Ciborgues de madeira: profanações tecnomíticas das estéticas drag queen na religiosidade popular do Cariri cearense
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i16.38195Resumo
Formões, buril, cera e tinta na espuma do corpo talhado na madeira. A partir do ensaio “A costela de Adão” da fotógrafa Giovanna Duarte para a quinta edição do Jornal Sertão Transviado, lançado em 2017 através de um projeto experimental de jornalismo, realizamos uma releitura da teoria ciborgue de Donna Haraway em um contexto localizado. Nesse sentido, utilizamos a metodologia de análise documentária da fotografia em sua dimensão expressiva para procuramos os sentidos do corpo drag queen na cultura popular do Cariri cearense. Ao todo são sete fotografias que mostram as drags Phantom e Malina entre as esculturas do Centro Popular de Cultura Mestre Noza na cidade de Juazeiro do Norte, mais conhecida como a terra do Padre Cícero. Distante de uma tecnoutopia, encaramos as políticas afetivas do artivismo entre o ciborgue e a deusa para pensarmos os híbridos entre o gênero e a cultura popular, sobretudo, através da afetação da identidade performativa com a tradição cultural. Da ironia e blasfêmia, encaramos as dissidências e os artefactualismos tecnomíticos na imagética-discursiva do corpo cyberdrag em sua potente fusão com os simulacros capazes de hackear códigos rígidos de leitura das corporalidades na religião popular.
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- 2021-08-16 (2)
- 2021-10-27 (1)
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