O fetiche da experiência e o recuo da teoria na pesquisa em educação
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.51453Palavras-chave:
Pós-modernidade, Fetiche da experiência, Pesquisa em Educação, Filosofia da Práxis, Materialismo Histórico DialéticoResumo
Partindo do campo da pesquisa em educação, buscamos aqui problematizar elementos da pós-modernidade como o recuo da teoria e o que aqui chamamos de fetiche da experiência. Apresentamos os perigos de pesquisas que apenas relatam experiências individuais e coletivas, permanecendo no nível do vivido e do imediato, e que negam categorias como totalidade e historicidade. A partir da filosofia da práxis e do materialismo histórico dialético apontamos que o papel da pesquisa científica é a destruição da pseudoconcreticidade (KOSIK, 2002), contribuindo na compreensão da dinâmica do capitalismo e apontando horizontes para uma nova sociedade.
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