TRAPAÇA, ABSTRAÇÃO E A TESE HEIDEGGERIANA "O ANIMAL É POBRE DE MUNDO". LEITURAS DE MACINTYRE E DERRIDA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v6i9.11748Abstract
A formulação heideggeriana de que “o animal é pobre de mundo” fundamenta-se na afirmação de que o animal é cativo de seu entorno, em relação ao qual suas ações são mediadas por puro instinto. Tal proposição é analisada por MacIntyre, que faz críticas no sentido de que Heidegger esquiva-se de examinar a condição de animais como gorilas, chimpanzés e golfinhos, limitando-se à tradição filosófica que entende o mundo dos animais não-humanos de forma homogênea. Tal como MacIntyre, Derrida chama a atenção para o fato de que a tese heideggeriana desenvolve-se a partir da tradição filosófica que não contempla as diferenças entre as variadas espécies animais, e enfatiza a questão da animalidade do homem, que em seu “desconstrucionismo”, não diferencia corpo e alma, nem mesmo um corte radical entre animais não humanos e seres humanos.
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