práticas e experiências, sejam coletivas ou individuais, que mobilizam e articulam múltiplos elementos capazes de produzir “casos de abuso sexual” em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) da cidade. O termo abuso sexual infantojuvenil está fundamentado na premissa de que a união das sexualidades infantil e adulta é inaceitável e, portanto, abusiva pelo fato de que o objetivo do adulto é obter o próprio prazer
sexual. Entretanto, para ser considerado abuso sexual infantojuvenil na Rede, é preciso que a situação sexual seja revelada, denunciada, analisada, tipificada, enumerada e contabilizada, formando ao longo dos atendimentos um dossiê com registros documentais especializados capazes de relatar tecnicamente o acontecimento.

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Biografia do Autor

Irlena Maria Malheiros da Costa, Universidade Federal do Ceará

Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (Bolsista PNPD/CAPES). Especialista em Saúde Pública (UECE). Doutora em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Autora do artigo: Era eu dizendo uma coisa e todo mundo dizendo outra: a constituição de vítima de “abuso sexual infantojuvenil” na justiça criminal, publicado em 2016.

César Barreira, Universidade Federal do Ceará. Departamento de Ciências Sociais.

Professor Titular em Sociologia do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Diretor do Colégio de Estudos Avançados da UFC. Coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC). Pesquisador do CNPq (nível I-A), líder do Grupo de Pesquisa em Poder, Violência e Cidadania do CNPq. Especialista em Metodologia da Pesquisa Social pela Universidade Federal do Ceará (1973). Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1987). Destaque para a obra: Cotidiano despedaçado: cenas de uma violência difusa, Pontes Editora, 2008. 

Luis Silva Barros, Universidade Federal do Ceará

Pós-doutorando no Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFC. Graduado em Economia. Universidade de Brasília, UNB, Brasil. Mestre em Latin American Studies. University of Arizona, ARIZONA, Estados Unidos. PhD em Antropologia pela University of Arizona e Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Destaque para o artigo: Uma sociedade capitalista sem os valores utilitários do egoísmo racional: o Brasil no início do século XXI, publicado na Revista Brasileira de Sociologia, v. 07, p. 235-254, 2019.

Jackeline S. Jerônimo de Souza, Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduada em Ciências Sociais pela UFBA. Autora da comunicação “Encontros na cura: relações entre pesquisadores e animais na produção de antídoto, na 8ª Conferência Latinoamericana y Caribeña de Ciências Sociais, em 2018.

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Publicado

2021-12-05

Como Citar

Costa, I. M. M. da, Barreira, C., Barros, L. S., & S. Jerônimo de Souza, J. . (2021). ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL ENQUANTO PROBLEMA SOCIAL EM FORTALEZA, CEARÁ. Caderno CRH, 34, e021037. https://doi.org/10.9771/ccrh.v34i0.42001