PERFORMANCE LAVADEIRAS DE BASTIÃO: o criativo pela via das memórias de mulheres performers amazônidas nas ruas da periferia de Belém

Autori

  • Vera Solange Pires Gomes de Souza Universidade do Estado do Pará

Abstract

O processo criativo que compartilhamos nestas parcas linhas escritas vem na busca de partilhar uma vivência que tivemos a partir das memórias de mulheres performers amazônidas, e o que nos marca profundamente são os rituais de lavagem de roupa de suas mães e toda a bagagem cultural que essa atividade significou para essas mulheres tanto no campo real, como no imaginário e simbólico que vieram compor o processo criativo. Nesse sentido, este se deu com encontros temáticos, nos quais as memórias eram as fontes de criação e de comunicação com a vida. As performances se fizeram atuantes às ruas da periferia de Belém, no Distrito de Icoaraci, juntamente com moradores de rua e, à medida que essas assumiam uma proposta mais próxima das lavadeiras, também tinham um sentido simbólico, fazendo com que se confundisse com benzedeiras, atravessassem a porta da rua adentrando as casas, suscitando um outro olhar e estudo para o processo criativo. PALAVRAS-CHAVE: Lavadeiras de Bastião. Performance. Processo Criativo.

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Biografia autore

Vera Solange Pires Gomes de Souza, Universidade do Estado do Pará

Atriz, performer, professora, doutoranda em PPGAC-UFBA, Professora Extensionista Uepa com o Projeto Arte em Ação – Teatro na Comunidade. Autora do livro Entre cenas, enredos e roteiros: a formação humana pela via da criação artística na experiência do Grupo de Teatro da Unipop (2014). No campo da Performance cênica, pelo projeto Incorpore, realizou os se-guintes trabalhos: Mães da Amazônia a Agrária (2018); Casa Viva (2017); Ecos da Amazônia(2017); Escuros do Porão (2017). Além de performances em outras ações, como: Lixo Humano: Carne mais barata do mercado (2017); Nossa Senhora do Coração Estraçalhado das Mulheres da Periferia (2017). Como atriz, participou dos seguintes espetáculos: A Boca fala daquilo que o Coração está cheio (2017); Promesseiros dos Círios (2003); Erendira e sua Vó Desalmada (2001); Batuque (2002); Espetáculo Medo, Dúvida e Culpa (2016); Vai ter Bolo (2016). Dirigiu os espetáculos: Seres Encantados pela Cultura da Terra (2014); Encontro de Contos. Direção do Espetáculo (2000); Mundo de Gente Imundo (2000).

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Pubblicato

2023-06-02

Fascicolo

N. 49 (2022): A RECICLAGEM DO CORPO - espaços de reexistência

Sezione

CADERNO

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