Prevalência e complicações das lesões dentárias traumáticas
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i3.33002Palavras-chave:
Endodontia, Epidemiologia, Traumatismos dentários.Resumo
Introdução: Os traumatismos dentários precisam ser corretamente diagnosticados e tratados desde o primeiro atendimento, com a finalidade de minimizar as alterações tardias que poderão complicar o tratamento endodôntico. Objetivo: avaliar a prevalência dos traumatismos dentários na dentição permanente e apresentar as principais alterações subsequentes a estes. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo observacional da prevalência de traumatismo dentário na dentição permanente e da ocorrência das possíveis complicações endodônticas pós-traumáticas, por meio do acompanhamento clínico e radiográfico dos pacientes atendidos na disciplina de Endodontia Clínica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, no período de 2012 a 2016.Resultados: Os dados obtidos foram tabulados e a análise dos resultados incluiu distribuição de frequência e teste Qui-quadrado com nível de significância de 5%. A amostra compreendeu 178 dentes de 89 pacientes, sendo a sua maioria do gênero masculino (54%). A faixa etária mais prevalente foi dos 11 aos 20 anos de idade. A maxila foi a região mais afetada, sendo os dentes anteriores os mais acometidos (83%). A queda foi o fator etiológico predominante (61%) e a fratura coronária não complicada foi o tipo de trauma mais prevalente (23,2%), seguido da luxação lateral (19,7%) e da avulsão (17,7%). A necrose da polpa foi a complicação endodôntica mais frequente (42,7%), seguida da reabsorção radicular externa com 18,3%. Conclusão: pôde-se observar uma alta ocorrência das complicações pós- traumáticas, sendo necessário o tratamento e acompanhamento criterioso desses pacientes com o intuito de evitar a perda dentária.
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