Habitando as margens
Patologização das identidades trans e a colonialidade do poder no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v7i3.46899Palavras-chave:
Patologização, Transgeneridade, Cisgeneridade, Branquitude, Colonialidade do PoderResumo
O presente artigo busca investigar o processo de patologização das identidades trans no Brasil a partir do uso de cisgeneridade, branquitude e colonialidade do poder como categorias analíticas. Nesse sentido, propomos articular o conceito de sistema-mundo colonial a partir da ótica de um brancocistema-mundo, evidenciando como a colonialidade tanto agencia quanto é agenciada na imbricação histórica entre essas duas posições de poder. Ao longo do artigo, dedicamos nossa análise aos trabalhos de David Cauldwell (1949), que cunhou o termo “transexual”, e Harry Benjamin (1959), que popularizou este termo na década de 1950. Com isso, buscamos evidenciar que o paradigma patologizante da transgeneridade, ao mesmo passo em que vinculava a diversidade das identidades de gênero humanas às categorias diagnósticas, preconizando desde ali os tratamentos para a sua “cura”, também estabeleceu a cisgeneridade heteronormativa, branca, endossexual e capacitista como norma implícita de existência.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.