O padrão esquelético como fator de risco de desenvolvimento da síndrome da apneia obstrutiva do sono

Autores

  • Lara Couto Martins
  • Juliana Macedo de Mattos
  • Inêssa da Silva Barbosa
  • Maria Cristina Teixeira Cangussu
  • Marcos Alan Vieira Bittencourt Universidade Federal da Bahia https://orcid.org/0000-0003-1728-2414

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i3.68457

Palavras-chave:

Apneia Obstrutiva do Sono, Sonolência Diurna Excessiva, Cefalometria, Padrão Esquelético

Resumo

Introdução: A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, muitas vezes ocasionando sonolência diurna excessiva. Objetivo: Investigar se o padrão esquelético facial no sentido sagital está associado à sonolência diurna excessiva, sugerindo risco aumentado para a SAOS. Metodologia: Foram avaliadas retrospectivamente tomografias computadorizadas multislice da face e os escores da Escala de Sonolência de Epworth (ESE) de 96 pacientes submetidos a tratamento ortodôntico-cirúrgico combinado. Dados clínicos, como idade, sexo, padrão respiratório predominante e presença de ronco, além das tomografias e da ESE, foram coletados a partir de seus prontuários. As medidas cefalométricas SNA, SNB e ANB foram utilizadas para avaliação do posicionamento da maxila e da mandíbula, no sentido sagital, além da classificação do padrão esquelético (Classes I, II e III). Os dados foram submetidos aos testes estatísticos ANOVA one-way, Tukey, t de Student e Qui-quadrado. Resultados: Houve associação significante entre o padrão esquelético de Classe I e os escores mais elevados na ESE (p = 0,019), sugerindo que estes indivíduos são mais propensos a apresentarem a SAOS. Observou-se também correlação significativa dos escores mais elevados da ESE com o padrão respiratório misto (p = 0,04) e com a presença de ronco (p = 0,056). Não foram observadas associações significativas entre os escores obtidos na ESE e o sexo (p = 0,648), os diferentes grupos etários (p = 0,275) e nem com os valores isolados de SNA e SNB. Conclusão: Pacientes portadores do padrão esquelético de Classe I demonstraram maior propensão à sonolência diurna excessiva, configurando-se como possível grupo de risco para a SAOS. Além disso, o padrão respiratório misto e o ronco se mostraram potencialmente associados à sonolência diurna, devendo ser considerados na avaliação clínica.

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Publicado

2025-11-27 — Atualizado em 2025-12-03

Versões

Como Citar

Martins, L. C. ., Mattos, J. M. de ., Barbosa, I. da S. ., Cangussu, M. C. T. ., & Bittencourt, M. A. V. (2025). O padrão esquelético como fator de risco de desenvolvimento da síndrome da apneia obstrutiva do sono. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 24(3), 856–866. https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i3.68457 (Original work published 27º de novembro de 2025)

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