Esta é uma versão desatualizada publicada em 2021-10-27. Leia a versão mais recente.

Ciborgues de madeira: profanações tecnomíticas das estéticas drag queen na religiosidade popular do Cariri cearense

Autores

  • Ribamar José de Oliveira Junior Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Pesquisador bolsista de Doutorado
  • Walisson Angélico de Araújo Universidade Federal do Cariri (UFCA)/Pesquisador

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i16.38195

Resumo

Formões, buril, cera e tinta na espuma do corpo talhado na madeira. A partir do ensaio “A costela de Adão” da fotógrafa Giovanna Duarte para a quinta edição do Jornal Sertão Transviado, lançado em 2017 através de um projeto experimental de jornalismo, realizamos uma releitura da teoria ciborgue de Donna Haraway em um contexto localizado. Nesse sentido, utilizamos a metodologia de análise documentária da fotografia em sua dimensão expressiva para procuramos os sentidos do corpo drag queen na cultura popular do Cariri cearense. Ao todo são sete fotografias que mostram as drags Phantom e Malina entre as esculturas do Centro Popular de Cultura Mestre Noza na cidade de Juazeiro do Norte, mais conhecida como a terra do Padre Cícero. Distante de uma tecnoutopia, encaramos as políticas afetivas do artivismo entre o ciborgue e a deusa para pensarmos os híbridos entre o gênero e a cultura popular, sobretudo, através da afetação da identidade performativa com a tradição cultural. Da ironia e blasfêmia, encaramos as dissidências e os artefactualismos tecnomíticos na imagética-discursiva do corpo cyberdrag em sua potente fusão com os simulacros capazes de hackear códigos rígidos de leitura das corporalidades na religião popular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ribamar José de Oliveira Junior, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Pesquisador bolsista de Doutorado

Doutorando da linha de Tecnologias da Comunicação e Estéticas no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em Gênero e Sexualidade na Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Cariri (UFCA). 

Walisson Angélico de Araújo, Universidade Federal do Cariri (UFCA)/Pesquisador

Graduando em Jornalismo pela Universidade Federal do Cariri (UFCA) na cidade de Juazeiro do Norte, no qual ingressei no ano de 2016.1. Ainda no ano de 2016, ingressei como membro do Centro de Estudos e Pesquisa em Jornalismo (CEPEJor) da UFCA, na linha de estudos Jornalismo Televisivo e novas tecnologias digitais como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) sob orientação do Professor Dr. Paulo Eduardo Silva Lins Cajazeira em dois projetos intitulados: "WEBSÉRIE DOCUMENTAL: O (WEB) JORNALISMO E AS FERRAMENTAS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA AUDIOVISUAL INTERATIVA NA INTERNET" (01/08/2016 a 31/07/2017) e "O PERFIL DO EGRESSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI: DA FORMAÇÃO À ATUAÇÃO SOB A POLÍTICA DE EXPANSÃO E INTERIORIZAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO SUPERIOR NO BRASIL" (01/08/2017 a 13/12/2017). Em 2018, como parte da minha graduação, estive em mobilidade acadêmica na Universidade do Algarve (UAlg) em Portugal, tendo como base nos meus estudos "Ciências da Comunicação". No ano de 2019 integrei a partir do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), sob orientação do Professor Dr. Joubert de Albuquerque Arrais, com o projeto intitulado "CULTURA POP, DANÇA POP ? ESTUDOS COMUNICACIONAIS". Atualmente, atuo como membro da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPI), estando como bolsista do Programa de Aprendizagem Prática (PAP) no setor do Núcleo de Divulgação Científica (NDC).

Downloads

Publicado

2021-10-27

Versões

Como Citar

Oliveira Junior, R. J. de, & Araújo, W. A. de. (2021). Ciborgues de madeira: profanações tecnomíticas das estéticas drag queen na religiosidade popular do Cariri cearense. Revista Periódicus, 1(16), 294–326. https://doi.org/10.9771/peri.v1i16.38195