PRÁTICA COMO PESQUISA NAS ARTES DA CENA será o título da Edição N.48 do Cadernos do GIPE-CIT

2021-11-29

CADERNOS DO GIPE-CIT/ CHAMADA PARA A SUBMISSÃO DE TRABALHOS

O Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), abre chamada para a submissão de trabalhos para a Edição N. 48 (Ano 26, 2022.1) do Cadernos do GIPE-CIT que terá como título Prática como Pesquisa nas artes da cena.

A Prática como Pesquisa (Practice as Research) é sobretudo um modo de realizar pesquisa acadêmica onde (um)a prática integra a metodologia para se investigar temáticas diversas. A prática se torna o meio pelo qual a pesquisa é realizada, ela norteia a investigação e determina não somente a maneira de se pesquisar, mas também a forma de se refletir sobre pesquisa. Na Prática como Pesquisa, ao invés de se articular pensamentos sobre a prática, estes são articulados, sobretudo, através desta prática, no caso, artística. Na Prática como Pesquisa a atividade realizada (prática) é tida como um tipo de conhecimento específico que articula um conjunto de saberes. 

O termo surgiu no contexto acadêmico anglo-saxão no final da década de 1990 para fomentar projetos que necessitavam de experimentação prática e artística para que as pesquisas fossem realizadas. Além disso, o termo surgiu para evidenciar e também orientar o rigor de pesquisas cujo elemento chave é uma determinada atividade artística. A Prática como Pesquisa se assume como um tipo de investigação que se baseia ou é norteada por uma prática e acontece primariamente através dela, mas que é articulada na escrita para ser compartilhada na forma de dissertações/teses/artigos/livros. 

Quando o termo é traduzido do inglês para o português por Fernandes (2014), passamos a considerar o contexto acadêmico local em relação a este guarda-chuva metodológico internacional e também a pensar nas premissas que este tipo de pesquisa traz para o fazer acadêmico brasileiro. Mais especificamente, a Prática Artística como Pesquisa diz respeito ao fazer criativo nas artes como modo específico e múltiplo de gerar conhecimentos, ou seja, como metodologias próprias, que vão desde a Pesquisa Performativa (HASEMAN, 2006) à modalidades de pesquisas guiadas, baseadas, ou a partir da prática artística.  É neste cruzamento de fazeres e pensares que a chamada n. 48 do GIPE-CIT visa reunir artigos e ensaios que articulem os saberes da Prática como Pesquisa ou revelem diferentes investigações onde ela foi a principal norteadora de uma pesquisa em artes cênicas, considerando, sobretudo o rigor que esta exige em uma pesquisa acadêmica. 

Nesta edição, vamos acolher artigos e ensaios elaborados por pesquisadores (incluindo mestrandos e doutorandos), professores e artistas que apresentem trabalhos diretamente relacionados ao tema  da Prática como Pesquisa.

Os trabalhos relacionados à Edição número 48 (Ano 26, 2022.1) deverão ser apresentados até o dia 15 de janeiro de 2022, em conformidade com as normas e o Cronograma expressos nesta Chamada (ANEXO 1), elaborados em acordo com princípios, determinações e diretrizes do periódico. E devem ser submetidos no sítio https://periodicos.ufba.br/index.php/gipe-cit

Cadernos do GIPE-CIT é uma revista semestral especializada em Artes Cênicas, editada pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Acolhe a colaboração livre de trabalhos inéditos, atuais e de reconhecido interesse acadêmico nas áreas de teatro, de dança, de cinema, de circo, performance e afins, na forma de artigos, ensaios e entrevistas. A revista foi desenvolvida pelo Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário e Teatralidade (GIPE-CIT), criado em 1994.

O GIPE-CIT deu origem ao Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA, em 1997, e à Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas – ABRACE, em 1998. Os cadernos propõem-se a divulgar resultados parciais de seus pesquisadores efetivos e associados, professores, doutorandos, mestrandos e artistas. A iniciativa vem contando com apoio do CNPq (1997/1999), da FAPEX e da UNEB (1999/2000) e do PROAP-CAPES/ MEC (a partir de 2004). Edições dos Cadernos do GIPE-CIT podem ser encontradas em bibliotecas especializadas e podem ser acessadas pelo sítio do PPGAC/ UFBA, bem como no PORTAL DE PERIÓDICOS DA UFBA.

Cordialmente,

Melina Scialom e Ciane Fernandes

Organizadoras (Comitê Editorial) - Cadernos do GIPE-CIT n. 48