O fetiche da experiência e o recuo da teoria na pesquisa em educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.51453

Palavras-chave:

Pós-modernidade, Fetiche da experiência, Pesquisa em Educação, Filosofia da Práxis, Materialismo Histórico Dialético

Resumo

Partindo do campo da pesquisa em educação, buscamos aqui problematizar elementos da pós-modernidade como o recuo da teoria e o que aqui chamamos de fetiche da experiência. Apresentamos os perigos de pesquisas que apenas relatam experiências individuais e coletivas, permanecendo no nível do vivido e do imediato, e que negam categorias como totalidade e historicidade. A partir da filosofia da práxis e do materialismo histórico dialético apontamos que o papel da pesquisa científica é a destruição da pseudoconcreticidade (KOSIK, 2002), contribuindo na compreensão da dinâmica do capitalismo e apontando horizontes para uma nova sociedade.

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Biografia do Autor

Tanise Baptista de Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Graduada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0373959031967956 Orcid: http://orcid.org/0000-0002-0857-467X. E-mail: tanise.medeiros@gmail.com 

Denis Angelo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Graduado  em Educação Física pelo Centro Universitário Metodista; Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0305648602961972 Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3758-2118 E-mail: denisbarcellosangelo@gmail.com

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

Baptista de Medeiros, T., & Barcellos Angelo, D. F. (2022). O fetiche da experiência e o recuo da teoria na pesquisa em educação. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 14(3), 175–188. https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.51453