Etnografia Audiovisual
ouvir o que não se diz e enxergar o que não se vê
Keywords:
Etnografia Audiovisual, Xamanismo, Hermenêutica, PerformanceAbstract
O artigo discute a prática da etnografia audiovisual a partir da proposta de Roberto Cardoso de Oliveira (1988, 1998), problematizada a partir da etnografia realizada na pesquisa: Mazatecos: xamanismo e política. No trabalho discutimos os conceitos de Roberto Cardoso de Oliveira “olhar, ouvir e escrever” em que olhar é um olhar informado teoricamente e implica um estilo; o escutar é o processo de fusão do horizonte da comunicação, que realizamos ao filmar performances; e a edição, que permite a incorporação de material produto de momentos não metódicos da pesquisa. Nesta pesquisa, realizamos uma etnografia com xamãs durante rituais com o uso de cogumelos alucinantes, o que levantou o desafio de como representar uma experiência que inclua imagens não ópticas em vídeo. Momentos não metódicos, como a arte mazateca e a música permitiram a transmissão dessa experiência que não pode ser captada pelas lentes das câmeras. No trabalho analisamos também os momentos interpretativos da etnografia: quando estamos no campo e refletimos junto à população com a qual trabalhamos; quando estamos na academia e refletimos com nossos interlocutores; e a importância de uma narrativa dramática para despertar uma dimensão reflexiva no público.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Concedem à à revista seus direitos autorais e o direito de primeira publicação. Podem publicar o mesmo texto em outros veículos (como capítulo de livro, por exemplo), desde que aguardem o prazo de seis meses e seja feita referência à primeira publicação na revista Antropologia Sem Fronteiras.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Concedem à à revista seus direitos autorais e o direito de primeira publicação. Podem publicar o mesmo texto em outros veículos (como capítulo de livro, por exemplo), desde que aguardem o prazo de seis meses e seja feita referência à primeira publicação na revista Antropologia Sem Fronteiras.