Habitando as margens

Patologização das identidades trans e a colonialidade do poder no Brasil

Autores

  • Juno Nedel Mendes de Aguiar AFRODITE/UFSC - Pesquisador
  • Victória Guimarães Pinheiro de Jesus AFRODITE/UFSC

DOI:

https://doi.org/10.9771/cgd.v7i3.46899

Palavras-chave:

Patologização, Transgeneridade, Cisgeneridade, Branquitude, Colonialidade do Poder

Resumo

O presente artigo busca investigar o processo de patologização das identidades trans no Brasil a partir do uso de cisgeneridade, branquitude e colonialidade do poder como categorias analíticas. Nesse sentido, propomos articular o conceito de sistema-mundo colonial a partir da ótica de um brancocistema-mundo, evidenciando como a colonialidade tanto agencia quanto é agenciada na imbricação histórica entre essas duas posições de poder. Ao longo do artigo, dedicamos nossa análise aos trabalhos de David Cauldwell (1949), que cunhou o termo “transexual”, e Harry Benjamin (1959), que popularizou este termo na década de 1950. Com isso, buscamos evidenciar que o paradigma patologizante da transgeneridade, ao mesmo passo em que vinculava a diversidade das identidades de gênero humanas às categorias diagnósticas, preconizando desde ali os tratamentos para a sua “cura”, também estabeleceu a cisgeneridade heteronormativa, branca, endossexual e capacitista como norma implícita de existência.

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Biografia do Autor

Juno Nedel Mendes de Aguiar, AFRODITE/UFSC - Pesquisador

Juno Nedel é formado em Jornalismo e mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É pesquisador vinculado ao Laboratório Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Sexualidades (AFRODITE/UFSC) e diretor do acervo histórico do Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA). Também é autor do livro-reportagem "Desvairadas: histórias de pessoas LGBT em Florianópolis, capital de Santa Catarina" (UFSC, 2014) e do livro de ficção ilustrado "Contos do Machado" (Editora Novo Século, 2018).

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Aguiar, J. N. M. de ., & Jesus, V. G. P. de . (2021). Habitando as margens: Patologização das identidades trans e a colonialidade do poder no Brasil. Cadernos De Gênero E Diversidade, 7(3), 200–228. https://doi.org/10.9771/cgd.v7i3.46899

Edição

Seção

Dossiê