Reflexões decoloniais no ensino de História: (re)pensando Hans Staden em sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.9771/rvh.v15i1.52023Parole chiave:
Cinema e História, Decolonialidade, Hans StadenAbstract
Este estudo tem como objetivo discutir, no espaço escolar, as representações dos povos indígenas, numa perspectiva decolonial, no contexto das relações interétnicas presentes no Brasil quinhentista a partir das adaptações cinematográficas, Hans Staden (1999), de Luiz Alberto Pereira, e Como era gostoso o meu francês (1971), de Nelson Pereira dos Santos, do livro biográfico de Hans Staden, Duas viagens ao Brasil. Ao utilizar-se de obras fílmicas baseadas nas crônicas dos viajantes, busca-se auxiliar o aluno, entendido aqui como protagonista de uma construção efetiva de conhecimento, a indagar e problematizar imagens pejorativas e estereotipadas presentes no imaginário social, buscando, através de uma perspectiva decolonial, a desnaturalização e o rompimento de uma narrativa colonial.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Campinas-SP: Papirus, 2002.
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131-144.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Identidades e ensino de História no Brasil. In: CARRETERO, Mário; ROSA, Alberto; GONZÁLES, Maria Fernanda (org.). Ensino de História e Memória coletiva. Porto Alegre: Artmed, 2007.
BRASIL. Lei n° 11.645/2008, de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF, 2010.
CANDAU, Vera Maria Ferrão; OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. Pedagogia Decolonial e Educação Antirracista e intercultural no Brasil. In: Educação em Revista. Belo Horizonte, v.26, n.01, p. 15-40, abr. 2010.
CARMO, Leonardo. O cinema do feitiço contra o feiticeiro. Revista Iberoamericana de Educação, Canoas, n. 32, p. 71-94, 2003.
CAMPOS, Fernanda de Freitas. Antropofagia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVI. 2013. 42 f. Trabalho de Conclusão de Curso -Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.
COSTA, Wanderson Sousa. A expografia como recurso para uma educação patrimonial. In: GOMIDE, Ana Paula Sena et al (Orgs.) Anais da III Semana Acadêmica de História da UEMG Divinópolis: textos completos [recurso eletrônico] / Ana Paula Sena Gomide et al (Orgs.) - Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2021
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34. 2010.
FAVARETTO, Celso. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo, Kairos, 1979.
FERNANDES, Florestan. A função social da guerra na sociedade tupinambá. 3. ed. – São Paulo: Globo, 2006.
FERRO, Marc. O filme: uma contra-análise da sociedade? In: LE GOFF, J., NORA, P. (Orgs.). História: novos objetos. Trad.: Terezinha Marinho. Rio de Janeiro: F. Alves, 1976. p. 202-203.
FONSECA, Vitória da Azevedo. EUS E OLHARES SOBRE OS OUTROS: relatos de Hans Staden e suas releituras cinematográficas. Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História, v. 7, n. 9, 2010. Disponível em: https://www.outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/121. Acesso em: 24 mar. 2022.
_________________________. Filmes no ensino de História na visão dos livros didáticos: use com moderação. Revista Labirinto. v. 24, n. 2, p. 57-70, 2016.
FRANÇA, André Ramos. Das teorias do cinema à análise fílmica. Salvador, Universidade Federal da Bahia.(Mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas), 2002.
GOLIOT-LÉTÉ, Anne; VANOYE, Francis. Ensaio sobre a análise fílmica. Tradução de Marina Appenzeller. 2002.
HERKENHOFF, Paulo. Introdução Geral. In: FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. XXIV Bienal de São Paulo: Núcleo Histórico; antropofagia e histórias de canibalismos. São Paulo: A Fundação, 1998. p. 22-34.
PIRES, Maria da Conceição Francisca.; SILVA, Sérgio Luiz Pereira da. O cinema, a educação e a construção de um imaginário social contemporâneo. Educação & Sociedade, v. 35, n. 127, p.607-616, 2014.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y Modernidad-racionalidad. In: BONILLO, Heraclio (comp.). Los conquistados. Bogotá: Tercer Mundo Ediciones; FLACSO, p. 437-449, 1992. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento.
ROSEVICS, Larissa. Do pós-colonial à decolonialidade. In: CARVALHO, Glauber. ROSEVICS, Larissa (Orgs.). Diálogos internacionais: reflexões críticas do mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Perse, 2017.
RÜSEN, Jörn. História Viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: UnB, 2007.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. Trad: Beatriz Perrone Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ZAMBONI, Ernesta; BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Povos Indígenas e Ensino de História: memória, movimento e educação. 17° COLE, 2009.
Filmografia
COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS. Direção de Nelson Pereira dos Santos. Produção de Luiz Carlos Barreto, Nelson Pereira dos Santos, César Thedi, e K. M. Ecksein. Rio de Janeiro. 1971. (83 min.), sonoro, colorido. Legendado.
HANS STADEN. Direção de Luiz Alberto Pereira. Produção de Jorge Mendes e Luiz Alberto Pereira. Brasil/Portugal: IPACA/Jorge Neves/Lapfilme, 1999. 1 DVD (92 min.), sonoro, colorido. Legendado.
##submission.downloads##
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2023 Veredas da História
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale 4.0 Internazionale.